quinta-feira, 6 de abril de 2017

A POESIA E A IRREVERÊNCIA DO POETA ZÉ ROBERTO

CADÁVER MORTO

 (Foto: Google Imagem)

Ó cadáver morto
Que não vive mais.
Sou eu, esse poeta infeliz,
Desgraçado, amaldiçoado, lascado,
Solitário e cheio de complicações.

Não entendo:
Por que sou um poeta incompreendido?
Por que sou um escritor complicado?

Sinto-me abandonado,
Cheio de amargura,
Minha vida é uma desgraça,
E todos conspiram contra mim.

Ó cadáver morto
Que não vive mais.
Sou eu, aqui no bar do Índio,
Desprezado, bebendo cachaça
E recitando versos machadianos,
Criticando essa sociedade hipócrita,
Sacana, corrupta e imunda.

Poema de José Roberto Borgneth


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