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BARRA DO CORDA: ALDEIA INDÍGENA KWARAHY-SOL REALIZOU A TRADICIONAL E CULTURAL FESTA DA MENINA MOÇA

Foto de Joaquim Filho

Quinta-feira, dia 22 de maio de 2025, por volta das 7h30 saímos de Pedreiras com destino à cidade de Barra do Corda-MA, para mais uma vez visitar e cobrir a festa da Menina Moça, marcada para acontecer nesse fim de semana.

Em Presidente Dutra paramos para visitar a nossa filha Thamiles e os netos Ryan, Maria Júlia e Ravi. Após o almoço, um cochilo até às 16h e depois seguimos viagem. Na cidade de Barra do Corda chegamos por volta das 17h30.

Antes de procurarmos um local para pernoitarmos, ficamos circulando pela cidade até a hora de procurar um local para comer um espeto e depois ir a uma pousada descansar para no dia seguinte partir para a aldeia.

Através da indicação do Márcio, proprietário do restaurante Tela Quente Espetaria, fomos para a Pousada do Leal, no centro da cidade, no Balneário Guajajara, embora naquela noite ainda tivesse um carro se dirigindo à aldeia, mas resolvemos descansar e partir só na manhã da sexta-feira (23), data exata do início da festa.

Pousada do Leal

Na manhã, bem cedo, do dia seguinte, fizemos contato com a Marta que também iria para aldeia no primeiro carro que saísse e, foi então que ela nos comunicou que o índio Uwislan, estaria vindo para a cidade nos buscar. E, assim foi feito: às 8h partimos rumo à aldeia Kwarahy-Sol.

Marta Silva Guajajara, o nosso grande apoio

Chegamos na aldeia por volta das 10h. Lá já estava em clima de festa, muita gente, incluindo os povos indígenas e brancos que colaboram com a festa como voluntários, simpatizantes e amigos e amigas de longos anos da vereadora Kassi Pompeu, política e líder indígena da região.

Toca onde ficam as Meninas Moças aguardando o momento da festa/Foto de Joaquim Filho

A saída da toca, local onde as Meninas Moças ficam por alguns dias, estava previsto para às 16h, mas durante todo dia não parava de chegar caravanas de índios de outras aldeias. E a cada grupo que chegava era recepcionado com foguetes, gritos e muita cantoria.

Na hora exata marcada, com a finalidade de manter a tradição e a cultura dos seus ancestrais os povos indígenas Guajajaras da Aldeia Kwarahy-Sol, situada a uma distância de 25 quilômetros da sede, dentro do município de Barra do Corda, Estado do Maranhão, aconteceu nos dias 23 e 24 de maio de 2025, a Festa da Menina Moça, ou seja, o Moqueado como também é chamado.

Mas o que isso significa para os povos indígenas e propriamente para a aldeia que celebrou essa festa tão importante? Para que os nossos leitores que acompanham o Blog do Joaquim Filho, entendam, nós vamos explicar, pois essa já é a terceira festa que nós, a convite, tivemos a honra e o privilégio de participar e cobrir todos os detalhes do evento.

Baseado no que ouvimos nessa experiência de convivência com os povos indígenas da aldeia Kwarahy-Sol "A moça Guajajara, ao menstruar pela primeira vez, tem o seu corpo inteiramente pintado com o sumo do jenipapo, uma fruta silvestre que espalhada pelo corpo, depois de algumas horas, fica de cor azul escuro intenso. A partir do momento em que ela recebe a pintura no corpo, realizada pela avó materna ou pela própria mãe, a moça cumprirá uma dieta alimentar rigorosa. Ela ficará de repouso num quarto escuro durante oito dias, sem poder sair. Lá, ela receberá suas refeições, visitas, e um conjunto de conselhos dados por sua mãe, tias, e avós."

FOTOS E VÍDEOS DA VIAGEM E DA FESTA DO MOQUEADO

Por Joaquim Filho