ODE À CENTENÁRIA
Vou descrever minha cidade,
(sem idealização!!)
Vou descrevê-la real,
e não como fez o João.
João ficou dela distante,
por longos, por muitos dias,
E de lá nem reparou
que aqui, ela se perdia.
A Golada não é tão bela,
como dizia a canção;
Se você for visitá-la,
perde logo a ilusão,
Assim como toda a Pedreiras
de uma certa canção,
na qual se sugere
que haja a visitação,
ao festejo de São Benedito
e a um violeiro ancião.
De fato, ela é terra boa,
na qual me enraizei,
Mas mesmo com amor que sinto,
cego não me tornei,
Assim, vejo claramente todo o seu padecimento,
Gostaria que como eu,
todos ouvissem o seu lamento.
Ela agora é CENTENÁRIA,
mas parece uma criança,
Pois lhe falta quase tudo!
Só lhe sobra ignorância,
Sua gente é muita boa,
pois nem busca reclamar,
dos desmandos de corruptos
que passam o tempo a enganar.
Oh! como eu tinha vontade
de ver minha cidade crescer,
De ver o seu forte povo
parar de obedecer,
Àqueles que fazem dela
fonte de enriquecer!
Pedreiras pra uns é morada!
Pra outros é só dormitório!
Há uns que aqui permanecem,
E outros que são transitórios.
Gostaria de ver em ti,
gestores de alto valor!
Que sonhem em ser lembrados
Quando o sol deles se pôr!
Não como aves covardes,
Mas como um imenso condor,
Que tiveram a ousadia
de cumprir as profecias
do nosso maior cantor!
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