Coluna do Marcus Krause
(Professor, Graduado em Letras, Funcionário do Ministério Público, Poeta, Músico e Presidente da ONG Toda Criança Feliz)
Nosso mundo é cheio de desigualdades, os que mais
sofrem as consequências dessa “guerra pela sobrevivência” são idosos, crianças,
negros, os hipossuficientes, pessoas com deficiência, dentre outros, que
lamentavelmente não conseguem usufruir dos mesmos direitos, ou o mínimo
possível capaz de garantir-lhes sobrevivência com dignidade.
Segundo descreveram Ana Flávia Trevizan e Sérgio Tibiriça Amaral, no trabalho “Diferenciação entre minorias e grupos vulneráveis”, publicado na rede mundial de computadores, no link: http://intertemas.toledoprudente.edu.br/…/viewFile/2319/1814 acessado em 22 de julho de 2019, os grupos vulneráveis se mostram a sociedade como sendo um conjunto de seres humanos, possuidores de direitos civis e políticos, possuindo o direito de cidadão, porém, a sociedade de maneira geral e pelo fato desta ser majoritária, macula certos direitos inerentes as pessoas vulneráveis.
Diante dessa mácula é que surgem as inúmeras
desigualdades, onde o poder público é obrigado a promover ações e políticas
públicas voltadas especificamente às pessoas mais vulneráveis, e essa obrigação
muitas vezes só é materializada, ante a atuação do poder judiciário.
Porém, quando há a omissão ou inércia dos entes
públicos abre-se nova lacuna, que na maioria das vezes é preenchida com a
atuação do Terceiro Setor, representado pelas diversas ONGs, Associações e
entidades de defesa dos direitos das pessoas vulneráveis.
O que queremos levar à reflexão através deste ensaio é o importante papel desenvolvido por estas entidades de tamanha relevância social, e que muitas vezes ficam à margem dos investimentos e olhares daqueles que detém o poder, e aqui me refiro não somente ao poder estatal, mas os que detém poder econômico no setor privado, onde muitas desigualdades humanas emergem desta insensibilidade.
Para amenizar as desigualdades existentes em nosso mundo, que afetam consideravelmente as minorias e classes vulneráveis, as entidades do Terceiro Setor se desdobram em ações que visam não o fim econômico, mas a promoção da dignidade da pessoa humana.
É mister uma reflexão da sociedade com olhares fitos às circunstâncias em sua volta para compreendermos o quanto precisamos evoluir como seres humanos, como cidadãos e, principalmente como cristãos, deixando nossa zona de conforto e assumindo o papel de defensores e mobilizadores na promoção da igualdade e fraternidade, gestos tão nobres, porém tão escassos em nossa sociedade.
Somente com esse entendimento será possível minorar tão grande desigualdade que migra os sonhos e esperanças de tantas pessoas, que são obrigadas a contentar-se com sua triste e dura realidade, nela permanecendo muitas vezes até a morte.
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