quarta-feira, 30 de março de 2022

PEDREIRENSES PELO MUNDO: Coluna do Dr. Alexandre Assaiante.

 CARTA DE ALEXANDRE ASSAIANTE AO POVO E SERVIDORES DE PEDREIRAS


Tenho me mantido distante, por questões profissionais e acadêmicas, de muitas coisas que têm acontecido em minha terra natal, no entanto, diante do que hoje vi e ouvi, eu preciso romper esse silêncio e me solidarizar com os servidores públicos, aposentados e pensionistas pedreirenses que, por meio de uma medida sorrateira foram desmoralizados e ofendidos por quem menos deveria fazer isso.

Lamento que a política local tenha chegado a esse nível de autocracia, onde, a decisão, ao invés de ser construída e debatida na base, está vindo de cima como uma espécie de ordem, burlando, diretamente, todos os princípios básicos de uma verdadeira democracia e da administração pública como um todo.

Criar e aprovar uma lei dessa delicadeza, sem uma audiência pública é ferir, de frente, a realidade precária vivida pelas centenas de pessoas que se doam diariamente para o funcionamento da máquina municipal.

O Imperador Dom Pedro II disse, certa vez, a seguinte frase: “Eu deixo andar a máquina. Ela está bem montada, e nela tenho confiança. Somente quando as rodas começam a ranger e ameaçam parar, ponho um pouco de graxa.”

Isso significa o respeito de que deve gozar essa categoria de profissionais que sustentam, pelo suor de seus trabalhos, a boa prestação de um serviço público e, consequentemente, ocasionam o crescimento da cidade como um todo. 

Feri-los e arrancar deles parte do salário, que é o que os mantêm vivos, sem um debate sério e profundo sobre o assunto, é irresponsabilidade e desprezo pela dignidade do ser humano. É DESCASO! É MALDADE! É COVARDIA!

Espero profundamente que os vereadores, legítimos representantes do povo, revejam essa situação e retomem a discussão, ou melhor, que debatam, pois pelo que vi isso sequer aconteceu. Mas, mais do que isso, torço para que o Poder Executivo volte a cuidar de nossa gente, nesse caso específico, de nossos servidores que, na maioria dos casos, são pessoas carentes e necessitadas. Vai como súplica.

Apesar de longe, envio daqui minhas forças e me coloco a inteira disposição como advogado, cidadão, político e filho dessa terra, para lutarmos juntos por JUSTIÇA.

Resistam! 

Guerreiem e não permitam nenhum direito a menos. 

Respeitosamente,

Alexandre Assaiante

São Paulo, 30 de março de 2022.



























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