terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A realidade da cidade nas lentes do poeta!

"O patrimônio arquitetônico de Pedreiras aos poucos está sendo aniquilado pelos avanços dos novos tempos, e a nossa memória histórica vai ficando na poeira do esquecimento." 

(Foto: Samuel Barreto)

Frase do poeta, escritor e historiador Samuel Barreto. Presidente da Academia Pedreirense de Letras.



(Foto: Samuel Barreto)


Sábado próximo passado, dia 8, o poeta e historiador Samuel Barreto, presidente da Academia Pedreirense de Letras, publicou em suas redes sociais as imagens de um prédio no centro da cidade de Pedreiras sendo demolido. O referido imóvel, segundo o historiador, trata-se e um patrimônio arquitetônico histórico, que lamentavelmente vai desaparecendo para dar espaço e visibilidade ao progresso. 

(Foto: Samuel Barreto)

A matéria não tem como finalidade julgar quem quer que seja pela demolição, nada contra os demolidores e o seu proprietário, que uma vez sendo dono, tem toda liberdade de fazer do mesmo o quem bem quiser. O poeta apenas fez as imagens para chamar a atenção do que fazemos com a nossa história e a nossa memória. Independente de qualquer ideologia que você possa ter, que você possa analisar e tirar as suas conclusões. 

(Foto: Samuel Barreto)


Certo dia, em uma manhã de junho de 1996, isso há 22 anos passados, eu trabalhava na Rádio FM Cidade de Pedreiras, fazia programas e também trabalhava na edição e apresentação do Jornal da Cidade, que era coordenado pelo atual secretário de Estado da Indústria e Comércio, Simplício Araújo e, debruçado sobre uma janela que dava uma visão para o prédio que ora está sendo demolido, eis que o apresentador de TV Neto Corinto passou e disse-me: - Viajando na solidão das telhas, poeta? E, sorriu...

(Foto: Samuel Barreto)

Então, aquela frase ficou na minha cabeça e me perseguiu o dia todo. A noite do mesmo dia, no studio da Rádio Cidade, no intervalo em que as músicas tocavam, veio essa inspiração que eu sempre digo que é um poema provocado por Neto Corinto, a quem dediquei-o. 

(Foto: Samuel Barreto)


NA SOLIDÃO DAS TELHAS

(Para o meu amigo Neto Corinto, provocador do poema)

Viajando sobre
a solidão das
arcaicas telhas
do velho casarão,
meu frágil poema
vaga na direção
do meu triste
e melancólico olhar.

O alvo é a saudade
e a doce lembrança
de momentos felizes
que se foram com o tempo.

E num ponto equidistante
da minha imaginação,
vejo meu presente numa
pálida manhã de junho.

Autor: Joaquim Filho.

Pedreiras (MA), 09.06.1996
(Cidade FM) 









Fotos de Samuel Barreto
























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