Bosco, como tantos nordestinos, veio se estabelecer em Pedreiras-MA!
(João Bosco Martins/Foto: Joaquim Filho)
Uma das finalidades desse blog é enaltecer pessoas, o trabalho que elas desenvolvem na cidade, a sua importância para a comunidade em vários segmentos, social, cultural, econômico, político, religioso, enfim... independente do seu poder aquisitivo, grau de instrução, origem etc. Sendo de boa índole e do bem, a gente dá espaço!
(Imagem retirada do Google Imagem, em 03.06.2019, às 15h12)
De preferência, se a matéria for de forma espontânea, casual, sem que o homenageado nos procure para tal fim. A iniciativa sempre vai partir do blogueiro, jamais da pessoa interessada, pois no dia que assim for feito, perderá a beleza, o charme e o encanto.
(Foto: Joaquim Filho)
Nessa manhã de segunda feira, dia 03 de junho de 2019, por volta das 9h, ao passar pela Rua Crescêncio Raposo, nas imediações da Praça Zinô Caldeira, conhecida como "Praça do Jardim", resolvi encostar no "trailer" desse amigo que o caríssimo leitor o ver na foto.
Esse cidadão, desde o dia que pisou os pés em Pedreiras, foi de uma atenção e educação para conosco, fora do comum. Extremamente simpático e muito respeitador. Por causa disso, passei a admirá-lo.
(Foto: Joaquim Filho)
Seu nome é João Bosco Martins, é conhecido pelo sobrenome de Bosco, é da cidade de Araripina, Estado do Pernambuco, e já está conosco há 15 anos, pois sendo assim, pela sua forma correta de viver na "Princesa do Mearim", não há dúvidas que já podemos dizer que é nosso irmão, um compatriota, que foi adotado por nós, que acampou nessa terra que sempre acolheu de braços abertos os retirantes nordestinos e também oriundos de outras plagas.
(Araripina/PE, foto retirada do Google Imagem, em 03/06/2019, às 15h03)
Conversa vai, conversa vem, sem que ele nem tivesse a ideia que depois (com sua permissão, claro) esse nosso "bate-papo" pudesse se tornar uma matéria para um simples blog e percorrer o mundo.
Bosco é filho do casal Antônio Martins da Cunha (falecido) e Maria Alzenir Ferreira Martins, com 84 anos, que juntos geraram uma prole de 10 filhos, 5 (cinco) homens e 5 (cinco) mulheres. Bosco tem um filho que se chama Leonardo, rebento gerado com a sua ex-esposa.
(Recife/PE, foto retirada do Google Imagem, em 03/06/2019, às 15h05)
Segundo Bosco, quando ele chegou a Pedreiras, já tinha a profissão de chaveiro, havia feito vários cursos na sua cidade até resolver partir de vez para ganhar a vida fazendo chaves e resolvendo problemas com cadeados, trincos e fechaduras de todo jeito. O curso é chamado de ajustador mecânico, em que a pessoa aprende a limar, desbastar, cortar, polir, serrar e afazer medição.
Antes de abraçar a profissão de chaveiro, Bosco era técnico de refrigeração em Recife, onde morou 22 anos.
O que o fez vir morar em Pedreiras?
(Recife Chaves/Foto: Joaquim Filho)
Bosco nos revelou que chegou a Pedreiras em 2005 e nos disse como foi e através de quem ele veio parar aqui, embora a história seja longa, ele foi direto e disse que antes de chegar aqui, morou em São Mateus-MA.
(São Mateus-MA. foto retirada do Google Imagem, em 03.06.2019, às 15h21)
Veio a convite do seu ex-cunhado já falecido, o saudoso Edson Contador e, depois para Pedreiras foi a senhora Fátima Ribeiro, esposa de Edson que lhe disse que a cidade era próspera, o comércio era muito bom e porque aqui era polo.
(Foto: Joaquim Filho)
"...Joca, quando eu cheguei a Pedreiras, pela primeira vez, eu olhei para a Avenida Rio Branco e fiquei encantado. Então, disse para mim mesmo: 'Aqui agora será o meu lugar. E, fiquei... Eu além de gostar dessa cidade, eu me estabeleci. Gosto desse clima, aqui chove bastante, tem um inverno frequente, é diferente da minha terra que chove pouco..."
(Foto: Joaquim Filho)
Dependendo da profissão, se for um trabalho humilde, os profissionais são vistos de forma preconceituosa por algumas pessoas!
(Foto: Joaquim Filho)
Ser chaveiro, onde quer que seja, já que o brasileiro é um povo preconceituoso, segundo Bosco, as pessoas as vezes lhe julgam por tal profissão, é como se a pessoa não tivesse uma atividade digna como qualquer outra. Segundo ele, o grande lance da sua profissão é que ele serve a todos, desde o grande até o pequeno, disse que no final, na hora da precisão, todos precisão de todos, ninguém é melhor que ninguém por causa da profissão.
"...Joca, a minha profissão me faz rico de responsabilidade, de confiança e de credibilidade, pois quando sou chamado para um socorro, eu adentro a casa da pessoa, o seu carro, é banco, banheiro, quarto, cofre, enfim, na hora da precisão o cidadão coloca a vida dele em minhas mãos. Você já imaginou um chaveiro desonesto? Meu Deus, nem pense nisso! Já atendi gente que me chamou 2 horas da manhã com problemas de chave que não abre porta e outros problemas. Eu vou com conhecimento de causa, preciso saber primeiro de quem se trata e porque essa pessoa quer esse serviço. Pretendo continuar em Pedreiras. Aqui eu me separei, mas conheci a professora Ana Lúcia que me fez permanecer na cidade e vou continuar aqui. A vida continua e segue."
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