segunda-feira, 26 de junho de 2017

COMO SERIA BOM SE O QUE É NOSSO ESTIVESSE MAIS PERTO DE NÓS!

 COLUNA DO MARCUS KRAUSE


Pedreiras é berço de muitos artistas e poetas. Nossa historia e nossas riquezas materiais e imateriais alimentam o despertar poético e fazem surgir versos, prosas, estrofes, cantos, quadros e pinturas de tamanha magnitude que dão aos leitores, amantes e apreciadores da boa literatura, cultura e arte satisfação e orgulho por ter tão perto, mas que por vezes parece tão longe, fontes de cultura, literatura e arte. Existem... Mas onde elas estão?

(Acervo biblioteca do blog Joaquim Filho/Foto: JF)

Parece meio redundante a frase "tão perto, mas por vezes tão longe", contudo, expressa uma realidade pura e "trágica" que é vivida por todo cidadão pedreirense. O leitor pode então, nas letras deste artigo, indagar: "Mas, que tragédia estaria a ocorrer?". Segundo o dicionário informal online, acessado em 25/06/2017, as 12h58, Tragédia é uma palavra que pode ser definida como um fato real que aconteceu ou que irá acontecer, a qual é muito ruim e que nunca será esquecida.


Nossos autores, escritores e poetas veem suas obras se "perderem" no tempo por poucas ou inaplicabilidade de politica pública que valorize a arte, literatura e poesia local.


Qual então seria o caminho por onde essas obras trilhariam para serem verdadeiramente presentes na mente, no cotidiano e no contexto literário do nosso povo? Digo que a porta de entrada para este caminho é a escola, onde os saberes são compartilhados. Como professor da rede pública de ensino já fui procurado por outros colegas em busca de obras pedreirenses para trabalharem em sala de aula, por vezes também tive que recorrer a outros colegas ou mesmo nas fontes de onde nasceram as obras, ou seja, os próprios autores, para obter literaturas para usá-las em sala de aula.


Nem mesmo em nossas escolas se encontram exemplares em numero considerável de literaturas locais para uso em sala de aula. Chegamos, portanto, no ponto principal de reflexão deste artigo. Que políticas governamentais já foram adotadas nos últimos anos para fomentar o uso de obras literárias locais em sala de aula? Quantas leis foram votadas e/ou aprovadas na Câmara de Vereadores de Pedreiras nas ultimas décadas para valorizar, fomentar ou despertar o interesse dos nossos alunos no estudo de literaturas pedreirenses? 


Será se os projetos executados no ambiente escolar têm contemplado as literaturas locais? Que medidas, politicas ou ações têm sido desenvolvidas nas ultimas décadas para que essa realidade mude? É ou não um motivo de reflexão por parte de todos os que exercem poder politico para transformar a situação? Quantos poetas ou escritores por não terem verdadeiramente suas obras reconhecidas em sua própria terra têm que "passar o pires" para conseguir uns trocados para lançar sua próxima obra? É ou não uma tragédia? Riquezas materiais e imateriais sendo esquecidas.
E se essas obras fossem adquiridas anualmente pelo poder publico e doadas aos docentes das escolas publicas? Bem, aí temos uma possível solução que além de fomentar a leitura de literaturas locais, não somente pelos discentes, mas pelos docentes, investe nos autores proporcionando a estes condições de novas obras e novos projetos, além de ser um aquecimento econômico com recursos girando no próprio município.


Por três ocasiões, apenas no primeiro semestre fiz uso de literaturas, obras e/ou projetos que envolveram literaturas pedreirenses das quais cito os autores Samuel Barreto, Filemon Krause e Emanuel Nascimento. Para tanto, temos que recorrer aos próprios autores para obter as obras.


Que fique essa reflexão a todos quantos possuem condições para transformarem essa realidade de forma que nossos filhos cresçam lendo obras literárias locais, com o privilegio de poder, além de ler, ouvir da boca dos próprios autores, suas histórias que também são as nossas histórias.


MARCUS PERIKS BARBOSA KRAUSE

Licenciado em Letras pela Faculdade de Educação São Francisco-FAESF. Especialista em Língua Portuguesa com Ênfase em Gramática pela Flated














Nenhum comentário:

Postar um comentário