É fato: Um excelente soldado no Exército será um verdadeiro homem na vida!
(Alunos do CFC - Curso de Formação de Cabos: Da esquerda para a direita: Nonato, Pereira, Filho, ARMANDO e Paz/Foto: Zé Moreno, em dezembro de 1983)
(Armando Pereira Lopes, 55 anos/Foto: blog do Sandro Vagner)
A Máxima Romana dizia que "Se queres a paz, prepara-te para a guerra", uma frase que pode ser compreendida de diversas formas, dependendo do entendimento do leitor.
Nós, atiradores, na nossa fase de jovens, 17 e 18 anos, quando adentrávamos ao serviço militar, ainda imaturos, verdes literalmente na cor da farda e verdes no sentido de que o desconhecimento da realidade da vida ainda estava bem distante de nós.
Com isso, a nossa personalidade, o nosso caráter, a nossa índole e forma de pensar, indubitavelmente, teve uma grande e importante parcela de tudo que aprendemos no Exército, melhor dizendo, no Tiro de Guerra 10-008, atualmente, 08-008, da cidade de Pedreiras-MA.
Quando dissemos lá no início que o bom soldado no serviço militar é um verdadeiro exemplo na sociedade durante toda a sua vida, pudemos constatar essa premissa na pessoa do meu companheiro Armando.
Foi um sujeito amigo, irmão, respeitador, muito calado, mas gostava de esboçar um sorriso. Uma excelente pessoa, sempre prestativo, muito sério dentro e fora do quartel.
Todos que passaram pelo Tiro de Guerra sabem que lá todos têm um apelido. E, mesmo depois que deixamos de servir a Pátria, quando nos víamos na rua, ele dizia: "Fala, Burrico!" Então, nós respondíamos: "Diz aí, Voador!" Depois ficávamos a relembrar em nossas reminiscências acontecidas no TG, as cenas engraçadas, e confabulávamos e chegávamos a especular e conjecturar onde e como estariam os nossos ex-colegas.
Em seguida o sorriso, o aperto de mão ou um abraço. Armando era muito dócil, um atleta soldado que nunca pensou em guerra, porque só viveu de paz.
Quando o Sargento Ezequiel perguntou-nos quem queria ser monitor, ele foi um dos que se manifestaram. Éramos cinco: Nonato, Pereira, Filho, Armando e Paz. Conteúdo dado, provas marcadas e começamos a estudar. Fomos até o fim. No dia da nossa formatura, no último dia, fomos agraciados como Cabos e nossos pais, irmãos, namoradas, avós e amigos estavam todos lá para a grande festa e para nos prestigiar. A última formatura! O último fora de forma.
Deixamos o serviço militar em dezembro de 1983, mas sempre nos víamos, principalmente nas "peladas": ele, um craque, um gênio da bola; nós, "pernas de pau". Nos jogos oficiais dos campeonatos pedreirenses e pela seleção de Pedreiras, o vimos por muitas vezes em grandes atuações no estádio Pilizão.
Sempre tivemos orgulho dos nossos colegas de Tiro de Guerra. Quando alguém falava no nome do Armando, fazíamos questão de dizer que tinha sido nosso companheiro de Tiro e Guerra.
O tempo que convivemos com esse soldado foi de muito aprendizado, sempre muito calado e com uma grandeza espiritual e de humildade muito grande.
Preparado para a guerra contra as diversidades dessa vida, ele lutou até o fim e hoje venceu essa grande batalha. Deus já está ARMANDO um bom lugar para ele lá no Céu. Será como foi aqui na Terra, um exímio soldado e estará nas fileiras do grande Exército de Deus!
Vá na paz, irmão! Breve nós estaremos chegando. Até o grande dia. Pátria!
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