quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Que Educação eu quero para o futuro?

Coluna do Marcus Krause
(Funcionário do Ministério Público Estadual, Graduado em Letras, Professor, Músico, Ator humorístico e voluntário de vários projetos sociais)


Em um país onde os índices de educação não são nada animadores, onde 11,8 milhões de pessoas são analfabetas (dados do IBGE, 2016), 11% dos jovens abandonam a escola no ensino médio e 3 milhões de crianças entre 4 e 17 anos de idade estão sem acesso à escola (CENSO ESCOLAR, 2015), o que podemos esperar da educação para o futuro?

Em um país onde a corrupção consome as esperanças daqueles que sonham em ter uma educação capaz de transformar seu futuro e sua história, onde gestores são capazes de manifestarem-se em rede pública de televisão, afirmando que gastar muito dinheiro em educação é um absurdo, onde em muitos municípios alunos são transportados em “paus-de-arara” para a escola, onde grande parte das nossas escolas sequer possuem áreas disponíveis para incentivo à leitura, cultura, arte e ao esporte, com poucas exceções, as escolas em um contexto geral não possuem auditórios, bibliotecas, e quadras de esportes. Já dizia Derek Bok “Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância.”

O que esperar de uma educação onde se “depositam” 40 alunos em uma única sala de aula, onde 200 mil professores dão aula em uma área diferente da que se formaram? São tantos dados desanimadores que nos levam a meditar nessa realidade, possibilitando-nos a fazer esses questionamentos sobre que futuro queremos para a educação em nosso pais.

Não somente esses dados que nos entristecem, mas quando analisamos a participação familiar no contexto educacional dos filhos, podemos perceber claramente o quanto é importante a participação da família e o quanto a ausência da responsabilidade dos pais tem sido sentida no ambiente escolar, em um verdadeiro abandono intelectual que tem resultado em inúmeras situações de indisciplinas e atos infracionais cometidos em ambientes escolares.

Então pensamos: é essa a educação que pode transformar um ser humano?

Devemos dar ouvidos a Seneca que dizia “A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida.”

Quais resultados poderíamos esperar advindos em meio a todo este conjunto lamentável de situações? 

Queremos um futuro onde a educação transforme sonhos em realidades. Sonhamos com uma educação que possa mudar realidades e construir histórias, não somente uma educação traduzida por números, mas a que se reflete no viver de um povo e na construção de um caminho de dignidade.
































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