sexta-feira, 14 de abril de 2017

VOCÊ AMA O PRÓXIMO?

Educador deu uma gentil lição àqueles que fecham os olhos para o sofrimento alheio

Quando não orientadas, algumas crianças podem ser bem cruéis. É devido a isso que o bullying ganha força (leia mais sobre isso na pág. 16). Foi o que aconteceu em Packwood, pequena cidade no sudeste do Estado norte-americano do Iowa. 
Quem sofreu bullying por parte dos colegas da Pekin Middle School foi Jackson Johnston, de 11 anos. Ele, antes com fartos cabelos loiros e lisos, chegou um dia à aula totalmente careca, o que o tornou alvo de intimidação por parte dos colegas de classe.
Acontece que Jackson tinha um motivo muito nobre para raspar a cabeça. Ele fez isso em solidariedade ao avô materno, Rick, que tem um tipo de câncer no sangue incurável e teve que remover os cabelos antes que caíssem por causa da quimioterapia. 
A família soube da doença no fim de novembro de 2016 e passou as festas de fim de ano ao redor da cama do patriarca.
Ao chegar ao hospital para ver o avô numa manhã, o menino tirou seu gorro e exibiu a cabeça raspada. Segundo a mãe do menino, foi a primeira vez que seu pai sorriu de verdade desde o diagnóstico.
Jackson foi muito corajoso, mas a recepção na escola foi das mais mesquinhas. “Fala aí, carequinha!” e “você parece um canceroso” foram alguns dos comentários que ouviu.

O caso chegou aos ouvidos do diretor da escola, Tim Hadley, que também havia perdido parentes próximos para o câncer e se comoveu com o caso do aluno. “Eu tinha mais idade que Jackson, mas mesmo assim foi muito difícil. Ninguém quer enfrentar esse tipo de coisa sozinho”, revelou.

Com uma ideia radical, o dirigente convocou uma assembleia com os alunos e professores. Jackson, que era o alvo do bullying, lhe serviu de exemplo. O diretor explicou ao grupo o motivo de o garoto ter raspado a cabeça. Em seguida, explicou que “julgar é errado e podemos ser bem melhores que isso”. Após a conversa o garoto foi convidado a raspar a cabeça de Hadley diante de todos. 

Hoje, Jackson recebe o apoio de muitos colegas. Outras crianças também rasparam suas cabeças. E sua família foi inundada de mensagens solidárias por meio das redes sociais. Em entrevista a um jornal do Iowa, Hadley disse que contou às crianças que nunca sabemos o que outra pessoa está passando e por isso é preciso respeitá-las.

Graças à atitude do educador, hoje muita gente mundo afora pode repensar suas atitudes perante os semelhantes.
Fonte: Folha Universal 









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