Coluna do Marcus Krause
(Servidor do Ministério Público, Graduado em Letras pela FAESF, Professor, Músico, Ator Comediante, Fundador e Presidente da ONG Toda Criança Feliz, Mestrando em Ciências da Educação)
Na data de hoje, 06 de março de 2019,
quando olhava as redes sociais, me deparei com uma matéria na qual relata que o
deputado federal Eduardo Bolsonaro estaria propondo um projeto de lei cujo teor
pune com expulsão e rejeição de matrícula em outros estabelecimentos de ensino
de crianças e adolescentes que depredarem o patrimônio escolar.
Farei uso deste canal de comunicação para
expressar minha opinião sobre o tema, uma vez que me senti deveras incomodado.
Discordo totalmente deste projeto do deputado, pois expulsar e até rejeitar a matrícula de aluno que depredar o patrimônio público não é o caminho correto.
Digo por
experiência própria como ex-aluno que deu muito trabalho aos professores e,
quando estudante do ensino fundamental, por muitas vezes tive comportamentos
desagradáveis, aqueles que foram meus professores são testemunhas disso; e
atualmente como professor, conheço a realidade do sistema educacional do Brasil
bem de perto, e sei que muito do que ocorre no ambiente escolar, cometido por
alunos, poderia ser evitado se algumas políticas públicas educacionais fossem
verdadeiramente postas em prática.
Se eu tivesse
sido expulso de todas as escolas e nenhuma tivesse aceitado minha matrícula o
que eu seria hoje? Fatalmente, sem concluir os estudos, a probabilidade de me
transformar em um delinquente seria gigantesca. Mas por meio dos ensinamentos
de meus pais, pela busca em Deus, pelas oportunidades que aproveitei, por meio
da música e da educação, consegui dar uma reviravolta na vida e hoje me
transformei em um estudante por natureza.
Por ter crescido
em um lar de pais evangélicos, que sempre ensinaram aos seus 4 filhos o caminho
em que deveríamos andar, cresci ouvindo muitos ensinamentos e conselhos.
Logo cedo, na
minha adolescência, fiz curso de violão e também teclado, me dediquei ainda no
aprendizado a bateria e tocava na igreja.
Portanto, a música também contribuiu consideravelmente neste processo de
transformação.
Aconselho todos
os pais a investirem em cursos de musicas a seus filhos.
Voltando à situação das depredações nas escolas, digo que existem mecanismos que as instituições de ensino podem utilizar para mostrar aos alunos que o caminho não é o da depredação ou delinquência, a educação deve transformar e não extirpar o adolescente ou “exterminá-lo” sem que tenha possibilidade de repensar seus comportamentos.
Por último,
ressalto também não sou a favor da impunidade aos alunos que depredam o
patrimônio público, pois devem sim, reparar o dano, conforme preceitua o
Estatuto da Criança e Adolescente, porém excluí-lo de vez do contexto
educacional é desumano.
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