BLOG DO JOAQUIM FILHO: EXPEDIÇÃO RIO MEARIM 2

UMA VISITA DE MOTOCICLETA NA REGIÃO DO FENÔMENO POROROCA: ARARI E VITÓRIA DO MEARIM-MA.

(Imagem na entrada da cidade de Pedreiras-MA, no momento da nossa partida para mais uma viagem de motocicleta com o objetivo de visitar a região da baixada maranhense onde se dá o fenômeno da Pororoca: Arari e Vitória do Mearim. Saída às 4h30 do dia 17.01.2023/Foto de Joaquim Filho)

Por Joaquim Filho e Marcus Krause

No dia 21 de fevereiro de 2022, nós realizamos uma viagem para o município maranhense de Formosa da Serra Negra no qual a nossa finalidade foi conhecer o lugar onde fica a nascente do Rio Mearim, uma viagem de motocicleta, que com as bençãos e a graça de Deus ocorreu tudo na paz e tranquilidade e assim pudéssemos realizar a nossa missão.

Mas é do próprio ser humano nunca está conformado com as cousas boas que lhe acontece, e querer mais. Foi com esse desejo de buscar mais informações e conhecimentos a respeito desse grande e majestoso Rio Mearim, foi que surgiu o projeto expedição Mearim 2, com o objetivo de visitar o local onde o MEARIM começa a receber influência de águas do Oceano Atlântico, fato que ocorre no baixo Mearim, onde ficam localizadas as cidades de Arari, Vitória do Mearim e Anajatuba, local com 170 km de extensão.

(Vídeo de Joaquim Filho)

O rio Mearim é um bem sagrado para nossa Princesa, é ele quem a adorna e a torna majestosa. O Mearim traz vida e esperança, um presente divino que nós pedreirenses devemos honrar, valorizar e preservar.

Primeira parada no povoado Caxuxa, município de Alto Alegre, sob uma forte garoa que caia naquela região logo bem cedo. A próxima parada aconteceu na cidade de São Mateus, para o café da manhã/Foto de Joaquim Filho.

(Foto de Joaquim Filho)

Este rio também tem uma história, e faz história para futuras gerações. Nas aulas de geografia todos nós aprendemos sobre relevos, vegetações e rios, é na escola que que ouvimos da professora de geografia que um rio é um curso de água natural que corre da parte elevada para uma parte mais baixa e deságua em outro rio ou no mar.

(Um vídeo para descontrair e falar do fenômeno raro no Maranhão: esse tempo de garoa/Vídeo de Joaquim Filho)

O conhecimento é muito bom e capaz de tirar vendas dos olhos, por isso aprofundar-se nele é recomendável, e vivenciar experiências práticas, então, melhor ainda. Foi nessa perspectiva que fomos em busca de conhecer pessoalmente os fatos e fenômenos naturais relacionados ao nosso rio Mearim.

(Entrevista com Joseí Jardim, ex-secretário de Meio Ambiente da cidade Arari-MA/Vídeo de Joaquim Filho)

Conhecer o Mearim, desde sua nascente até o seu curso final, foi esse o desafio que pactuamos (Marcus Krause e Joaquim Filho). A aventura começou no ano 2022, quando fomos até a nascente do Mearim, na cidade de Formosa da Serra Negra. Saímos de lá maravilhados e certos de concluir a expedição.

(Momento de muita emoção e alegria da nossa chegada no povoado Curral da Igreja, e a primeira vez que avistamos o local onde acontece o encontro das águas do Rio Mearim com o Mar, no município de Arari-MA.)

(Foto de Joaquim Filho)

Na madrugada desta terça-feira, dia 17 de janeiro de 2023, quase um ano depois da primeira expedição, sob uma neblina que perdurou por boa parte da viagem, montados em duas motocicletas, pegamos a rodovia em direção ao município de Arari/MA.

(Entrevista com o senhor Marino, um dos moradores do povoado Curral da Igreja, bem em frente onde acontece o encontro das águas e acontece o fenômeno Pororoca.)

(Senhor Marino e o neto Luiz Henrique)

Nas primeiras horas da manhã, chegamos à cidade destino, a missão agora era descobrir onde poderíamos contemplar o local onde o Mearim deságua no Oceano Atlântico.

Após colher informações de onde seria esse local, chegamos até o povoado conhecido como Curral da Igreja.

Ao trafegarmos pela via carroçal do povoado, contemplamos uma área enorme de leito do rio Mearim, e suas margens enlameadas, em razão do efeito da maré que estava baixa, o que também propicia aos pescadores condições de pescas e garante-lhes a subsistência familiar.

Segundo os moradores da cercania, a melhor época do ano para visitações é no mês de abril, quando ocorre o fenômeno conhecido como Pororoca, que atrai turistas e pesquisadores de todo o mundo.

Ondas se formam no local e surfistas aproveitam para a prática do esporte. Ficamos maravilhados com tudo o que vimos e ouvimos sobre nosso rio Mearim.

Não há experiência e aprendizado maior que esse, de poder ver pessoalmente tudo aquilo que outrora liamos apenas nos livros ou assistíamos em documentários. É como que um filme que passa em nossa cabeça, que em poucos minutos contemplamos aquilo que muitas vezes passamos dias lendo e estudando em sala de aula, nas primeiras séries da vida escolar.

Recomendamos a todos, sobretudo aos que moram em cidades banhadas pelo Mearim, que um dia façam essa expedição, pois com certeza valerá a pena.

(Mais uma vez eu pude batizar-me nas águas do Rio Mearim, dessa vez na cidade de Vitória do Mearim, um gesto que imita e lembra o saudoso poeta pedreirense Samuel de Sá Barrêto, que certa vez fizera na nascente do mesmo rio em Formosa da Serra Negra-MA.)

(Quem dera as duas cidades vizinhas - Pedreiras e Trizidela do Vale - pudessem um dia usufruir da honra de ter um cais nas margens do Rio Mearim, tal qual, Arari e Vitória!/Vídeo de Joaquim Filho)

Imagens do percurso da viagem.