sexta-feira, 14 de abril de 2017

UM ANO SEM O MEU AMIGO E IRMÃO!

HÁ UM ANO ATRÁS OS ÍNDIOS GUAJAJARAS DE BARRA DO CORDA CHORAVAM A MORTE DO SEU CACIQUE E MAIOR ÍDOLO INDÍGENA DO MARANHÃO
(Cacique Guajajara Soriano Pompeu/Foto enviada Via "Whatsapp por Marta Lima)

UM GUERREIRO DA PAZ...

Como o tempo voa. Até parece que foi ontem que sai de Pedreiras, há um ano atrás, para passar dois dias em Barra do Corda para o velório e sepultamento de um grande amigo e irmão, o cacique Soriano Pompeu, da etnia Guajajara. Naqueles dias, a cidade parou, tudo era só silêncio, e até a natureza sentiu quando o seu Guerreiro da Paz partiu em uma nuvem branca levado pelos espíritos da Floresta. E, exatamente nessa data, faz um ano que ele se foi deixando muita saudade e também bons exemplos a serem seguidos pelos seus. 
(Marta Lima, o destino lhe fez uma Guajajara autêntica) 

Os índios Guajajaras de Barra do Corda formam um povo que não baixa a cabeça, é um valente e não se entrega aos problemas da vida. A luta e o sonho continuam na figura da viúva e vereadora de dois mandatos, Dona Kaci, esposa de Soriano Pompeu. 



UM ÍNDIO 

(Caetano Veloso)

Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá
Impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi
Tranqüilo e infálivel como Bruce Lee
Virá que eu vi
O axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor
Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto-sim…


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