sábado, 23 de fevereiro de 2019

Viagem pela história dos Festivais de Marchinhas Carnavalescas de Pedreiras-MA.

Um resgate cultural do Blog do Joaquim Filho dos momentos que marcaram os Festivais de Marchinhas de Pedreiras-MA.


Fala do Prefeito

Meus amigos, 

A valorização da nossa cultura é uma das bandeiras desta gestão e apesar de todas as dificuldades estamos retomando a realização do Festival de Marchinhas Carnavalescas, compromisso assumido no ano passado. 

É com grande satisfação que vimos aqui compartilhar com todos as alegria da realização de tão grandioso e tradicional evento da cultura Pedreirense. 

Sabemos da sua importância no nosso calendário cultural, bem como estendemos como isso reflete no faze criativo dos nossos artistas, na movimentação turística em nosso município; e da receptividade por parte do público. 

O Festival de Marchinhas de 2019 vem como uma vitrine do talento do nosso povo, e nesta oportunidade conclamamos a todos os envolvidos na sua realização, direta e indiretamente, aos nossos artistas, movimentos culturais e sociais, que sejam todos propagadores deste grande evento, para que tenhamos o maior público possível, e assim justificar a grandeza dos nossos compositores e intérpretes que estarão no palco mostrando toda a sua criatividade e versatilidade. 

Um grande abraço!

Antônio França
Prefeito Municipal de Pedreiras

(Foto: Joaquim Filho)



  Apresentação

Os Festivais de Marchinhas ou de Músicas Carnavalescas que aconteceram na cidade de Pedreiras tiveram seu início no segundo ano da administração do ex-prefeito Dr. Lenoilson Passos (2006), cujo presidente da FUP, naquele período, era o poeta Wescley Brito, membro-fundador da Academia Pedreirense de Letras e da Associação dos Poetas e Escritores de Pedreiras, nesses últimos anos têm sido de grande importância para a valorização e o resgate da cultura carnavalesca, não só da cidade de Pedreiras, mas de toda a região, inclusive do Estado, já que todos os Festivais até o momento jamais barrou artistas de outras cidades a tomarem parte. 

Em tempos momescos atuais, em que se perdeu o sentido e a essência de um Carnaval autêntico e de verdade, os Festivais de Marchinhas, ou Músicas Carnavalescas, realizados na cidade de Pedreiras-MA, são a prova viva de que mesmo diante do que se vê por aí, a “baianização” do nosso Carnaval, a verdadeira manifestação momesca ainda não morreu.  

A história dos Festivais de Marchinhas, na cidade de Pedreiras teve seu início no ano de 2006, onde o ex-Diretor da Fundação Pedreirense de Cultura – FUP, o poeta e escritor Wescley Brito, com muita garra, competência e força de vontade, teve a genial ideia de criar um evento que pudesse mostrar o município de Pedreiras como um verdadeiro celeiro de compositores, poetas e cantores que cantam e encantam a nossa terra. 

Embora a gestão de Wescley Brito diante da FUP tenha se iniciado no ano de 2005, a FUP só veio a dar início com esse projeto do Festival de Marchinhas somente no ano de 2006, pois realizá-lo no mesmo ano em que tomara posse na secretaria de cultura seria inviável.   

Portanto, convidamos você a fazer uma viagem na história dos Festivais de Marchinhas e relembrar conosco os momentos marcantes e ficar sabendo os nomes daqueles que foram os grandes campeões e deixaram seus nomes na história. 

Joaquim Ferreira Filho
(Membro-fundador da Academia Pedreirense de Letras – APL)

  
Prólogo

(Francinete Braga, Presidente da FUP)

O carnaval de Pedreiras sempre foi considerado um dos melhores do Maranhão, pois nos tempos de outrora havia grandes bailes de salão. Esses bailes de carnaval eram realizados no antigo Lítero Recreativo Pedreirense, União Artística Operária Pedreirense, Rotary Clube e o clube da Tia Dica, que surge com o intuito de abrigar todos e democratizar o carnaval abrindo o espaço para receber todos os brincantes e, ou carnavalescos: pretos, brancos, pobres, ricos... Dando um exemplo de democracia para aqueles e aquelas que se sentiam superiores a outrem nos bailes separatistas que um determinado público não podia frequentar.

Seguindo a moda dos grandes centros urbanos, em 1951, surge em Pedreiras o primeiro bloco de rua com o nome de “Lobo Mau”, tendo o Senhor Baima Martins como um dos fundadores, daí em diante foram surgindo vários outros blocos e agremiações:

Escola de Samba Cadete do Samba (1953), tendo como fundadores Manoel Vieira Frazão, João Vieira, Zezinho Sabará e Helvécio; Dragão da Folia, surge em 1952, “Salgueiro do Samba”, fundadores Biné, Alcides e Nhozinho; “Escravos do Samba”, fundadores Joao Vieira, Zé Cambira, Bodinho, Salomão, Toinho e Quarentinha; “Gaviões do Samba”, fundador Armando; “Malucos do Samba”,  fundadores Sebastião, Chiquinho Tina  e família; “Império da Prainha”, fundado pela família Pacheco; “Império Serrano”, fundador  Palhano;  “Águia do Samba”,  fundadores Maçarico e  Chico Onça;  “Os Caveiras” fundador Edmilson Filho. Tempos depois transformou em “Corsário do Samba”; “Solibrante”, fundador Drº Kleber Branco; “Cabrante”, fundadores Brasilizia Reis e família; “Escravos do Samba”, fundadores João Vieira e Zé Cambira, Trique e Trique; “Bloco Surubim”, fundado por Alfredo representando os pescadores; “Treme-Treme”, fundadores Raimundinho, Joao Vieira e Antônio Braz. Quem lembra do baile do Chitão? Segundo o senhor Mariano do “Cadetes do Samba” (compositor e carnavalesco nos meados de  1966, conta que existia em Pedreiras um baile do Chitão e uma disputa saudável e alegre, pois cada participante caprichava na hora de comprar o seu tecido para ganhar a disputa, segundo o mesmo, aqueles que tinham uma condição financeira melhor encomendava o tecido da capital e até do estrangeiro.  
  
Entretanto, porém, em um dado momento Pedreiras esquece a tradição e imprime aqui o carnaval importado da capital baiana ao invés dos blocos tradicionais e escolas de samba, as ruas e avenidas são invadidas por abadás e trios elétricos.

Os artistas saudosistas resistem a esta modalidade baiana de carnaval e assim é criado o já tradicional festival de marchinhas, que ao longo do tempo sofre modificações e se transforma em festival de músicas carnavalesca. É criado o “Baile da Saudade”, o “Carna Brega”, entre alternativas para manter a tradição.

Em 2017, ao assumirmos a gestão da Fundação Pedreirense de Cultura e Turismo, convocamos alguns fazedores de Cultura para debatermos sobre os antigos carnavais. E, assim, estamos com bastante dificuldade resgatando, unindo o tradicional e o novo como retorno do desfile na Praça Correa de Araújo das escolas de samba, blocos tradicionais e alternativos. Bom carnaval a todos e todas!


Francinete Braga
Presidente da Fundação Pedreirense de Cultura e Turismo

  

Galeria dos Campeões


2006 – Intérprete: Paulo Gionave
Marchinha“Baile das Flores
Autores: Manuel Santana e Rita Pereira
(Foto: Blog Pedras Verdes)

2007 – Intérprete: Zequinha Ribeiro
Marchinha: “Pirulito do João
Autor: Sandro Vagner
(Foto: Joaquim Filho)

2008 – Intérprete: Josivan Pereira
Marchinha: “Carnaval Baiano”
Autores: Josivan Pereira e Edivaldo Santos
(Foto: Joaquim Filho)

2009 – Intérprete: Chagas Melo
Marchinha: “Tolerância Zero”
Autor: Chagas Melo
(Foto: Joaquim Filho)

2010 – Intérprete: Marcelo Cruz
Marchinha: “Cabeça de Cuia, Meu Herói
Autor: Joaquim Filho
(Foto: Joaquim Filho)

2011 – Intérprete: Manuel Santana
Marchinha: “Nota no Tambor”
Autores: Manuel Santana e Samuel Barreto
(Foto: Joaquim Filho)

2012 - Intérprete: Célio Marrone
Marchinha: “Sinais da Vida”
Autor: Célio Marrone
(Foto: Joaquim Filho)

2013 – Intérprete: Marcelo Cruz
Marchinha: “Mulher”
Autora: Francinete Braga
  (Foto: Henrique Pedras Verdes)

2014 – Intérprete: João Carlos
Marchinha: “Pergunta Sem Resposta”
Autores: João Carlos e Edivaldo Santos
(Foto: Joaquim Filho)

10º
2015 – Intérprete: Josivan Pereira
Machinha: “Somos Todos Iguais”
Autor: Ronácio
(Foto: Blog Pedras Verdes)

11º
2016 – Intérprete: Hilton Veras “Tim”
Marchinha: “Fonte da Vida”
Autor: Hilton Veras “Tim”

(Foto: Sandro Vagner)

12º
2017 – Intérprete: Leandro Batukada Boa
Marchinha: “O Liso”
Autores: Neto Kawaco e Edivaldo Santos
(Foto: Sandro Vagner)



Reunião no Bar do Índio que definiu as regras para o XIII Festival de Marchianhas Carnavalescas 
(Foto: Rodrigo do Índio)

Reunião da FUP com os artistas no Bar do Índio no dia 22 de janeiro de 2019, discutiu, chegou-se a conclusão que o XIII Festival de Marchinhas Carnavalescas será no dia 23 de fevereiro no referido Bar que se dera a reunião. Regras para participação e premiações, no edital. Bom festival e sucesso a todos. O Resultado será divulgado depois no blog do Joaquim Filho e demais redes sociais.



2006: I FESTIVAL DE MARCHINHAS – Gestão: Dr. Lenoilson Passos

O primeiro Festival de Marchinhas que aconteceu no ano de 2006 foi realizado na Praça Corrêa de Araújo, no centro da cidade de Pedreiras, o qual contou com uma grande participação do público Pedreirense/trizidelense, que compareceu em peso para prestigiar um projeto, até então, inédito, que acontecia na cidade, naquele ano. 

O primeiro vencedor do I Festival de Marchinhas foi o cantor e músico Paulo Giovane (na época ainda um menino), que interpretou a marchinha BAILE DAS FLORES”, de autoria de Manuel Santana e Rita Pereira, pais do intérprete. 



2007: II FESTIVAL DE MARCHINHAS – Gestão Dr. Lenoilson Passos

Com o sucesso da realização do I Festival de Marchinhas, no ano seguinte, a Fundação Pedreirense de Cultura - FUP, na pessoa do seu Presidente Wescley Brito, ousou realizar o segundo festival e, mais uma vez logrou êxito. Mais uma vez o local foi a Praça Corrêa de Araújo que se enfeitou toda para receber mais um festival que já estava caindo na graça da população. 

O vencedor do II Festival de Marchinhas foi o cantor Zequinha Ribeiro, que interpretou a marchinha campeã “O PIRULITO DO JOÃO”, de autoria do compositor, locutor, radialista, blogueiro e repórter Sandro Vagner, ex-apresentador do programa Tribuna 101 e atual apresentador do programa Portal da Cidade, na Rádio FM Cidade de Pedreiras.


 2008: III FESTIVAL DE MARCHINHAS – Gestão Dr. Lenoilson Passos

A cada ano da realização do Festival de Marchinhas, era impressionante como ia aumentando a participação de compositores e cantores, numa disputa sadia e de respeito entre os concorrentes. Com isso, foram sendo ampliados novos studios; foram surgindo nomes de pessoas que até então nunca se pensou que as mesmas teriam a capacidade de compor uma marchinha e foi uma oportunidade para muita gente se revelar. Realmente, os Festivais de Marchinhas trouxeram para a prática o que realmente regia o edital: a valorização, a manutenção e a descoberta de novos valores no campo da música. 

Naquele ano, a realização do Festival acontecera na Praça da Bíblia, ao lado do Dallas Bar, no Bairro da Prainha, e a vencedora foi a marchinha “CARNAVAL BAIANO”, interpretada pelo cantor Josivan Pereira que interpretara uma marchinha feita em parceria com o poeta Edivaldo Santos.



2009: IV FESTIVAL DE MARCHINHAS – Gestão Dr. Lenoilson Passos

Uma coisa interessante que os participantes foram descobrindo e aprendendo com cada realização do Festival de Marchinhas eram as estratégias que se poderia usar para ganhar o festival. Foi quando surgiram marchinhas abordando temas voltados para o que estava acontecendo no momento.

O cantor e compositor Chagas Melo foi mais ousado e perspicaz e, naquele ano, ousou compor e defender uma marchinha falando de um assunto que estava em voga na cidade: o trânsito. Não deu outra! O artista levou o primeiro lugar com uma marchinha que empolgou até o Comandante da Polícia Militar, que naquele ano trabalhava em Pedreiras e Região, Major Honório Filho, que depois a usou para fazer uma campanha educativa no trânsito da cidade. 

O IV Festival de Marchinhas daquele ano aconteceu de novo na Praça Corrêa de Araújo, e como nós já dissemos, anteriormente, que não deu outra, o cantor-compositor Chagas Melo naquele ano foi o campeão, pois interpretou uma marchinha de sua própria autoria, intitulada “TOLERÂNCIA ZERO”.


 
   
2010: V FESTIVAL DE MARCHINHAS – Gestão Dr. Lenolson Passos

Sempre que terminava um Festival de Marchinhas os participantes-competidores já ficavam ansiosos na espera do próximo ano, pois esse projeto foi o que aconteceu de mais salutar para a cultura de Pedreiras nesses últimos anos; sem esquecer, contudo, de mencionar a Canja na Terça, embora a Canja fosse independente, realizada pelos artistas locais de forma livre e sem compromisso, uma ideia de Paulo Piratta, Riva do Vale e Darlan Pereira, deve ser sempre lembrada como um dos grandes projetos de cultura de Pedreiras-MA.  

Chegado o período da realização do festival, a Fundação Pedreirense de Cultura – FUP, mais uma vez abriu as inscrições e, como sempre, foi muito grande o número de pessoas inscritas para participar do evento. 

Queremos aqui dar um foco especial nos momentos dos ensaios que sempre eram realizados no Centro de Convivência dos Idosos, com a direção do mestre Dominguinhos nos metais e Carlos Pawla na direção musical e, tudo sob o olhar da natureza e da tranquilidade que oferecia o espaço, localizado no Bairro do Diogo, no município de Pedreiras. 

O V Festival de Marchinhas também foi realizado na Praça Corrêa de Araújo. O grande campeão daquele festival foi o cantor Marcelo Cruz, que cantou a marchinha “CABEÇA DE CUIA, MEU HERÓI”, letra e música do poeta Joaquim Filho, dedicada ao poeta Filemon Krause e família, que num dia de lazer nas águas barrentas do Rio Mearim, só não morreu afogado porque segundo ele, “foi salvo pelo personagem lendário Cabeça de Cuia.” 


  
2011: VI FESTIVAL DE MARCHINHAS – Gestão Dr. Lenoilson Passos

Trazer para as marchinhas temas atuais ou mesmo assuntos fictícios e lendários foi a tônica e o diferencial de alguns compositores que descobriram nessa tática o caminho para o sucesso. Começou com Chagas Melo com o trânsito; depois Joaquim Filho a questão do mito Cabeça de Cuia; e, naquele ano, o poeta Manuel Santana havia concluído seu curso de Letras na Faculdade de Educação São Francisco – FAESF e, ao término do mesmo, defendeu a sua monografia com o tema: A linguagem remanescente dos negros na obra os “Tambores de São Luís”, na obra de Josué Montelo. 

O VI Festival de Marchinhas daquele ano acontecera no CRESSUPE – Clube dos Ex-funcionários da Sucam, localizado na Avenida Marly Boueres, no Bairro do Mutirão. Para quem fez uma marchinha inteligente e colocou na mesma os seus conhecimentos de vida, música e literatura, ninguém poderia esperar que desse outra coisa; o grande campeão daquele ano, fora o poeta Manuel Santana que interpretou uma marchinha da sua própria autoria em parceria com Samuel Barreto, intitulada “NOTA NO TAMBOR”. 


  
2012: VII FESTIVAL DE MARCHINHAS – Gestão Dr. Lenoilson Passos

O VII Festival de marchinhas, devido a sua desorganização e falta de respeito para com os participantes e o público (que público?) presente, não deveria ter acontecido da forma como aconteceu. Em relação aos anos anteriores, tudo estava acontecendo muito bem. Mas o daquele ano, não deveria ser escrito e entrar para a história. 

O VII Festival de Marchinhas fora realizado no Bairro do Goiabal, no mesmo local da folia e no mesmo horário em que o bloco Papalégua estava descendo pela Avenida Rio Branco. 

Não tinha como o festival de marchinhas competir com o bloco que vinha em arrastão onde toda a cidade naquele momento estava na folia, ou nas calçadas vendo o bloco passar. Mas mesmo assim, sem ninguém para assistir e prestigiar, os cantores e músicos da banda subiram ao palco e fizeram a sua parte. 

O cantor Chagas Melo, consciente da sua luta de artista comprometido com a arte, na hora de cantar a sua marchinha, fez um protesto de revolta pela forma que o Festival de Marchinhas de 2012 fora realizado. 

O campeão daquele ano foi o cantor Célio Marrone, que interpretou a marchinha de nome “SINAIS DA VIDA”, uma marchinha de sua autoria, com um tema voltado também para o trânsito. 

Nota: Contudo, queremos deixar bem claro que devido a esse impasse, os méritos do ex-presidente da FUP, o senhor Wescley Brito, não foram de forma alguma maculados, pois sabemos que nos bastidores sórdidos das administrações públicas, os interesses falam mais alto e, às vezes, impede do gestor de cultura ter autonomia. 

Parabéns ao Wescley Brito que deixou um legado cultural que ao deixar a pasta, pois o governo estava chegando ao fim, esperamos ser muito bem conduzido pelo novo presidente da FUP que assumiria no novo governo municipal que estava chegando.



2013: I FESTIVAL DE MÚSICAS CARNAVALESCAS – Gestão Totonho Chicote

Como você vê no título, a partir de 2013, o prefeito era Totonho Chicote, o nome foi mudado de Festival de Marchinhas para Festival de Músicas Carnavalescas. Confesso que, eu, particularmente, não gostei da mudança do nome, uma vez que músicas carnavalescas ficam muito amplas, causando assim certa injustiça na hora de se fazer o julgamento. Pois, músicas baianas são carnavalescas e, nem assim, fazem parte da nossa realidade e da nossa cultura local.

Novos tempos, novo governo, nova administração e, pelo visto, o novo presidente da Fundação Pedreirense de Cultura, o “Chico da TV” chegou fazendo “inovação”; pelo menos no que diz respeito ao Festival, que agora não é mais Festival de Marchinhas e, sim, Festival de Músicas Carnavalescas. 

O Edital do I Festival de Músicas Carnavalescas logo fora publicado nos meios de comunicação, as inscrições foram abertas e se ficou esperando no que iria dar.  

Naquele ano o campeão mais uma vez foi o cantor Marcelo Cruz, que interpretou uma música da Francinete Braga, atual presidente da FUP, intitulada “MULHER”, com realização na Praça da Prainha.



2014: II FESTIVAL DE MÚSICAS CANAVALESCAS – Gestão Totonho Chicote

No ano de 2014, o Segundo Festival de Músicas Carnavalescas fora realizado novamente na Praça da Prainha e contou com uma grande participação de foliões e concorrentes. O presidente da Fundação de Cultura nesse ano já era o Cajueiro Pacheco. O campeão do festival naquele ano foi o cantor João Carlos que interpretou a marchinha “PERGUNTA SEM RESPOSTA”, de sua autoria com parceria do poeta Edivaldo Santos.



2015: III FESTIVAL DE MÚSICAS CARNAVALESCAS – Gestão Totonho Chicote

O Festival foi realizado na Praça Corrêa de Araújo no dia 7 de fevereiro ainda a FUP na direção do artista plástico Cajueiro Pacheco. O vencedor foi o cantor Josivan Pereira com uma marchinha de autoria do compositor Ronácio, intitulada “SOMOS TODOS IGUAIS”.

  

2016: IV FESTIVAL DE MÚSICAS CARNAVALESCAS – Gestão Totonho Chicote

O IV Festival de Músicas Carnavalescas desse ano foi realizado no dia 4 de fevereiro na Praça da Bíblia, no Bairro da Prainha e teve como vencedora a Marchinha “FONTE DA VIDA”, que teve com intérprete e autor o cantor Hilton Veras “Tim”.


  
2017: XII FESTIVAL DE MÚSICAS CARNAVALESCAS – Gestão Antônio França

Com a chegada do novo governo municipal a presidente da Fundação Pedreirense de Cultura – FUP, passou a ser Francinete Braga, que ao assumir, lançou o edital do evento que veio com o nome de XII Festival de Marchinhas Carnavalescas, retornando ao nome de origem que tinha começado com o Wescley Brito e que foi mudado na administração do prefeito Totonho Chicote.

Edital lançado comunicando as normas, com data de inscrição de 16 a 31 de janeiro de 2017 e premiação geral de R$. 6.500,00 (Seis mil e quinhentos reais). O festival foi realizado na noite de domingo de 19 de fevereiro, exatamente, na data e hora em que meu pai Joaquim Ferreira a Silva se despedia desse mundo. Naquele dia e nesse mesmo Festival, eu estava classificado para cantar uma marchinha que iria homenagear o sapateiro Zé Mendengue, mas infelizmente, o destino assim o quis.

Festival foi realizado na Praça da Bíblia, no bairro da Prainha. A marchinha campeã desse ano foi “O LISO”, interpretada pelo cantor de samba e pagode, Leandro Batukada Boa, de autoria de Neto do Kawaco  e Edivaldo Santos.



2018: XIII FESTIVAL DE MARCHINHAS 

Lamentavelmente, foi o ano em que não houve o Festival de Marchinhas. A administração alegou estar passando por momentos difíceis e achou por bem cancelar o evento.


  
2019 - XIII FESTIVAL DE MARCHINHAS CARNAVALESCAS 

Marcado para acontecer no dia 23 de fevereiro, no Bar do Índio, com as seguintes marchinhas, um número de 10 (dez), classificadas através de uma seleção feita por músicos escolhidos pela FUP:

Será que vale a pena - compositor e intérprete: Adriel Lima. Do Lítero a União - compositora: Elisa Lago / intérprete: Lorena Cristina. Minha Fantasia – compositor: José Alves da Fé / intérprete: Igor Costa. Festa no Céu – compositor: Paulo Pirata / intérprete: Beto Menezes. Pedreiras da alegria - compositor e intérprete: Leandro Batukada Boa. Fonte de amor – compositor e intérprete: Tim Veras. Canto do Curumim – compositor: Neto Kavacus / intérprete: Eliane. Sou nordestino sim - compositor e intérprete: Madson Castro. Ninho dos garotos - compositor e intérprete: Chagas Melo. Lá vem o padre véio – compositores: Joaquim Filho e Henrique Pedras Verdes / intérprete: Ana Rosélis



EPÍLOGO

(Samuel Barreto - Poeta e compositor)


O festival de marchinhas surgiu de um amplo diálogo que já existia entre os amantes dos bons carnavais que tiveram em Pedreiras, nas mentes engenhosas deste advento cultural, estavam ali às lembranças dos carnavais de várias classes sociais dentro de diversos espaços, mas que se misturavam nas vias públicas da cidade, assim numa viagem de blocos, escolas de samba e charangas alternativas que davam o tom da alegria de uma verdadeira festa momesca. Foi com esta visão que a gestão cultural do governo de Lenoilson Passos e que tinha na pasta da cultura o poeta Wescley Brito, deu inicio ao Festival de Marchinhas.

Na sua primeira edição, a novidade tomou conta da cidade, isso das inscrições, ensaios e vídeos para as tevês locais na divulgação dos concorrentes. Quem não se lembra da “Pedra no Peito” do Fernando Sérgio? Este dava um tom bem teatral na sua interpretação.

O Paulo Giovane venceu a primeira disputa com uma marcha de Manuel Santana e Rita Pereira, “Baile das Flores”, mas foi o Perereca ficou no coração do Povo, com uma marchinha que em uma de suas estrofes, dizia “Pedreiras é a cidade mais bonita do Brasil.”

O festival foi sem sombra de dúvidas um marco cultural de resistência que fincou raízes e veio para ficar, sendo parte da cena carnavalesca da “Princesa do Mearim” e reafirmando a sua importância de contar a história do povo.

Já vamos para a 13º edição do festival e o seu sucesso é garantido. Ele tem sempre novidades e acaba sendo um folhetim informativo do que acontece no Brasil e no mundo, dando para o acontecimento um charme todo especial.

Para este ano, a Fundação Pedreirense de Cultura, na pessoa de sua atual Presidente a Senhorita Francinete Braga e o Prefeito Municipal de Pedreiras Excelentíssimo Senhor Antônio França, escolheram o Bar do Índio para a realização do festival, este citado ambiente é um local dos mais qualificados para abrigar o certame, já que o Bar do índio respira cultura o ano inteiro e ainda, realiza o “Carna Brega”, outro evento de suma importância durante o carnaval de Pedreiras.O pensador Chinês Confúcio dizia, “Se quisermos saber como vive um povo, ouçamos a qualidade da sua música”, isso é bem verdade, é por essas e outras que a nossa música sempre teve respeitabilidade no cenário tanto pela sua força, como também pela sua qualidade poética e melódica. Viva a nossa arte! Viva a nossa marcha! O carnaval é nosso.

Samuel de Sá Barreto
Presidente da Academia Pedreirense de Letras


Imagens que marcaram a história dos Festivais de Marchinhas Carnavalescas


















































































































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