quinta-feira, 22 de outubro de 2020

80 anos do Rei Pelé!

 O Poeta e o Rei!

(Foto direção cultura, tirada da Internet em 21.10.2020, às 14h51)

Faz muito tempo! Já se passaram 28 anos! Como o tempo voa... Não me lembro bem da data com precisão - mês e dia - mas o ano foi 1992. Eu morava nesse período em São Paulo, Capital, tinha ido tentar a sorte, como muitos nordestinos já fizeram e continuam fazendo todos os dias: procurar naquela gigante cidade de pedra uma vida digna e um futuro melhor para suas vidas, coisas, que para muitos se tornam utopia e ilusão.

(Prédio da antiga fábrica de discos Continental, localizada na Avenida do Estado, nº. 4667/4755, Moóca, São Paulo/SP. Foto Pinterest, retirada da Internet em 19.10.2020, às 8h)

O certo é que em um desses dias vividos em São Paulo, no período da tarde, por volta das 15 horas, eis que um colega de trabalho, que atendia pelo nome de Vagner,  adentra a sala em que eu trabalhava, nos recursos humanos, da Gravadora Continental Discos, e me fez a seguinte pergunta: - Maranhão (assim ele me chamava), você já viu o Pelé, pessoalmente, alguma vez em tua vida? Respondi-o que não. E, ele me disse em seguida: - Nesse momento, ele está passando nos corredores da empresa. Se você se apressar, vai dar tempo vê-lo.

 

(Registro em nossa CTPS/1991)

Imediatamente, pedi ao meu chefe do departamento, dr. José Gonçalves de Almeida, para ir ver o Rei Pelé. Ele me autorizou. Mas antes de sair da sala, peguei um bloquinho de papel que eu usava sobre a minha mesa, para rascunho, e fui à esperança de ver o Pelé e pedir-lhe um autógrafo. 

Confesso que nunca fui de "tietagem." Nunca gostei de correr atrás de gente famosa. Geralmente, essas pessoas são muito "estrelas", prepotentes e arrogantes. Gostam de tratar mal os seus fãs. Mas o Pelé - eu pensei naquele momento - é diferente. Ele é um ídolo mundial. É o Rei do futebol. Sabia que uma oportunidade daquela, nunca mais iria surgir em minha vida!

 

(Rei Pelé com a cantora Elis Regina/Foto retirada da Internet em 19.10.2020, às 8h10)

Quando eu saí da sala, o empresário Senhor Alberto Byington Júnior (dono da gravadora), caminhava lentamente ao lado do Pelé, conversando, sentido à sua sala. Na qualidade de também compositor, como o Brasil todo sabe, Pelé tinha direitos autorais a receber, por ter contrato artístico com a Gravadora Continental Discos.

Apressei-me. Acompanhei os dois. E, ao chegar próximo de ambos, dei-lhes boa tarde. Pedi permissão ao Senhor Byngton e disse que gostaria de conhecer pessoalmente o Pelé e pedi-lo um autógrafo. Naquele momento o Pelé se virou para mim e me disse que sem nenhum problema. Pegou na minha mão, deu-me um abraço com muita educação e gentileza. 

(Autógrafo de Pelé para Joaquim Filho/1992)

Quando eu entreguei o bloquinho e a caneta para ele me dar o autógrafo, ele olhou para mim e perguntou, sorrindo: - Mas você vai querer todo esse bloco de autógrafos? Sorrindo, eu também lhe respondi que não. Eu só queria um autógrafo. Que o bloquinho era só para forrar e ficar mais cômodo para ele escrever. 

Assim, foi o meu primeiro encontro e talvez o único da minha vida com o Rei Pelé. Agradeci-o pela atenção. Ele seguiu o seu reinado e eu a minha vida real de poeta-plebeu e sonhador. 
























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