Cestas Básicas: mais humilhação que caridade.
O país vem passando por uma crise econômica e social há anos e agora mais ainda agravada pela pandemia. Sabemos que há inúmeras famílias em situação de miséria, mas uma situação me enoja nessas datas comemorativas como Natal e Semana Santa - a distribuição de cestas básicas.
Sei que elas exercem um papel social significativo e têm o seu valor assistencial.
Mas é patente o uso da miséria humana para a promoção pessoal que uma personalidade ou outra faz da distribuição dessas cestas, que nada mais significam do que o dinheiro do povo retornando para ele mesmo, como é de seu direito.
E, a ignomínia é o uso apoteótico disso como que se caridade fosse. Não é caridade. É obrigação!
Quem faz caridade faz como Cristo disse: "Dê com a direita para que a esquerda não veja"! Portanto, senhores, Deus está vendo: o que é do povo tem que retornar e ser dado ao povo e não pode ser objeto de promoção de seus algozes.
Allan Roberto, médico e escritor. Membro-fundador da Academia Pedreirense de Letras - APL.
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