Para
refletir, celebrar e promover os direitos da população negra no Brasil, o
Maranhão realizará, entre os dias 10 e 14 de julho, a Semana Nacional de Promoção
da Igualdade Racial.
(Foto: Reprodução)
Fonte: http://www.ma10.com.br - Colaboração de Polyana Morais
A negritude está na pele, mas também no orgulho de
uma herança cultural milenar que cruzou o mar e construiu o Brasil com seus
saberes ancestrais. Está nos traços do rosto, mas também no conhecimento
repassado de geração a geração, na força da sua expressão antropológica,
artística e civilizatória. A negritude está na raiz do povo brasileiro, mas
infelizmente também está no centro da exclusão social e da violência, do
racismo e do preconceito religioso, de todas as mazelas que pesam
vergonhosamente sobre a população negra após os séculos de escravidão no país.
Para refletir, celebrar e promover os direitos da
população negra no Brasil, o Maranhão realiza, entre os dias 10 e 14 de julho,
a Semana Nacional de Promoção da Igualdade Racial. O estado é o terceiro maior representante
da descendência africana no país e, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), 76,2% dos seus habitantes são negros e esta parcela da
população ainda precisa conquistar mais representação política, inclusão e
acesso às políticas públicas.
O evento será realizado no auditório do curso de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), na Rua da
Estrela, Centro Histórico, e contará com participantes de todos os estados do
país e uma programação de palestras, oficinas e mesas temáticas, feira negra,
atrações artísticas e uma caravana cultural, distribuídas em diferentes espaços
da capital.
São esperadas mais de mil pessoas entre gestores de
políticas da igualdade racial, lideranças de povos e comunidades tradicionais
de matriz africana, lideranças de comunidades rurais, quilombolas,
pesquisadores, estudantes, professores, representantes do movimento negro e
todos demais interessados.
Os temas em debate incluem o combate ao racismo
institucional no estado e no país, a saúde da população negra, a violência e o
genocídio dos jovens negros, a resistência das religiões de matriz africana, a
questão racial nos conflitos rurais, o empreendedorismo negro e a Lei nº
10639/03, que prevê o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas
do país.
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