Com a frequência de informações sobre tragédias, chacinas, desastres
ambientais tão presentes nos noticiários é necessário fazer uma reflexão.
(Foto: reprodução)
Celebrado em 20 de março, o dia
Internacional da Felicidade surgiu com a proposta de despertar entre os povos a
união, a alegria e a paz. Em 2011, o assessor especial da Organização das
Nações Unidas (ONU), Jaime IIien, propôs a data com objetivo de mobilizar os
países a fazerem um movimento global de felicidade.
Mas, com a frequência de informações
sobre tragédias, chacinas, desastres ambientais tão presentes nos noticiários
da TV, é necessário fazer uma reflexão sobre a ameaça da tão sonhada felicidade
e harmonia entre as pessoas. Ou será que o homem contemporâneo é realmente tão
feliz quanto parece nas redes sociais e comerciais televisivos? Embora a
felicidade pareça depender de fatores externos, é preciso entender que
felicidade é resultado, exclusivamente, da satisfação pessoal de cada
indivíduo. É o que relata a coordenadora de Psicologia da Faculdade UNINASSAU
São Luís, Yram Miranda. “Traçamos metas que, muitas vezes, não são construídas
por nós, mas surgem como uma imposição da sociedade. Devemos priorizar os
nossos desejos pessoais”, acrescenta.
Um estudo realizado por mais de 75
anos por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, procura
resposta para o que realmente nos faz felizes. A pesquisa adianta que a
qualidade dos nossos relacionamentos influencia diretamente na nossa saúde
emocional e física ao longo dos anos.
Na obra de 1930, “O mal-estar na
cultura”, Freud cogitava a felicidade como algo inteiramente subjetivo e
impossível de ser apreendida por meio de objetivos. Enquanto alguns apontam a
satisfação pessoal por meio da conquistada de bens materiais, outros defendem
que as conquistas da vida, como os anseios profissionais, seriam cruciais para
fazer alguém feliz.
A estudante de Serviço Social, Yane
Silva, garante que a projeção pessoal contribui de forma satisfatória para sua
felicidade. “Embora seja um sonho comum de muitas pessoas, acredito que
realizar o meu sonho profissional colabora para o meu bem-estar e isso é
percebido positivamente durante o convívio com as outras pessoas. Antes, quando
me via impossibilitada de traçar os meus objetivos, me sentia deprimida e
indisposta”, confessa.
Embora a felicidade seja algo que não
tem como reproduzir através de uma formula pronta. Yram Miranda acredita que é
importante intensificar o afeto, bem como a construção de laços com as outras
pessoas. “Problemas nascem e morrem a todo momento e em diferentes
circunstâncias. O mais importante é fortalecer os laços familiares, amigáveis e
afetivos”, explica.
Fonte: MA/10
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