Coluna do Doutor "Doidão"
(Ano I, Edição VII, 2018)
Aproxima-se a festa de Natal, do
nascimento do filho de Deus que veio ao mundo para que com o seu sacrifício de
morte cruel e muito sangue derramado remir os homens do pecado e garantir-nos a
salvação.
(Jesus Rei dos reis/Imagem ilustrativa, retirada do Google em 21.12.2018, às 22h34)
Tudo
na vida de Jesus Cristo é muito contraditório e interessante por demais! A
Palavra de Deus já diz que as coisas d’Ele para o homem/mundo é mesmo loucura.
O Rei dos reis, que já nasceu Rei, veio ao mundo de uma virgem pobre num
estábulo, um cocho de comida de animais forrado de
palha foi seu primeiro berço, o chão sujo e fétido de muito cocô de vários
animais foi a mesa de parto de Maria.
(Jesus criança entre os doutores da lei/Imagem ilustrativa, retirada do Google em 21.12.2018, às 22h38)
Ainda criança deixou Doutores embasbacados com sua
sabedoria; cresceu em Nazaré, na época considerada uma grande favela, tal qual
a Rocinha no Rio hoje. Foi batizado por quem o anunciou que não Lhe era digno
de desatar-Lhes as sandálias dos pés; andava com a escória da sociedade, pobres
marginalizados, assassinos, rebeldes políticos, prostitutas, e afins.
Contrariava as leis da época chocando e incomodando a
todos, desde seus discípulos até o mais alto poder da época: Roma. A samaritana
era impura, mas Ele preferiu tomar água dada por sua mão; a prostituta pela Lei
tinha que ser morta apedrejada, mas Ele a salvou expondo a hipocrisia da
sociedade; escolheu um ladrão para ser Seu tesoureiro; nomeou fraco traidor
para ser Chefe de sua Igreja; na ocasião em que sabia que seria saudado como
rei, ao invés de carruagem e cavalos, preferiu montar-se num jumento.
(Jesus curando os cegos e os leprosos/Imagem ilustrativa, retirada do Google, em 21.12.2018, às 22h40)
Curou cegos, surdos, leprosos, paralíticos e
ressuscitou mortos. Mas a sociedade durante seu julgamento escolheu perdoar um
ladrão e assassino (Barrabás) e condená-Lo à mais sofrida e sofrida das mortes -
a cruz.
Poderia citar tantos outros paradoxos. Mas paro por
aqui para falar do hoje. Ontem fui ao principal shopping de São Luís e vi
dezenas de decorações natalinas belíssimas e luxuosas: pinheiros grandiosos,
bolas brilhantes, luzes piscantes, enfeites luminosos mil, a onipresença do
velhinho de barba branca e roupa vermelha, Santa Claus- Papai Noel. Não vi
nenhum presépio, nenhuma manjedoura, nenhuma figura de Maria, muito menos o
Deus-Menino encarnado. As pessoas, em multidão, entravam e saiam das lojas
apressadas gastando o seu 13° salário com presentes diversos.
Cadê a lembrança do verdadeiro sentido natalino? Cadê
o Cristo-Menino? Cadê a representação do nascimento de Cristo? A Bíblia diz que
não podemos servir a dois senhores, ou ao Deus de Jacó ou a Mamom. Esse último
é o Deus da matéria e do dinheiro. Mamom está ganhando. O consumismo, o
capitalismo, o materialismo, superou e escondeu a figura do Cristo-Menino em
nossa sociedade atual no período natalino.
(Presépio de Natal/Imagem ilustrativa, retirada do Google em 21.12.2018)
Que todos nós que nos declaramos cristãos possamos
refletir nessa atroz realidade atual! Ressuscitemos Cristo não somente na Páscoa, mas
agora no Natal principalmente! Até porque na Páscoa o dinheiro também o
substituiu por um coelho e ovos de chocolate...
Médico, ex-presidente da Câmara Municipal de Pedreiras, membro da Academia Pedreirense de Letras e da Associação de Poetas e Escritores de Pedreiras-MA.
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