quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A obra clássica o "Pequeno Príncipe" e suas frases filosóficas na análise de Padre Zé Geraldo!

Coluna do Padre Zé Geraldo
(Padre Diocesano José Geraldo Teófilo da Silva, Reitor do Santuário de São Benedito/Foto: Sandro Vagner)

(Imagem ilustrativa retirada do Google Imagem, em 23.08.2018, às 0h32)

Valho-me da oportunidade para interagir com você meu caro leitor e ao mesmo tempo convidá-lo para participar comigo de uma viagem fascinante no mundo da literatura.

Quem não leu o Pequeno príncipe? Esta obra Escrita pelo autor, ilustrador e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry. Se você não leu convido comigo a mergulhar nessa fantástica obra literária que o ajudará a desenvolver o intelecto e a imaginação, bem como promover aquisição de conhecimentos.



(Imagem ilustrativa retirada do Google Imagem, em 23.08.2018, às 0h32)

O Pequeno príncipe foi publicado em 1943, considerado uma obra clássica e que encantou e encanta gerações. A cada frase desta obra, brotam reflexões profundas. Com muita leveza nas palavras, o autor provoca sensibilidade para que você que me acompanha possa interiorizar ensinamentos verdadeiros.
 
Tenho percebido que quando falamos em Literatura há quem já canalize que é só para criança. Jamais! Um mundo sem literatura, é o mundo obscuro, pois é através dela, principalmente o Pequeno Príncipe que podemos discutir e aprofundar questões da vida como amor, ternura, amizade, perda, solidão.



(Imagem ilustrativa retirada do Google Imagem, em 23.08.2018, às 0h32)

Não quero utilizar esse Blog para indicar um livro, ao mesmo tempo não quero contar histórias e nem estórias. Quero chamar a sua atenção para um aprofundamento sério em que por meio dessa obra literária, alcance resposta para sua vida frente a velocidade das informações.

Não quero aqui narrar a história de um principezinho que viveu em um pequeno planeta chamado Asteroide B-612. Quero que essa fascinante história transporte você para um lugar onde o olhar inocente do menino mostra o real valor da amizade e da vida.

Sinto-me instigado simplesmente em destacar algumas frases importantes que como educador as considero de um conteúdo imenso para fazermos um momento de reflexão e focar a vida dando a ela o verdadeiro sentido.

Lembro-me muito quando no livro narra que Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso. E quanta verdade. Muitos não gostam nem de lembrar-se de suas infâncias, outras pessoas queimaram-nas. Nesta frase o autor quer que você possa Conectar-se com sua criança interior e não leve a vida tão a sério. De vez em quando, brinque e esqueça-se dos problemas. Mas nunca desista dos seus sonhos de criança! Ao longo da minha experiência de padre tenho visto que muitos não vivenciaram essa fase tão bonita. Um dia li esse texto que me pareceu muito familiar: “Olhe para você e lembre-se de quem você é de verdade! Adultos são apenas crianças que aumentaram de tamanhos. Os sonhos, lá no fundo, permanecem mágicos!”



(Imagem ilustrativa retirada do Google Imagem, em 23.08.2018, às 0h32)

O Pequeno Príncipe nos chama atenção para uma frase célebre: “É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.” Muitas vezes nós não damos importância à transformação. Somos tão indiferentes ao processo de maturidade. Aqui chamamos atenção para o processo de crescimento a criança passa por várias etapas até chegar andar. Isso nos mostra quantas tentativas são precisas até chegar aonde se quer. Na vida também é assim, sem vencer os medos, sem enfrentar os obstáculos, sem quebrar as barreiras, sem romper os vícios, não conseguiremos nunca ver o lado bom da vida. A se quiséssemos a cada dia essa metamorfose tão necessária. 

Vislumbro e provoco você a guardar essa frase que a considero fantástica: “Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.” Essa frase é muito importante no livro que destacamos. Amigo é algo valioso, que só se consegue por paciência, gentileza e respeito e muito afeto. Amigo é quem tem a nobreza de aceitar o outro do jeito que ele é. É aquele que faz parar, prestar atenção e perceber que a “verdade” do outro” também faz sentido. Há quem tenha a sorte de ter vários amigos! Há quem, no entanto, desconheça a existência de algum…
Ainda falando de amigos , há uma pergunta muito parecida e que apesar da época que fora escrita é tão atuante e que desvela uma riqueza de respostas. Como: “É bom ter tido um amigo, mesmo se a gente vai morrer.” Logo responderíamos amigos verdadeiros nunca, nunca morrem! Quem encontrou-o encontrou um tesouro, pois não é tão fácil fazer uma amizade. Há quem diga que Amigo é o outro eu falando lá fora.


Fiquei intrigado com esta frase encontrada nessa obra clássica: “Os homens embarcam nos trens, mas já não sabem mais o que procuram.” Exupéry muito sábio já nos insere a uma profunda observação sobre o imediatismo social no qual vivemos, aceleramos vida, fazemos tantas viagens muitas vezes, desnecessárias. Velozmente vivemos um ativismo desesperado e estressante, quantas viagens fazemos para reuniões e mais reuniões e que não nos levaram a nada, muitas delas às vezes desmarcadas. É de uma clareza meridiana o imediatismo em nossos jovens que casam em um átimo de segundo. Quantos não são pressionados para aderir a uma profissão sem vocação. Quantas mulheres são pressionadas a ter filhos aos 25 anos e constituir uma família promissora sem nenhuma maturidade.



(Imagem ilustrativa retirada do Google Imagem, em 23.08.2018, às 0h32)

Não esqueceria jamais essa frase encontrada nesse livro escrito há 75 anos: “A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar.” E quanto choro. É aqui que se acaba o mito que homem não chora ou que não pode expressar sentimentos. Nessa vida quem não chora por tantos motivos. Nem sempre o choro é expressão de sentimentalismo. Quem de nós jamais deixou de criar laços e quem de nós não solidificou os afetos a ponto de criarmos um vinculo prazeroso. Nos dias atuais como é difícil criar uma relação prazerosa, vemos ultimamente uma sociedade descartável. Parece que as pessoas antecipam o sofrimento, estão muito doloridas e escondidas nos labirintos dos seus medos. Vale apena correr riscos nas constantes inseguranças...
 
Essa frase é a mais comentada :“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Sem cativar, sepultamos nossos sentimentos, esqueceremos o que é habilidade. Muitas pessoas são e continuam ásperas até mesmo em um relacionamento afetivo. Cativar significa termos a responsabilidade do cuidar, do proteger, do zelar, do assumir como o todo de nossa vida. Muitas pessoas são amargas, não flexibilizam, vivem um constante possuir e dominar as outras. Cativar é exalar o fecundo amor, a ponto das palavras cessarem e só caberem no silencio... 
Ao adentrar nas páginas do pequeno Príncipe, uma frase nos intriga: “Quando a gente anda sempre em frente, não pode ir muito longe...”

Preocupo-me bastante se não rompermos os vícios de comportamentos não seremos intensivos, efetivos. Quantos não cortam o cordão umbilical, vivem nas mesmices da vida. Há muita gente mimada, instalada em uma zona de conforto. Achando tudo normal. Assim surge uma enciclopédia de justificativas a ponto de só começar e não darem sequencia ao projeto proposto. É preciso provocar em nosso ‘eu’, êxodos, tomar consciência de que o medo paralisa, o aventureirismo amedronta. Precisamos aproveitar cada momento da vida, dar importância a cada instante e tomar consciência que muitas coisas deixamos para trás... e, quantas vezes precisamos voltar a procurar aquilo que perdemos e começarmos tudo de novo?

O pequeno príncipe nos remete a uma analise com tamanha profundidade: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos” A cada dia mergulhamos na superficialidade. A miopia de nossa face nos leva a ver apenas aparência, ou seja, o acidental. Julgamos por demais, exaramos conclusões precipitadas. É visível como os sentidos nos enganam. O Amor é um bem invisível, é ontológico, é no ser. O Coração sente e expressa como se contemplasse a riqueza que o outro possui. Conhecemos rapidamente quem tem o Essencial não perde seu tempo para julgar, machucar os outros. Não faz ninguém sofrer ou chorar. Quem fica apenas na aparência, não consegue perceber a riqueza que as pessoas têm escondida no eu latente. 



(Imagem ilustrativa retirada do Google Imagem, em 23.08.2018, às 0h32)

Teríamos muitas frases significativas com conhecimentos nas mais diversas áreas. Prefiro finalizar com este pensamento: “As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes” Há muitas divisões absolutas e muralhas psicológicas, precisamos quebrar os muros que separam, dividem, bloqueiam, precisamos interagir com o diferente. O diálogo promove construtores de pontes. Nossa luta é quebrar todos os muros que nos privam de viver e amar. E por ultimo evidencio essa frase recado: “É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou”. Quantos sentimentos negativos vão nutrindo, quanto o nosso coração está feio a ponto de projetar-se nos outros. Há muita gente culpando, machucando, agredindo, julgando. Muitos utilizam de um erro do passado para carregar por toda a sua vida. Há muitos espinhos chamados preconceitos, inseguranças, orgulho ferido, não é porque a pessoa agiu de forma errônea, uma vez, que nosso pré-julgamento se estende como se fosse sempre. Há muitos ressentimentos. Não se ver nunca a rosa das virtudes, só se ver as furadas dos espinhos.

Talvez seja estranho, ser prolixo, falando do pequeno príncipe que narra suas aventuras, que percebe como as pessoas deixam de dar valor às pequenas coisas da vida a medida que vão crescendo. Com esse sentimento de padre pedagogo e filósofo, pretendo levar ao leitor a almejar um conhecimento de si mesmo. A cada frase dele nos apresenta “reflexões saídas” significativas para o verdadeiro enfrentamento da vida.



























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