COLUNA
DO JORGE HENRIQUE
A juventude e a cultura andam de mãos dadas
como um casal de namorados que se valorizam, respeitam-se e fortificam-se na
certeza de um dia jamais se separarem. Todavia, na outrora pacata cidade de
Pedreiras, observamos cada vez mais os jovens afastando-se daquilo pelo qual
uma cidade é mais reconhecida e admirada, no caso da nossa amada “Princesa do Mearim”, refiro-me à
cultura, pois ela é a nossa maior identidade.
Nós, jovens, somos constantemente
bombardeados com os produtos industriais da era moderna, tais como músicas,
danças, filmes, séries, animes e entre outros do gênero, somos constantemente
comparados a uma esponja que somente absorve aquilo que lhe é proposto. Mas
pergunto a você, amigo leitor, absorção deve ser então o único objetivo da
juventude em nosso contexto cultural?
Na minha humilde e singela opinião, NÃO! A
história do passado de Pedreiras nos diz que personalidades ainda em sua
juventude já produziam seus poemas, canções, cordéis e peças teatrais.
O problema atende pelos nomes de comodismo
e falta de incentivo, que por sua vez produzem aos poucos o esquecimento de
nossa identidade cultural. João do Vale, artista maior de nossa região, não
tinha os recursos dos quais hoje desfrutamos, tais como internet, computadores,
televisão e redes sociais, e ainda sim superou todos os desafios, saiu de seu
pequeno mundo, levando ao Maranhão, ao Brasil e até mesmo fora do nosso país a
identidade cultural da nossa região. Mais uma vez, pergunto-lhe, nobre amigo
leitor: o que temos feito para preservar tais legados? Será que ainda merecemos
o título de cidade cultural?
Somos uma terra de poetas, escritores, artistas
plásticos, cantores e compositores, mas onde estão os novos talentos? Onde
estão os jovens que se prontificam a preservar o legado deixado por tantos
artistas do passado e do nosso presente? Proponho aos meus amigos jovens
construirmos uma nova história no presente, baseada no legado do nosso passado
e com os olhos voltados para os frutos do futuro.
A melhor maneira de sanar de uma vez por
todas a problemática cultural levantada nesta matéria é definitivamente sairmos
do ócio, da nossa zona de conforto, daquilo que nos prende à monotonia diária
imposta por uma mídia de nível nacional que apenas nos rotula como esponja,
como se tão somente tivéssemos o papel de absorver e não produzir aquilo que de
mais lindo temos em nossa cidade, a cultura!
Creio que vivenciamos diariamente um confronto
entre o “antigo” e o “novo”, um turbilhão de sentimentos, ocupações e
preocupações do nosso cotidiano ofusca cada vez mais os valores do passado,
reviver é preciso, produzir é necessário e manter viva a história da nossa tão
amada Princesa do Mearim é essencial. Pedreiras espera por nós, uma juventude
que tem potencial para mover grandes montanhas, mas que ainda necessita do
básico para mover a si mesma.
TRABALHEI DURANTE 2 ANOS COM ESSA RAPAZ, UM HOMEM EDUCADO, CULTO E HUMILDE. ESSE RAPAZ TEM UM FUTURO BELÍSSIMO PELA FRENTE, POIS SEMPRE DEMONSTROU INTELIGÊNCIA E RESPONSABILIDADE EM TODAS AS SUAS TAREFAS.
ResponderExcluirDEUS ABENÇOE VOCÊ JORGE HENRIQUE