segunda-feira, 27 de novembro de 2017

NILTON LEE É O MAIS NOVO IMORTAL PEDREIRENSE!

Discurso de posse na Academia Pedreirense de

 Letras
(Nilton Lee - Jornalista, Poeta, Escritor, Teatrólogo, Radialista e Membro da Academia de Letras de Pedreiras e Esperantinópolis-MA/Foto: Ascom)

NILTON LEE: ELE AGORA É IMORTAL

Digníssimo presidente da Academia Pedreirense de Letras, Edivaldo Souza dos Santos, demais diretores desta honrosa instituição, confrades, confreiras, autoridades, minhas senhoras e meus senhores, nossas saudações, nosso boa noite.

(Acadêmico Nilton Lee recebendo das mãos do fundador da Academia Pedreirense de Letras Filemon Krause, o seu Diploma de Acadêmico/Foto: Ascom)

Agradeço, em primeiro lugar, a expressiva generosidade com a qual os ilustres membros desta Academia acolheram o meu nome para ocupar a cadeira nº 15. Registro que é uma honra e uma responsabilidade ocupar este honroso lugar nesta instituição, que é a guardiã das palavras, neste município de grandes poetas, de homens e mulheres que lavram as letras.

(Nilton Lee, sendo acompanhado pelo confrade Allan Roberto no momento da sua posse na Academia Pedreirense de Letras/Foto: Ascom)

Meu patrono nesta casa, Gilona Araújo, admirável figura humana que, com a sua inteligência, deu densidade própria à vida cotidiana pedreirense, pela sua notável atuação, sobretudo no campo do jornalismo, e diversificados campos da vida a que se dedicou, impulsionado por uma vocação de servir e trabalhar em favor da nossa sociedade.

Afonso Carlos Gilona de Araújo nasceu em Belém do Pará em 12 de fevereiro de 1920, casado com Maria Benigno de Araújo, de cuja união nasceram três filhos: Afonso, Adélia e Wilna. Era jornalista responsável pelo jornal “Vale do Mearim”, do deputado José Marques, inaugurado em fevereiro de 1949; foi locutor da amplificadora Conceição, de Vicente Benigno, inaugurada em 1952; foi secretário da prefeitura de Pedreiras na gestão do prefeito Francisco Sá. Faleceu nesta cidade em 4 de março de 1959, com apenas 39 anos de idade, cujos restos mortais se encontram sepultados no cemitério do alto São José. Em sua homenagem foi denominada a rua 2 do bairro Seringal, conforme projeto do então vereador Filemon Krause, nosso confrade.

Eu, desde a minha infância, na “Terra da Esperança” – Esperantinópolis, onde dei os meus primeiros passos, vizinha, cidade-irmã da “Princesa do Mearim” - Pedreiras, logo cedo aprendi a rumar para cá, como uma extensão de meu torrão. Muitos amigos fiz por aqui ao longo desta vida, nos intercâmbios culturais de minha juventude, na lida dos meios de comunicação que sempre nos aproximou como pessoas e cidadãos, gente e cidades, espaços e mentes.

Pedreiras habita o meu supra habitat natural desde os primórdios de minha existência. Na minha adolescência ainda, fui morar em São Paulo, como muitos nordestinos de minha geração, retornei à minha terra, depois rumei para o Tocantins, vivi em Palmas, capital daquele estado, onde cursei jornalismo, pela Universidade Federal do Tocantins.

Há 10 anos, depois de muito caminhar, parei aqui. Não por acaso, mas movido pela minha paixão por esta terra, principalmente por sua efervescência cultural. Jornalista por formação, me sinto na obrigação de ser um, dentre tantos, narradores do cotidiano desta gente que irradia luz de alegria, de beleza e de vida, que enxerga o sol pelos espelhos d´água do Rio Mearim que nos banha, que nos lava a alma e nos tira as impurezas diárias que a vida nos impõe.

Terra de Gilona Araújo, João do Vale, Corrêa de Araújo, de João Barrêto, do Joaquim Filho, do Samuel, do Edivaldo, Darlan, Allan Roberto, e todos que aqui estão, neste momento, dividindo comigo a alegria de tornar-me um membro deste seleto grupo.

Ao ver-me alçado a essa turma, diante de tantos grandes escritores e artistas das letras e das artes sentados à minha frente e ao meu lado, toma conta de mim um orgulho que não consigo esconder, em vista que trago o jornalismo e a literatura em meu sangue. A mim e a todos que aqui estão presentes, repousa essencialmente na eloquência com que sonhamos, no esforço com que reforçamos a edificação sólida da Academia Pedreirense de Letras, nosso patrimônio.  Que esta instituição sirva de abrigo às nossas aventuras e propicie maior valor à língua portuguesa.

Como já exposto, não sou filho desta terra, mas me considero um pedreirense de coração. Sinto-me um cidadão que, à sua maneira e dentro de suas possibilidades, está contribuindo para que a história de Pedreiras se emoldure no progresso, não apenas das letras, mas em todos os parâmetros. Já plantei a minha árvore, já entrelacei minha vida com a vida deste povo, e hoje vejo em minha neta, Marina, nascida neste solo, a missão de dar continuidade à semente que plantei, planto e ainda plantarei para uma colheita frutífera que o futuro nos trará.

Confesso acreditar na aventura humana, no direito que nos assiste de exaltar, através da narrativa, esta enigmática viagem que estreamos todos em direção ao centro de nós mesmos.

Estou hoje servidor público, da equipe da assessoria de comunicação da prefeitura de Pedreiras. Penso ser oportuno destacar ainda, que a minha contribuição hoje, como membro do governo municipal nesta gestão, com a missão árdua, porém prazerosa de informar aos cidadãos das ações governamentais, posso contribuir para o engrandecimento não apenas da gestão atual, mas para com a comunicação institucional de maneira ampla.
Quero ser partícipe da vida cidadã pedreirense, pois ao longo desta vida e de toda a experiência acumulada, me sinto cada vez mais convicto de que sozinho, ninguém chega a lugar algum. Somos um povo, somos juntos uma potência; se unidos, somos gigantescos e imbatíveis.

Sou membro da Academia Esperantinopense de Letras, onde ocupo a cadeira nº 2, cujo patrono é o poeta pedreirense João de Sá Barreto. Tornar-me a partir desta inesquecível data, membro integrante da Academia Pedreirense de Letras, é motivo de imensa satisfação e orgulho; da mesma forma que entendo ser para os demais novos imortais.

Este momento é, sem dúvidas, uma oportunidade singular para todos nós, para reafirmarmos o nosso compromisso com a “cultura da língua nacional” e com o apego literário de aprazível valor em favor da arte. Quis o destino que eu ocupasse, graças à generosa acolhida dos meus pares, a cadeira nº 15 da Academia Pedreirense de Letras.

Quero de forma especial agradecer a quem atuou diretamente para a minha imortalidade aqui na academia pedreirense de letras, Joaquim Ferreira Filho, meu padrinho nesta indicação; ao nosso presidente Edivaldo Souza dos Santos e aos demais imortais que permitiram que eu ocupe espaço nesta respeitável instituição, por terem aceitado o meu nome para esta renomada confraria.

Nesta direção, destaco a importância desta casa das letras para a preservação da cultura, da escrita e da memória pedreirense, maranhense e brasileira. E conclamo a todos para que não sejamos “homens de fardão” engessados nas reuniões internas, mas que nos tornemos membros efetivamente solidários às causas sociais. Agradeço a acolhida nesta casa, o apoio dos confrades e confreiras; agradeço a presença de todos nesta solenidade, e de forma especial, quero agradecer a Deus, à minha esposa Sandra, aos meus filhos, genro, nora e minha neta Marina.

Encerro com um pensamento do poeta chileno Pablo Neruda. “Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as ideias.”

Muito obrigado!






















Um comentário:

  1. Uma boa indicação e o melhor discurso da noite. Nilton é muito bom no que faz. Esse eu conheço e tenho orgulho de ser colega de trabalho.

    Ascom

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