Coluna do Professor Marcus Krause
(Servidor do Ministério Público Estadual, Professor, Presidente da ONG Toda Criança Feliz, Mestre em Ciências da Educação, Membro da Academia Pedreirense de Letras, Músico, Voluntário em vários projetos sociais e Graduado em Letras)
Estamos nos primeiros dias do mês de abril, mês em que nossa Princesa do Mearim completa 100 anos de emancipação política, data histórica, digna de comemorações e festividades para ficar marcada para sempre, contudo, diante da triste situação pandêmica na qual a humanidade enfrenta, somado às situações de calamidade pública, resultante da cheia do nosso Mearim, que deixou desabrigadas centenas de famílias, o que ficará, de fato, marcado para sempre na memória de cada cidadão pedreirense não serão os estampidos dos fogos da tradicional alvorada, que logo cedo anuncia o início das festividades debutante; nem o momento patriótico do hasteamento do pavilhão nacional, em frente ao palácio Municipal, acompanhado da tropa do Tiro de Guerra de Pedreiras; não serão as badaladas festas com bandas e cantores renomados que agitam a juventude da cidade e atraem públicos das cidades contíguas, ou ainda inaugurações de prédios e obras públicas. O que jamais será esquecido por nenhum dos teus filhos, será este tenebroso momento no qual vivemos de pandemia que assola a humanidade, causado por um vírus invisível que desafia a ciência e a medicina.
Jamais será esquecido que no mês do teu centenário tivemos que nos confinar em nossas casas, como forma de prevenção à pandemia do COVID-19. Se não bastasse isso, centenas de famílias encontram-se desabrigadas pelas cheias do Rio Mearim, agravando mais ainda a situação de milhares de pessoas que tiveram que abandonar suas casas e se alojarem em abrigos coletivos ou escolas públicas, locais de grande vulnerabilidade à proliferação de doenças.
O isolamento social, único meio encontrado e orientado pela Organização Mundial de Saúde, como prevenção à proliferação do Coronavírus, deixará marcas imensuráveis na economia, educação, saúde e tantas outras áreas das organizações públicas e privadas.
Trafegar pela avenida Rio Branco, área comercial da cidade, em pleno horário comercial e ver lojas com os portões fechados, sem o vai e vem de pessoas realizando compras e fazendo negócios comerciais diversos, olhar para as ruas e não ver as centenas de motocicletas estacionadas em frente as lojas, não encontrar os ambulantes em suas atividades laborais no tradicional “Beco do Paraíba”, percorrer pelas igrejas de religiões diversas e encontrar os templos fechados em pleno domingo à noite, são situações que ficarão para sempre na memória de cada pedreirense.
A geração futura jamais compreenderá ao relatarmos todos estes acontecimentos ocorridos. Nem mesmo o mais pessimista munícipe poderia imaginar que um dia passaríamos por este caos em nossa cidade e que esta situação ocorreria em pleno mês do centenário da cidade.
O que todos nós desejamos é que toda essa tempestade passe logo e possamos voltar à normalidade, reunindo-se com amigos e familiares em um sábado à noite na Praça do Jardim, para saborear pizzas, tradicionais churrascos, sorvetes ou crepes; encontrar crianças fardadas, às 7 horas da manhã, indo para suas escolas, e por último poder frequentar nossas igrejas e templos, num gesto de gratidão à Deus pelo dom da vida, pois havemos de vencer mais essa batalha.
Eu só não imaginava essa pandemia, o resto nao seria surpresa.
ResponderExcluirNão ia ter nada mesmo de relevante
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