Coluna do Pastor Walberto Magalhães Sales
Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pedreiras-MA.
(Foto: Joaquim Filho)
Quando da criação do homem Deus deixou no meio do jardim uma árvore chamada de “árvore da ciência do bem e do mal”1, aquela árvore era o símbolo do livre arbítrio humano, o Criador havia preparado e colocado o homem no que havia de melhor, porém a criatura tinha a opção de conhecer o mal, mesmo não sendo este o desejo de Deus. O Senhor até preveniu o homem, “dessa não comerás; no dia em que dela comeres certamente morrereis”1.
Claro, a ciência a que me refiro não é nenhum estudo metodológico de qualquer área do conhecimento, faço emprego do sentido etimológico, como fez a Bíblia, “o ato de conhecer”, “estar ciente”. A ciência do mal sempre produziu morte como preveniu o Senhor.
Adão conheceu o mal e descobriu que não há proveito em conhecê-lo. Quantas pessoas levadas pelos mesmos desejos: conhecer o mal que Deus, a Igreja ou a família os proibiu? Descobriram a escravidão das drogas; a dependência de comportamento sexual promíscuo. Jovens desejaram a proteção de gangs, querendo ser poderosos, tornaram-se escravos.
Se os homens não conhecessem a bomba atômica, também não conheceríamos a história triste de Hiroshima e Nagasaki. Se as armas nucleares e bacteriológicas não fossem conhecidas teríamos menos pânico.
Não é utopia, os homens precisam conhecer o bem. Antes que o professor mostre o beneficio de dominar as quatro operações fundamentais da matemática para uma criança, ela já viu milhares de vezes explosões, esfaqueamento, tiroteios e tudo isso de uma forma louvável, no filme, no desenho, nos games... É para esperar que este futuro adulto seja exímio conhecedor da matemática ou que o seu professor ouça palavras insolentes do aluno que antes da aula já as ouviu muitas vezes no seu deleitoso lazer?
Na escola perde nota quem não decora a tabela periódica, mas não é cobrado com a mesma veemência: respeito, cortesia, solidariedade. A ideologia que temos é, de fato, má. Você já viu, por exemplo, o comercial de um carro que diga assim: o melhor veículo da categoria: não ultrapassa sinal vermelho e respeita a faixa do pedestre? Ou, este é o carro para quem ama e pratica a paz? Certamente não. Mas você viu carro rugindo como leão, outro que incentiva a alta velocidade e até a sexualidade libertina.
Não é alienação o que prego. É o bem consciente, contra o mal irracional.
Todos sabem dizer “violência gera violência”, mas continuamos na prática da violência. O ataque às torres gêmeas foi qualificado como o mais violento ato terrorista da história. E, se os Estados Unidos, o maior país cristão do mundo houvesse enviado, muito antes, ao Afeganistão, missionários para pregar o evangelho da paz em vez de deixá-los que aprendessem o terror? Ninguém tentou impedir que eles tivessem formação bélica, portanto não era de se esperar que eles distribuíssem flores.
Já conhecemos demais o mal, precisamos a prender o bem, praticar a paz e obter a felicidade eterna. E mestre nessa disciplina é o Senhor Jesus Cristo. Ele prometeu e cumprirá um “reino de justiça e paz”, uma das primeiras políticas deste reino é que, nele os homens não aprenderão mais a guerra e que as armas serão transformadas em instrumentos para a produção alimentícia2. O conhecimento do bem gera a paz e o bem-estar espiritual e social.
“Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e assim encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt 11.28).
Walberto Magalhães Sales
Pastor Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pedreiras; Bacharel em Teologia, Mestrando em Ministério Cristão; Licenciado em Letras, Especialista em Tecnologias Aplicadas a Educação e Educação à Distância; Pós-graduando em Administração Pública e Gestão Estratégica.
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