segunda-feira, 14 de novembro de 2016

DOMINGO NO PARQUE COM ELIAS BEZERRA

CAFÉ DENILCE: QUEM LEMBRA?

(Com Elias Bezerra - Foto: Thamiles Lima)


Quando vamos ficando velhos e experientes as pessoas mais novas e que pouco viram da vida, elas não nos conhecem, não sabem da nossa história e, em detrimento disso, nos ignoram e passamos a ser para essa nova geração apenas um velho que circula pela solidão das ruas. É triste? É. Mas todos que viverão até à boa idade, verão que é verdade o que estamos a falar.

Ontem (13), à noite, a pedido do meu neto, eu fui levá-lo ao parque que já está armado no Anfiteatro Dom Jacinto à disposição da criançada e também dos adultos que acompanham seus filhos para darem uma volta e também dá uma rodada nos brinquedos que são oferecidos pelo mesmo.

Meu neto rodava em determinado brinquedo, minha esposa e minha filha ao lado esperando-o e, eis que avisto em outra modalidade, lá estava um senhor, também aguardando o neto. Tratava-se do Senhor Elias Bezerra, um dos empresários fortes das décadas de 70 e 80, ex-proprietário do Café Denilce, que naquela época era o melhor e mais conceituado café da região, pois, segundo o Senhor Elias Bezerra, era torrado e moído na hora. O cliente chegava e pediu uma quarta de café, e tudo era feito mecanicamente em questão de segundos, na presença do cliente que saiu com o seu café quentinho e com um cheiro agradável.

Foi um tempo muito bom. Pedreiras não era a cidade que é hoje. A Trizidela do Vale ainda era bairro. Foi um período de ouro para o desenvolvimento e a economia da cidade com a produção em série de arroz, banana e outros produtos agrícolas que ninguém precisava importar como hoje.

E, esse cidadão, a quem eu tenho grande respeito e admiração, foi naquele período muito importante para o crescimento da cidade. Impressionante, era que a Torrefação do Senhor Elias, todos os funcionários eram a esposa (saudosa Messias) e os filhos, que todos os dias estavam no batente torrando, moendo e fornecendo o melhor e mais gostoso café da cidade.

Perguntei para o Senhor Elias Bezerra se ele ainda se lembrava do slogan e da locomarca do café. Disse-me que não lembrava mais e que não tinha nada em seus arquivos daquela época, como as embalagens, etc. A torrefação ficava logo depois da ponte, sentido Pedreiras/Trizidela, nos primeiros prédios do lado esquerdo, se eu não estou enganado, funciona uma funerária atualmente.

Reencontrar o Senhor Elias Bezerra é sempre um motivo de alegria para mim. Seus filhos foram meus amigos de infância e colegas de aula. Sua filha Denilce, foi minha companheira de serviço na Caixa Econômica Federal em 1986. A sua saudosa esposa, Dona Messias, foi madrinha de crisma de minha irmã Joselita.

Que Deus dê muitos anos de vida e saúde para esse homem honesto, trabalhador e fiel aos seus princípios cristãos. Que eu possa sempre reencontrá-lo nas ruas, nas avenidas e parques da vida.


(99) 98110.3668



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