domingo, 9 de setembro de 2018

"Seu" Abimael Brandão é gente humilde e trabalhadora da nossa terra!

Esse generoso homem marcou profundamente a minha vida de criança! São muitas reminiscências boas que eu guardo dele!
(Com o senhor Abimael, o "Bima do Leite", nessa manhã de domingo, 9, na Rua do Tamarindo, 720, Trizidela do Vale-MA/Foto: Joaquim Filho)

Se você acha que hoje a vida não está fácil para ninguém, agora imagina isso há 40 ou 50 anos atrás! Imaginou? Pois é, era bem pior amigo, as coisas eram bem mais difíceis, pois a luta pela sobrevivência não era fácil. E, para o nordestino, pior ainda, onde tudo era a maior dificuldade. Não estou falando de conversa que me contaram, mas de momentos reais que vivi na pela juntamente com minha família. 

Sem emprego e sem profissão, assim como ainda é hoje, muitos pais e mães de famílias se viravam para dar conta de sustentar os seus filhos com muito trabalho, muito suor mesmo, ralando dia e noite para da o básico, o essencial, somente a comida, pois as outras coisas ficavam por conta da sorte. Educação, saúde, esporte, lazer, segurança, projetos sociais, cursos profissionalizantes e demais cousas que hoje temos como benefícios provenientes dos governos, isso não existia. 

Então, as pessoas, geralmente, tinham as vendas ambulantes como uma forma de ganhar um trocado ou um tostão para ajudar na renda. Era bem comum ver alguns pais de família saírem às ruas, praças, mercados, porta de cinema, porta de festa, circo e parque, para venderem produtos como laranja, castanha, doce, amendoim, pipoca, picolé, sorvete, mique, algodão doce, enfim... 

(Com a senhora Maria José Rosa Brandão, esposa do senhor Abimael/Foto: Joaquim Filho)

Lembro-me muito bem que por muitos e muitos anos, desde a minha fase de criança até me tornar rapaz, o senhor Abimael vendendo "quebra-queixo" na "cabeça da pone". Toda vez que eu passava, seja indo para o vesperal do Cine Pedreiras, indo levar o almoço do meu pai que trabalhava na Usina Iguatu, ou mesmo quando voltava da escola, eu sempre tinha umas moedinhas para comprar o "quebra-queixa" do senhor Abimael, que era a cousa mais saborosa que eu achava na minha vida. A tristeza era quando acabava, pois eu achava tão delicioso que comia com pena de acabar. 

Certa vez eu fiz uma homenagem ao senhor Abimael, mas naquela vez eu ainda não tinha o blog, e não repercutiu como eu sei que irá repercutir agora, pois o blog tem um alcance maior. Passando pela Rua do Tamarindo e vê-lo nessa manhã de domingo, foi para mim uma satisfação, porque ele me traz doces momentos da minha infância. O mais importante disso tudo é que o senhor "Bima" sempre foi trabalhador e muito respeitador, marca indelével que seguirá com ele para a Glória de Deus. 

(Com Jéssica - minha ex-aluna no colégio Zeca Branco - e sua filhinha Maria Eduarda. Neta e Bisneta do senhor Abimael/Foto: Joaquim Filho)

De repente, surge uma grande surpresa. Uma linda jovem mamãe saiu da casa com uma bebê nos braços e veio falar comigo me chamando de professor. Quando olho, era Jéssica, que fora minha aluna no colégio Zeca Branco. Jéssica é neta do senhor Abimael e já tem uma filhinha por nome Maria Eduarda. 

Que Deus abençoe a família do senhor Abimael, que a sua vida seja doce como o "quebra-queixo" que ele vendeu por muitos anos, que o fez adoçar a alma e a esperança dos pedreirenses. 

























2 comentários:

  1. Se ele marcou a sua infacia imagina a minha que por muitas vezes vi ele fazer essas delícia.,.gente boa amigos de minha família seu Bima e dona sinhá

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  2. Se ele marcou a sua infacia imagina a minha que por muitas vezes vi ele fazer essas delícia.,.gente boa amigos de minha família seu Bima e dona sinhá

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