JESUS DEU SUA VIDA PARA QUE TIVÉSSEMOS PAZ
(Papa Francisco acena neste domingo (25) da varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano (Foto: REUTERS/Alessandro Bianchi) |
Em sua tradicional mensagem
de Natal, o Papa Francisco evocou a paz a todos que perderam seres queridos em
"atos de terrorismo que espalharam medo e morte no coração de tantos
países e cidades". O Papa falou na varanda da Basílica de São Pedro, no
Vaticano.
De acordo com a agência
France Presse, dezenas de milhares de fiéis deveriam ouvir ao meio-dia a
mensagem de Natal "Urbi et Orbi" ("À cidade e ao mundo").
O Papa citou a guerra na
Síria, o conflito no Oriente Médio e a situação em países latino-americanos ao
evocar a paz.
Sobre a Síria, disse que é
hora de que "as armas se calem definitivamente. "É hora de que as
armas se calem definitivamente e a comunidade internacional se comprometa
ativamente para que se consiga uma solução negociável", declarou.
Neste país, onde o regime
sírio apoiado pela Rússia acaba de recuperar o controle de Aleppo, "muito
sangue foi derramado", ressaltou o pontífice a respeito do conflito que já
dura cinco anos. "Sobretudo na cidade de Aleppo, palco nas últimas semanas
de uma das batalhas mais atrozes, é mais do que nunca urgente que a ajuda e
reconforto sejam garantidas à população civil, no fim de suas forças, em
respeito ao direito humanitário", afirmou.
Em relação ao conflito entre
israelenses e palestinos, o Papa afirmou que os dois lados devem "escrever
uma nova página da história".
"Paz para as mulheres e
homens da amada Terra Santa, eleita e favorecida por Deus. Que os israelenses e
os palestinos tenham coragem e determinação para escrever uma nova página da
história, em que o ódio e a vingança cedam lugar à vontade de construir
conjuntamente um futuro de recíproca compensação e harmonia", afirmou.
O soberano pontífice também
pediu uma "paz restaurada" no Iraque, Líbia e Iêmen, "onde as
pessoas sofrem com a guerra e atos terroristas atrozes".
O Papa, que acaba de
completar 80 anos, também mencionou a situação na Venezuela e na Colômbia.
Francisco pediu "harmonia" ao "querido povo colombiano",
imerso em um processo de paz para pôr fim ao conflito entre o governo e as Farc
de mais de 50 anos.
"Pedimos harmonia para o
querido povo colombiano, que deseja cumprir o novo e corajoso caminho de
diálogo e reconciliação", disse.
Também exortou que "a
coragem anime (...) a amada Venezuela para dar os passos necessários com vistas
a pôr fim às tensões atuais e edificar conjuntamente um futuro de esperança
para toda a população". A Venezuela passa por uma profunda crise política
e econômica.
Medo
Após o ataque terrorista a um
mercado de Natal em Berlim, que deixou 12 mortos na segunda-feira à noite e que
foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), o medo de outros
ataques marca as festividades deste ano.
Moradores e turistas em Berlim
acendem velas e depositam flores no local do ataque. Em Milão, onde o autor do
ataque foi morto na sexta-feira durante um controle de identidade, a polícia
ocupa a praça que abriga um pequeno mercado de Natal, cujo acesso está sendo
protegido por blocos de concreto desde o ataque de Berlim.
Materialismo
Na noite de sábado, em sua homilia da noite de Natal, o Papa
Francisco criticou o materialismo daqueles
que festejam o Natal pensando apenas nos presentes e chamou a todos a ter
compaixão pelas crianças abandonadas. Esta cerimônia, na Basílica de São Pedro,
foi realizada em meio a fortes, mas discretas, medidas
de segurança.
Em Belém, lugar onde, segundo
a tradição cristã, nasceu Jesus Cristo, cerca de 2.500 fiéis palestinos e
estrangeiros lotaram a Basílica da Natividade para a missa do Galo à
meia-noite. O presidente Mahmud Abbas e outros dignitários palestinos estavam
presentes.
No norte de Israel, mais de
25.000 pessoas participaram nas celebrações de Natal em Nazaré, cidade onde
Jesus passou sua infância.
Fonte: G1
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