quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Espaço literário - Quinta poética!

Coluna do Poeta Samuel Barrêto
(Foto retirada do "Facebook", em 23.01.2020, às 16h12)


Escrita a Punho

Com a mania que tenho de escrever qualquer coisa que venha ao pensamento e quando acabo não escrevendo, mesmo assim, a escrita ainda acontece de maneira imaginária, e ali se vão horas, dias, semanas e meses com aquela companhia na minha memória e até que chega a hora de derramar a alma no papel. 

(Foto Google Imagem, em 23.01.2020, às 16h15)

Gosto muito de escrever com lápis, não sei a razão, mas o certo é que gosto. Já com a caneta, o tal feito se deu comigo com um ocorrido muito particular da minha parte, não que seja inédito ou exclusivo para os demais, mas ela também faz o meu tipo, e sabe como começou esta admiração pela escrita da caneta? 

(Foto Google Imagem, em 23.01.2020, às 16h17)

Pois bem, certa vez ainda na minha distante infância, olhei algo que tinha escrito e fora fotografado, achei o máximo e olha que a minha grafia não é das melhores, mas dá para ser entendida. Por citar grafia, o meu pai João de Sá Barrêto, tinha uma linda grafia de fazer inveja a qualquer um, se por ventura tivesse escrita igual a dele, ainda iria lançar um livro escrito a punho para deixar marcado a minha estampa de fazer versos escritos à mão.

(Foto Google Imagem, em 23.01.2020, às 16h27)


Nos últimos anos tenho ido por outro caminho na questão da escrita, tenho feito muita coisa direto no computador, e olha que já tenho um bom acúmulo, algo que dá para encher as paginas de alguns livros, sem contar o montante avulso que tenho certa mania de nomear com alguns nomes que vêm à minha cabeça: pastoso, poeminhas, outras coisas, uns tantos, burundanga, coisinhas, tacada, variados e muitos outros nomes que vou dando a cada um, e qualquer tipo de arquivo que esteja fazendo ou mesmo pesquisando, mas o certo que tenho feito tal coisa com muita frequência e quando quero procurar qualquer coisa no meio de tantos arquivos dentro de outros arquivos, é um Deus no acuda que não acaba mais, sem contar nos arquivos certos do meus livros inéditos (que sei que vão ser por muito tempo), não por falta de vontade da minha parte para lançar os mesmos, mesmo porque o mercado editorial é muito cruel para poetas e escritores desconhecidos, e quando a produção é independente, aí o buraco é bem mais em baixo, tudo isso pela questão dos preços nas gráficas para a publicação de um livro, sem mesmo dizer que o apoio de parcerias ou mesmo patrocínio é algo quase impossível para muitos. 

Nem queria viajar por este assunto, mas como tenho a constante maneira de emendar uma conversa na outra, acabou escapulindo o dedo de prosa.

(Foto Google Imagem, em 23.01.2020, às 16h31)

Fiquei agora com uma vontade danada de adentrar na questão da linguística, que é algo que me agrada muito, mas apesar de agradar é um tema bem complicado e se for tratado de maneira zelosa é bastante proveitoso para o contexto de qualquer sociedade. 

Conheço muitos que não gostam da linguística preferem mesmo encher linguiça ou mesmo encher a pança com a tal, só para não ter uma flexibilidade de entendimento no meio social que esteja inserido, prefere ficar dentro dos muros do conforto para não ter que andar no meio da massa, já que a massa só na hora necessária das falsas ilusões. 

Bem que havia dito em alguns parágrafos acima que a mania de emendar um assunto no outro, em alguns momentos tem me custado caro, é mesmo como certo padre que em determinado sermão entra em um tema, depois se manda para outro e quando quer voltar, começa a achar o caminho diferente e estranho, então para se salvar acaba dizendo: “Minha gente, o Senhor nosso Deus nos deu o seu filho amado, o querido Jesus Cristo que morreu na cruz para nos libertar do pecado, como a nossa única via de salvação.”  

Então, como a questão aqui não é a salvação do reino de Deus, vou buscar na lavoura de poeta Paulinho "Nó Cego",  do seu livro “Outros e Eu - Poemas e Bobagens” quando este diz: “escrevo torto por linhas tortas, nunca fui Deus” - e que assim seja até que a escrita feita a mão ainda seja um grande atributo para o desenvolvimento educacional.


Samuel Barrêto

Autor do Livro “A Rua da Golada e Sua Identidade”


















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