SESSÃO FOTO-LINGUAGEM
(Foto: Google Imagem)
As noites e os dias chuvosos sempre serão
motivos para a inspiração dos poetas, pois são momentos sublimes de reflexão
que os mesmos se encontram com a poesia e escrevem seus versos de angústia,
saudade, solidão e esperança.
Tempos nublados com chuvas brandas me fazem
lembrar a região da Baixada Maranhense, das diversas cidades, das estradas de
asfalto, das vicinais, como também da sua gente honrada e sofrida.
E, foi em
uma dessas andanças da minha vida, no dia 10 de janeiro de 2002, na cidade de
Arari/MA, que me veio a inspiração para escrever o poema NOITE CHUVOSA EM ARARI,
dedicado ao meu amigo e companheiro de estrada – naquela época – Aliomar Bernardo,
pois tal qual esse poeta, era também um desbravador que levava a vida
trabalhando em outras plagas.
NOITE
CHUVOSA EM ARARI
(Para meu amigo Aliomar Bernardo)
Um simples quarto,
um quarto úmido,
uma janela aberta
que se abre para o mundo,
para a noite,
para a saudade,
para a tristeza, enfim...
para o pequeno mundo de Arari,
que na noite silenciosa
chora por todas as maldades,
por todas as dores;
da fome,
da pobreza;
da miséria, da exploração...
Um simples lugar sem mobília,
sem musa, sem nada.
Solidão, alma aprisionada.
Chuva fina, menina,
ruídos de lamento,
Das crianças que
choram a falta do alimento.
Noite meu calvário,
meu amor distante,
um poeta pensante
poetizando solitário.
Ararari (MA), 10.01.2002
(Hotel São José)
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