segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

ACESSIBILIDADE NO BRASIL: CIDADANIA RESPEITADA?

OPINIÃO NOSSA


A luta das pessoas portadoras de deficiência no sentido de terem o direito à acessibilidade e a mobilidade não é de hoje, ou seja, não começou agora, apenas tem intensificado devido à conscientização em relação à organização em torno das políticas públicas e sociais para essas pessoas. 

O Brasil é um país culturalmente deficiente no que diz respeito aos direitos humanos e, em se tratando de pessoas com deficiência, isso piora muito mais devido ao grande preconceito que há e muitas das vezes o fato da pessoa com deficiência não ter uma representação institucional que lhe dê voz e vez, isso ainda se torna bem pior.

O grande problema do Brasil em relação à acessibilidade, para que a cidadania seja plenamente respeitada, é que infelizmente esse tema ainda não é tratado com devida importância, declaração que pode ser constatada pelos próprios cadeirantes quando resolvem se locomover pelas ruas e avenidas das cidades que moram.

Infelizmente, pouco se vê ou se ouve, nas câmaras municipais, assembleias legislativas ou até mesmo no congresso nacional, alguém que represente o povo através do voto direto, no sentido de falar por essas pessoas, para que os direitos já adquiridos possam valer ou a criação de novas leis ou projetos sociais com um intuito de dá-los uma melhor qualidade de vida, já que foram podados do direito de ir e vir.

O grande problema do nosso país é que as leis nem sempre vigoram na prática e, sobretudo, em uma gigantesca nação formada por vários Brasis, na qual a realidade de um Estado não é o mesmo de outro. E, o que se percebe, que devido aos hábitos culturais, quanto menos desenvolvido o município, quanto menos esclarecimento e conscientização têm os seus munícipes, menos é respeitada a acessibilidade e muita mais ainda a cidadania dessas pessoas são reconhecidas.

A proposta que ora apresentamos é que a mudança, a conscientização dar-se-á nas comunidades, nas associações de bairros, nos grupos de jovens, nos sindicatos de diversas classes de trabalhadores, nas agremiações esportivas, enfim. E, ainda mais, acessibilidade não se dá só no fato de ter o direito de ir e vir, mas, sobretudo, ter inclusão social e fazer parte das sociedades de igual valor, reconhecimento e aceitação no meio dos demais ditos normais.


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