segunda-feira, 20 de abril de 2020

A DEGENERAÇÃO DA CIÊNCIA

Coluna do Pastor Walberto Magalhães Sales
(Foto: Joaquim Filho)


A ciência como a conhecemos, nasceu no século XVI, foi na sua juventude uma fonte de esperança de transformação de tudo o que conhecemos e aperfeiçoamento benéfico para todas as coisas, mas a maturidade não conseguiu impregná-la de equilíbrio, e hoje, cerca de 5 séculos depois, está enferma; como se não bastasse o estado degenerativo produzido por muitos males, ela foi infectada pelo vírus chinês, correndo o risco de no seu atestado de óbito ter Covid-19 como causa morte, e assim lhe seja negado até um sepultamento digno.

Os males que afetam tanto a Ciência, não são tão novos, e, por serem muitos mencionaremos apenas alguns:

Da sua gênese, a Ciência traz consigo uma falha mórbida, o cientista: sentimental, parcial, político, corrompível, humano. O sujeito do fazer científico, nunca consegue a neutralidade que o método científico exige dele, produzindo resultados aproximadamente certo, e, ou, conscientemente errado.

Da sua vaidade, a negação indireta dos outros saberes por não lhes assegurar os devidos créditos. A ciência sempre bebeu da fonte da filosofia, religião e principalmente do senso comum, mas após as “provas científicas” tais conhecimentos são arrancados de suas origens e passam a listar o “saber científico” como se fosse algo absolutamente novo.

Da sua infância, conservou um dos mais graves problemas. A Ciência nunca superou o sentimento pueril e por isso nunca conseguiu reconhecer seus limites. Pensemos apenas em dois casos, ambos do século XIX, para ilustrar:

O primeiro vem com Charles Darwin (1809-1882), que sua biografia não nega, insatisfeito com a explicação da criação conforme ensinava a sua igreja (Anglicana) passou a procurar outra explicação, a neutralidade já inexistia para o fazer científico. Usando o princípio da observação descobriu que os animais sofrem mutações e lendo Lamarck que já havia proposto que os animais se adaptavam para sobreviver, chega a uma conclusão: A natureza faz uma seleção. Enquanto Lamarck “explicava” que as girafas foram aos poucos alongando os pescoços para alimentar-se das arvores cujas copas ficavam cada vez mais altas, Darwin chega a outro veredictos: as girafas com pequeno pescoço morre e só as de grandes pescoço sobrevivem e transmitem seus caracteres, assim só vai nascer girafas pescoçudas. Pronto, estava estabelecido o gatilho para se declarar uma guerra preconceituosa e política contra o ensino religioso da criação. Quem iria se preocupar se isto era mesmo verdade? Quem iria querer explicar por que os demais herbívoros, como os elefantes, não precisaram também alongar seus pescoços? E a Ciência, enlouquecidamente, tenta fazer uma viagem ao passado original, encontrando uma ameba que vira macaco e um macaco que vira gente, e nunca mais a Ciência conseguiria fugir do campo das especulações e fabricações de mitos modernos e mal acabados.

O segundo, é a Pré-história, seguindo os fundamentos não científicos para tentar chegar a conclusões supostamente científicas, a ciência histórica renuncia ao registro escrito como base fundamental para ir atrás do “ele perdido” da evolução humana. A pré-história não deveria estar no livro de história, pois não é história, como se denominou, é: “pré” antes, da história. Para piorar ainda mais, a ciência histórica que por sua natureza era antropológica, pois tinha seu mote no registro humano, mergulhou ainda mais no espaço-tempo em busca de uma história do cosmo e nossos filhos são obrigados a estudar em um livro didático de história que começa com o “Big Bang”. Mas o que há de mais científico entre o poder criador do Big Bang e o poder destruidor da Fênix negra dos X-men, da Marvel? Por que eu seria obrigado a crer que as figuras rupestres foram desenhadas por adultos não evoluídos, se é muito mais lógico pensar que foram feitas por crianças enquanto os pais trabalhavam? Afinal ainda hoje crianças fazem rabiscos semelhantes. Como explicar que homens não evoluídos e de tecnologia rudimentar construíram as Linhas de Nazca, o Vale Sagrados dos Incas, as Pirâmides Peruanas e Egípcias? Só para pontuar.

Contudo, precisamos concluir que o maior mal do qual a ciência sofre, não está na sua essência, mais em sua dependência do capital e da vontade política dos detentores dele. Muitas vezes a pesquisa já é financiada com o propósito de se comprovar o que interessa ao investidor e não de descobrir a essência do objeto investigado; de uma mesma pesquisa séria sobre qualquer produto, o café por exemplo, a divulgação será feita para as massas segundo o interesse do investidor, de tal forma que um porta voz autorizado vai citar a pesquisa para dizer que o consumo de café é prejudicial e outro porta voz igualmente autorizado vai citar a mesma pesquisa para dizer o contrário. A pesquisa não é falsa. Os divulgadores não estão, necessariamente mentindo, mas sendo parciais. Por outro lado as vontades políticas contaminam as academias, e a pesquisa considerada válida é aquela chancelada pela academia, que não se limita a observar se o método científico foi praticado devidamente ou não, reprovando muitas vezes o que científico mais incomoda politicamente e aprovando muitas vezes o que não é científico, mas politicamente confortável. Recentemente começou-se uma busca insana para encontrar um terceiro gênero sexual, cientificamente foi impossível, todavia legal e politicamente aos poucos se cria inúmeros gêneros.

O mais fatídico no momento é que a velha e necessária ciência, foi infectada, pelos seus opressores. E em nome da Ciência a OMS quer todo mundo em casa e destruir a economia das democracias por meio do pânico e paralisia. E em nome da mesma ciência, outros com menos poder político e de capital, estão dizendo: isolamento não resolve e existe remédio que pode salvar os infectados. A quem a população vai ouvir? Quem poderá libertar a ciência para que ela não morra de descrédito. Quando a ciência estará de fato a serviço da humanidade?

Que Deus ajude a Ciência a renascer como a fênix e servir como instrumento do pensar e do fazer, o que é bom ao povo, de forma comum.

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; o conhecimento do Santo resulta em discernimento.” (Pv 9.10).

Walberto Magalhães Sales
Pastor Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pedreiras; Bacharel em Teologia, Mestrando em Ministério Cristão; Licenciado em Letras, Especialista em Tecnologias Aplicadas a Educação e Educação à Distância; Pós-graduando em Administração Pública e Gestão Estratégica.

















Nenhum comentário:

Postar um comentário