quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Alves Cabeleireiro é gente honrada e trabalhadora de nossa terra!

Sessão Foto-Linguagem de Reconhecimento pela sua Arte e Profissionalismo
(Blog do Joaquim Filho em visita ao Alves Cabeleireiro, nessa manhã de quarta-feira, 17/01/2018/Foto: Joaquim Filho, às 9h29)

Desde o período que retornei para a minha cidade, há exatamente 2 (duas) décadas, que eu ouço falar desse cidadão: Alves Cabeleireiro. Confesso com toda sinceridade que só o conhecia de nome. Lembro-me da imprensa local - Rádio e TV - quando ainda nem existia celular, internet e redes sociais, Alves todos os dias era citado pelos nossos queridos e competentes comunicadores. E, o mais impressionante, é que durante todo esse tempo, eu só ouvi as pessoas que o conhecem, falar bem a seu respeito. Jamais ouvi algo de negativo ou que desabonasse a conduta ilibado desse homem honesto, organizado e trabalhador. 
(Residência e Salão de Alves Cabeleireiro/Foto: Joaquim Filho, em 17.01.2018, às 9h30)

Então, sem nada de combinar ou marcar previamente, do jeito que nós gostamos de fazer a matéria, de forma livre e espontânea, fomos até o salão do senhor Alves e, lá, o encontramos sozinho e desocupado, sem cliente naquele momento, apesar do seu salão está sempre cheio; momento perfeito para uma conversa e arrancar desse homem, histórias sobre sua vida profissional, familiar e até mesmo particular. Confesso que foi uma manhã de quarta-feira nublada bastante proveitosa. Podemos dizer que ganhamos o dia, pois aprendi muito com ele! Seu jeito simples, honesto, perfeccionista e extremamente limpo e organizado, passou-me uma segurança e certeza que ele é dos meus, tem postura de um homem sério e de palavra, já que nos disse que no auge dos 50 anos nunca fez nada na vida que pudesse macular o seu nome a sua honra e a da família. 

(Foto: Joaquim Filho, em 17.01.2018, às 9h40)

Uma conversa franca e aberta sobre a sua trajetória de vida
"Joaquim Filho, bom dia! Eu lhe agradeço por você ter vindo aqui no meu salão fazer uma visita, me conhecer pessoalmente e também, eu tenho certeza que você vai fazer uma matéria desse encontro e falar do meu trabalho. Eu já lhe acompanho há muitos anos, não é de agora de redes sociais. Desde a época do rádio que eu ouço falar em você e sempre valorizei a forma como você divulga as pessoas humildes, a nossa cultura e a cidade de Pedreiras. Então, meu amigo, eu estou muito feliz com a sua presença aqui na minha humilde casa e local de trabalho. Joaquim Filho, eu comecei com o meu salão na Rua Messias filho no ano de 1992, onde fiquei 6 (seis) anos; depois, comprei esse ponto aqui na Rua Raimundo Anselmo e já estou há 18 (dezoito) anos trabalhando nesse lugar. No começo foi muito difícil porque eu trabalhava atendendo muitas pessoas, não existia a organização que eu tenho hoje, mas eu percebia também que não conseguia fazer com que o mesmo cliente tivesse aquela fidelidade. Passei 12 (doze) anos trabalhando com essa metodologia. Mas graças a Deus, quando nós conseguimos nos estruturar financeiramente, eu passei a usar o método de agendamento. Hoje os meus clientes são todos fieis e na hora de fazermos o trabalho, eles ligam, marcam dia e horário, pois assim é bem melhor para mim e o ciente. Hoje 80% dos meus clientes ele já vêm agendado. O meu cliente é uma pessoa bastante ocupada no deu dia a dia, ele tem afazeres..."

 "...Eu estou há 23 anos nessa profissão, eu aprendi de forma didata, sempre ia nos salões e ficava curiando e às vezes o dono do salão não gostava, porque ele sabia que eu queria ser cabeleireiro, fui aprendendo vendo, mas com 12 (anos) de profissão procurei fazer cursos para aprimorar mais a profissão que eu tenho certeza que já veio de berço, nasceu comigo. Comecei cortando cabelo de garotos em ponta de rua e aprendi a ponto de montar um salão para mim. Antes de ser cabeleireiro eu trabalhei com crediário, eu era vendedor. Depois fui para o garimpo em Mato Grosso que não deu para conseguir muito dinheiro, mas montar um negócio para ser autônomo e independente..."


 "... Sou casado e o nome da minha esposa é Marinalva. Temos um casal de filhos: Paulo Henrique com 28 anos e Dalila com 22 anos. Sobre os meus clientes são pessoas de todas as classes, desde o mais simples até autoridades, não vou citar o nome delas por questão de ética, e mesmo não pedi autorização para citá-las. Sobre o preço de corte varia entre R$. 13,00 (treze reais) a R$. 25,00 (vinte e cinco reais). A minha esposa também trabalha aqui comigo, ela é manicure, atende aqui no salão e em domicílio." 

Perguntamos para Alves a que se deve ele ser bastante popular e querido na cidade de Pedreiras e ele nos respondeu:

"Joaquim Filho, eu penso que seja pelo fato de eu sempre ter feito os meus negócios tudo certo. Eu nunca me envolvi em confusão, escândalo, nunca minha família fez algo para nos envergonhar. Compro e pago as minhas coisas tudo certinho. Eu penso que seja a moral que a gente tem. Eu às vezes sou confundido como chato porque gosto de que o homem tenha apalavra. Sobre a minha educação escolar eu só tenho a 6ª série, mas aquela cadeira ali já me ensinou mais do que um doutor sabe. Sobre cursos eu já fui várias vezes a Bacabal."


Alves: o cabeleireiro da mídia! 

"Assim que eu comecei e inaugurei o salão a condição financeira era muito pequena, mas uma coisa eu sempre gostei, a mídia, pois eu acredito muito na mídia. E, assim, eu fiz, investir muito na mídia para conseguir o meu espaço no mercado de trabalho. Quando Luiz do Pagode, Coutinho e Jota Wilson estavam nas rádios, eu ligava, eu ia pessoalmente lá fazer a mídia. Eu gostava muito quando eles mandavam um alô para mim. O Jailson Rocha me ajudou muito. Quando ele inaugurou o clube. Então, eu fiz uma parceria com todas essas pessoas que já citei. Sou muito grato a todos eles, muito me ajudaram. Minha mulher até certo dia me chamou atenção porque eu estava gastando muito com mídia. Foi aí que falei para ela que mídia não era gasto, era investimento. Mesmo na época que eu quis sair da mídia, não consegui, pois o pessoal da comunicação está sempre falando o nosso nome. Então, o nosso salão é para todos: pobres e ricos, pretos e brancos, enfim. Aqui ninguém tem tratamento diferenciado pela cor, poder e dinheiro. Bom, por enquanto, é só isso." 






















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