quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

O Anjo Notívago: Rebuscando nas reminiscências um texto de 2005

Hoje é o Dia do Rádio!

(Imagem retirada do Google Imagem em 13.02.2019, às 10h20)


O texto que ora publicamos aqui no blog do Joaquim Filho, foi escrito em março de 2005, mas somente agora é que estamos publicando nas redes sociais. Uma homenagem ao Rádio e ao grande radialista, o saudoso Beto Cantanhede. 

O Anjo Notívago

Houve um tempo em que o Rádio foi o maior e o mais importante veículo de comunicação no mundo. Ouvir Rádio era a grande sensação, era lazer, entretenimento, pura nostalgia. Nessa inesquecível e saudosa época, quem escutava Rádio estava bem informado, estava de bem com a vida e plugado no Planeta Terra.

Tenho o imenso prazer de revelar que fui criado na rua Primeiro de Novembro, no bairro Tresidela (hoje cidade), ouvindo Rádio. Mas isso já faz tanto tempo! Mas ainda tenho na minha doce memória que isso foi lá pelas décadas de 60 e 70.  

Lembro-me que meu querido e saudoso Pai e minha santa Mãezinha, gostavam de ouvir todos os dias as Emissoras Radiofônicas: Globo, Tupy, Nacional de Brasília, Nacional da Amazônia, Sociedade da Bahia, Rádio Ribamar de São Luís e muitas outras que na época se destacavam com suas programações maravilhosas, sem falar das músicas de boa qualidade que nos chegavam através das ondas sonoras de um “bichinho” que ficava em cima de uma rústica e velha mesa de madeira, que não tinha boca, mas falava, e embora a marca tivesse nome de pássaro – abc canarinho – seu formato era de um bicho do mato, chamado Jabuti.

Nossa casa era de taipa, simples, tão singela, sem muita mobília, porém, havia no seu interior uma grande riqueza, um valioso tesouro: Amor, Carinho e o Rádio que era o nosso grande amigo, a razão da nossa alegria, o nosso pão de cada dia.

Percebo que os “anos dourados” estão de volta, e para a nossa alegria é que todas as noites, de segunda a sexta, Pedreiras e toda região são contagiadas com a pura nostalgia, onde a música e a poesia mexem com a sensibilidade, deixando a alma dos pedreirenses mergulhada num mar de alegria e saudade.

Estou falando de forma carinhosa e respeitosa do programa “Saudade Não Tem Idade”, que é apresentado pelo ilustre amigo e radialista Beto Cantanhede, através da Rádio FM Cidade de Pedreiras.

O programa “Saudade Não Tem Idade” é líder de audiência em Pedreiras, porque tem na comunicação um grande apresentador, um Homem que não faz do Rádio uma profissão, e sim, uma arte que sempre procurou desenvolvê-la com prazer, naturalidade e muita dedicação. Para apresentar o seu programa, escolheu justamente a noite porque é um menestrel, tem alma de poeta, tem essência de boêmio e faz do seu trabalho uma viagem ao passado de onde os ouvintes ao retornarem ao presente, voltam reabastecidos e alimentados de Paixão e Esperança.
                             
Beto Cantanhede é mais que um comunicador é um ANJO NOTÍVAGO que na calada da noite semeia: PAZ, ALEGRIA e faz da CIDADE a sua MUSA inspiradora, sua mais fiel ouvinte.

Mas quem é Beto Cantanhede? Carlos Alberto Pestana Cantanhede, conhecido popularmente como Beto Cantanhede, nasceu na cidade de Pedreiras em 16 de abril de 1938. Rebento do saudoso casal: João de Deus Brandão Cantanhede e Auta Pestana Cantanhede, começou a exercer suas atividades de radialista na antiga Rádio Mearim/AM. Em 1986 ingressou na Rádio Cultura de Pedreiras/ AM, onde ali iniciou com a apresentação do programa “Saudade Não Tem Idade”. Com o fechamento daquela emissora o apresentador se afasta por um período do Rádio, exercendo apenas as suas atividades de Funcionário Público Estadual na Gerência de Infraestrutura (GEINFRA), órgão no qual é servidor desde 1965.

Beto Cantanhede não carrega em seu currículo apenas a fama de um bom locutor, de voz cativante. Em Beto podemos ainda ver a figura de um ser humano que sempre honrou sua cidade, seu povo, seus amigos, sua maravilhosa família, sendo um pai exemplar para as suas duas queridas filhas: Cláudia Tereza Brasil Cantanhede e Andréa Brasil Cantanhede Córdoba. Como esposo, amou e foi um fiel companheiro de sua gloriosa esposa Maria Brasil Cantanhede, a Dona Maricota, que já não se encontra de forma física entre nós.
                                 
Em 1958, Beto Cantanhede serviu o Exército aqui em Pedreiras no quartel que ficava na rua Oscar Galvão, com os Sargentos: Gerardo Rebouças de Carvalho, Pedro Ubaldino de Oliveira e João Batista Nunes, no mesmo ano e na mesma turma que serviu também meu pai, Joaquim Ferreira da Silva (o Joacy).

Assim é Beto Cantanhede, meu grande amigo e irmão, o nosso Mahatma, uma grande alma, uma voz que clama, que ama e que enche de orgulho a nossa querida cidade de Pedreiras.

Pedreiras (MA), 17 de março de 2005.






















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