sexta-feira, 12 de maio de 2017

HOJE EU CONHECI UM MENINO CHAMADO JOAQUIM!

NOSSA COLUNA

Confesso com toda a verdade do fundo da minha alma, que quando eu era menino já com entendimento das coisas que se passavam ao meu redor, eu, sinceramente, e não tenho vergonha de dizer, não gostava nem um pouco do meu nome, pois achava o meu nome muito feio. Quando ia para a escola, na hora da chamada o meu nome suavemente saiu pela boca da professora, e eu me sentia como se ela estivesse me chamando de um nome muito feio.

Quem acredita na Filosofia, sabe que tudo na vida há uma razão, um porque e passa a ter uma resposta a partir do momento que passamos a fazer reflexão, arguir e dar uma de investigador acerca das coisas que nos incomodam. 

Então, depois de muitos anos, eu cheguei à conclusão da razão pela qual eu não era muito familiarizado, amistoso e feliz com o nome que meus pais me deram ao me levarem no cartório para registro ou no altar para o Batismo. Quando chegamos ao mundo, puros, indefesos, sem saber de nada, tudo é só alegria. Mas depois vamos crescendo, vamos adquirindo conhecimentos e vamos descobrindo que ao chegarmos aqui nesse planeta chamado Terra já existe tudo preparado, todas as coisas estão escolhidas para você apenas seguir. 

E, com isso, descobrimos muito tempo depois que a sociedade a qual vivemos é feita de exclusão e de regras que determinam quem é o que ou o que vai ser, a tal ponto de pequenos detalhes como a escolha de um nome para um filho ou filha deve estar na ordem sucessória das classes sociais, cultural e econômica. Então, um nome de uma criança pode estar associado à sua condição social, pois se fosse pobre teria que ter nomes na ideia dos preconceituosos, tais como Raimundo, João, José, Sebastião, Manuel, Joaquim e muitos outros. 

Sendo assim, fruto de uma sociedade e de tempos em que o preconceito quanto essas questões era muito mais forte, tornei-me uma criança, um adolescente e um jovem que não gostava de seu nome - Joaquim. 

Pena de nós se o nosso pensamento com o tempo não mudasse. Lamentável seria a nossa vida se nós não evoluíssemos, se não tivéssemos saído da escuridão da caverna. Vivemos até uma certa idade em que não aceitamos o que somos e temos vergonha de tudo: da nossa origem, da nossa casa, da nossa rua, da nossa cidade, dos nossos pais, da nossa cor, enfim... Quando amadurecemos é que passamos a ver que tudo era vaidade, pois presos a uma ideia de dar resposta a um mundo capitalista que nos escraviza, fazendo com que não nos aceitemos como somos, passamos a descobrir o que realmente é a felicidade. 

Hoje, feliz comigo mesmo e com o nome que herdei de meu pai - Joaquim - nada tenho para dizer o contrário, pois esse nome pertenceu a um homem que em vida foi íntegro, honesto, trabalhador, que tudo fez para que o seu nome fosse honrado até os seus últimos dias de vida em 19 de fevereiro de 2017. A palavra Joaquim é de origem hebraica, que significa - o Senhor concedeu, uma pessoa abençoada, que tem fé, ou que é guiada por Deus. 

E, hoje (12) no café da manhã do Sicoob, eu tive a grata satisfação de conhecer um lindo garoto por nome Joaquim, pois agora sempre que conheço uma criança com esse nome, eu me emociono, quero pegá-la, abraçá-la, beijá-la e tonar amigo e passar a ter contato. Ainda para a minha grande alegria e felicidade, eu fiquei sabendo que Joaquim é descendente dos Índios Guajajaras de Barra do Corda, ligado à família Pompeu, do meu grande amigo e irmão saudoso Cacique Soriano Pompeu. Só para referenciar, o garoto Joaquim é filho de Luan, Gerente de Negócios do Sicoob. 

Valeu, meu mais novo amiguinho Joaquim! Que Deus lhe abençoe e faça de você um grande guerreiro, um forte, um lutador nas grandes batalhas da vida. 

Um comentário:

  1. Linda sua história!!!seu nome não tem nada de feio é simplesmente lindo como o dono!!você és belo aos olhos de Deus!e meu também.

    ResponderExcluir