terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Terça Noturna Poética: Na minha infância!

Coluna do Macus Krause
(Servidor do Ministério Público Estadual, Professor, Graduado em Letras pela Faesf, Ator Comediante, Poeta, Escritor, Voluntário em vários projetos sociais, Mestrando em Ciências da Educação)



Na minha infância, quando computadores ainda não existiam 

Crianças corriam e brincavam pelas ruas noite e dia:
pula corda, esconde-esconde, cai no poço e amarelinha.

Naquela época, carteira de cigarros viravam dinheiro, 
Raios de bicicleta e latas de sardinha viravam brinquedos.
Todos sentavam-se na calçada e começavam a brincadeira;
Dizia o colega: - “vamos jogar?” 

Então, os dados em uma lata começavam a balançar,
Ali iniciava o jogo e não adiantava choro, 
As apostas eram feitas e não tinha hora para parar 
Carlton, Hollyhood, Californya e Malboro.

Ah! como eu me lembro que saíamos de baladeira na mão, 
Pedras de mamonas e “barro liguento” assim era aquele momento. 
Andávamos a pés rumo a Santa Emília, Sitio Novo ou Centro do Julião. 
Muitas vezes descalço ou de havaianas, que se quebravam durante o movimento. 

Para evitar uma “taca” ao dizer que a havaiana quebrou 
O jeito era improvisar um prego na ponta do cabresto 
No lugar onde desmantelou.

Na minha infância raio de bicicleta virava brinquedo,
Uma marca de triângulo se riscava no chão 
Dobrávamos sua ponta para facilitar o manuseio
Quem acertava no centro era o campeão.

Bom mesmo era brincar de cai no poço
E com o colega combinar 
Essa hora era um alvoroço 
Um beijo e um abraço na pessoa escolhida ia dar.

Nossa infância foi assim: Jogar petecas, rodar peão, empinar pipas e amarelinha,
Pula corda e passa anel, urubusca e bandeirinha.

A pés ou de bicicleta, na escola Olindina tínhamos que chegar,
Uma escola de muitas filas: fila pra entrar, fila pra lanchar, 
até filas para conseguir se matricular.

Quem no São Francisco nunca estudou? 
Não sabe o que era encerrar um horário ao som do sino do Alberto 
E nos horários vagos ter como professora a ilustre dona Aldenora. 
Na ida pra casa, no ônibus escolar íamos chegar,
Seu Medeiros, o motoristas, é quem ia nos levar.

Na minha infância muita coisa tem pra se contar
Mas por hora nestes versos, é o que tenho a relatar.






















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