"O patrimônio arquitetônico de Pedreiras aos
poucos está sendo aniquilado pelos avanços dos novos tempos, e a nossa memória
histórica vai ficando na poeira do esquecimento."
(Foto: Samuel Barreto)
Frase do poeta, escritor e historiador Samuel Barreto. Presidente da Academia Pedreirense de Letras.
(Foto: Samuel Barreto)
Sábado próximo passado, dia 8, o poeta e historiador Samuel Barreto, presidente da Academia Pedreirense de Letras, publicou em suas redes sociais as imagens de um prédio no centro da cidade de Pedreiras sendo demolido. O referido imóvel, segundo o historiador, trata-se e um patrimônio arquitetônico histórico, que lamentavelmente vai desaparecendo para dar espaço e visibilidade ao progresso.
(Foto: Samuel Barreto)
A matéria não tem como finalidade julgar quem quer que seja pela demolição, nada contra os demolidores e o seu proprietário, que uma vez sendo dono, tem toda liberdade de fazer do mesmo o quem bem quiser. O poeta apenas fez as imagens para chamar a atenção do que fazemos com a nossa história e a nossa memória. Independente de qualquer ideologia que você possa ter, que você possa analisar e tirar as suas conclusões.
(Foto: Samuel Barreto)
Certo dia, em uma manhã de junho de 1996, isso há 22 anos passados, eu trabalhava na Rádio FM Cidade de Pedreiras, fazia programas e também trabalhava na edição e apresentação do Jornal da Cidade, que era coordenado pelo atual secretário de Estado da Indústria e Comércio, Simplício Araújo e, debruçado sobre uma janela que dava uma visão para o prédio que ora está sendo demolido, eis que o apresentador de TV Neto Corinto passou e disse-me: - Viajando na solidão das telhas, poeta? E, sorriu...
(Foto: Samuel Barreto)
Então, aquela frase ficou na minha cabeça e me perseguiu o dia todo. A noite do mesmo dia, no studio da Rádio Cidade, no intervalo em que as músicas tocavam, veio essa inspiração que eu sempre digo que é um poema provocado por Neto Corinto, a quem dediquei-o.
(Foto: Samuel Barreto)
NA SOLIDÃO DAS TELHAS
(Para
o meu amigo Neto Corinto, provocador do poema)
Viajando
sobre
a
solidão das
arcaicas
telhas
do
velho casarão,
meu
frágil poema
vaga
na direção
do
meu triste
e
melancólico olhar.
O
alvo é a saudade
e
a doce lembrança
de
momentos felizes
que
se foram com o tempo.
E
num ponto equidistante
da
minha imaginação,
vejo
meu presente numa
pálida
manhã de junho.
Autor: Joaquim Filho.
Pedreiras
(MA), 09.06.1996
(Cidade
FM)
Fotos de Samuel Barreto
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