segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência!

 Coluna do Marcus Krause

Hoje, 21 de setembro, comemora-se o dia nacional De luta da pessoa com deficiência, data dedicada à mobilizações, reflexões e comemorações das conquistas já alcançadas. 

Existiu um período da história na qual as pessoas com deficiência eram totalmente excluídas, eram tratadas como se tivessem espíritos imundos e muitas chegaram até a ser sacrificadas por conta de sua deficiência. 

Chegar até a fase que vivemos atualmente não foi fácil, foi preciso a luta de muitas pessoas e organizações para que as pessoa com deficiência hoje pudessem ter seus direitos garantidos. Essas lutas deram causa ao surgimento de muitas legislações bem como tratados internacionais como os de Guatemala, Dakar, Cochabamba, Declaração mundial de educação para todos e muitos outros que foram um marco na garantia de direitos às pessoas com deficiência. 

Em Pedreiras, somos privilegiados pois temos muitas pessoas e entidades que lutam pelos direitos das pessoas com deficiência e somadas às ações e parcerias do poder público, fortalecem no desenvolvimento de políticas públicas de inclusão. 

Como forma de inclusão escolar, no município de Pedreiras, existe uma equipe multidisciplinar ligada à SEMED que é responsável por gerir à educação inclusiva e dar suporte às demais entidades do Terceiro Setor. Essa equipe é administrada pela Servidora Katyara Leite, que atua em parcerias com as referidas entidades. 

Citaremos alguns marcos iniciais da inclusão em nossa cidade. A professora Daniele Cardoso, foi uma das pessoas que tiveram grande participação nas primeiras lutas da pessoa com deficiência em nossa cidade, quando, reuniu sua família para colocar em funcionamento a APAE de Pedreiras. Com muita luta e apoio de outras pessoas, conseguiu fortalecer a entidade que até hoje atua na cidade de Pedreiras, prestando relevantes serviços à nossa comunidade. Atualmente a APAE tem como coordenadora a senhora Inês Maria e presta relevantes serviços às pessoas com deficiência, com apoio pedagógico e ações voltadas à defesa dos direitos da pessoa com deficiência, fica localizada em frente a praça cinquentenário. 

Outro precursor da inclusão em Pedreiras foi o senhor Murilo Luna, que fundou a ADEFIPE em Pedreiras, a partir deste trabalho nasceu a Pestallozzi em Pedreiras, hoje dirigida pela senhora Ana Célia e está situada na rua 01 do Bairro Mutirão.    

A Associação de Mães e Amigos dos Autistas - AMA é outra entidade que nasceu em nossa cidade e que desenvolve um trabalho de conscientização sobre o Autismo, realiza palestras nas escolas para alunos e professores com o intuito de levar informação e conhecimento para que os direitos dos autistas sejam resguardados. A instituição é coordenada por uma diretoria composta por Cicera Damasceno e Gisele Caldas, Luciana Melo, Flávia Guimarães, Jessica Medeiros, Alana Cândido, Priscilla Kezzy e Cleude Quindere. 

Outra instituição que realiza relevantes trabalhos em prol da inclusão em nosso município é a AME, Associação de Mães dos Especiais que realiza dentre outras atividades, visitas à pessoa com deficiência bem como suas famílias de modo a levar apoio e orientações necessárias. É coordenada por Tayna Pacheco. 

Percebemos o quanto nossa cidade foi agraciada pela existência dessas entidades e pessoas que só fortalecem a causa e dão maior esperança às famílias das pessoas com deficiência. 

Nossa sociedade precisa entender e viver a inclusão onde cada um deve cumprir seu papel, iniciando por pequenos gestos como buscando informações sobre as terminologias atuais adotadas, abandonando o uso pejorativo para tratar de pessoas com determinadas deficiências, dando oportunidades e orientando, na medida do seu conhecimento àqueles que ainda desconhecem as legislações e direitos das pessoas com deficiência, cobrando dos poderes constituídos e gestores a execução de políticas públicas de inclusão, enfim, sendo um ativista e colaborador na defesa pelos direitos da pessoa com deficiência. 

Ainda não chegamos ao patamar desejável da inclusão, pois há muito o que se fazer ainda, mas é notório que avançamos muito e esses avanços devem ser comemorados e lembrados. 

  Marcus Krause 

Pós-graduando em Educação Inclusiva UEMA.























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