CADÁVER MORTO
(Foto: Google Imagem)
Ó
cadáver morto
Que
não vive mais.
Sou
eu, esse poeta infeliz,
Desgraçado,
amaldiçoado, lascado,
Solitário
e cheio de complicações.
Não
entendo:
Por
que sou um poeta incompreendido?
Por
que sou um escritor complicado?
Sinto-me
abandonado,
Cheio
de amargura,
Minha
vida é uma desgraça,
E
todos conspiram contra mim.
Ó
cadáver morto
Que
não vive mais.
Sou
eu, aqui no bar do Índio,
Desprezado,
bebendo cachaça
E
recitando versos machadianos,
Criticando
essa sociedade hipócrita,
Sacana,
corrupta e imunda.
Poema
de José Roberto Borgneth
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