domingo, 9 de junho de 2019

Metáfora para Iáginna Cristina

Nossa Coluna
(Foto: Joaquim Filho)

Há alguns anos, eu passava em frente a uma loja de artesanatos, no município de Trizidela do Vale-MA e, de repente, resolvi entrar e dar uma olhada nas peças artísticas, a priori, sem nenhum compromisso, pois artesanato é uma cousa que sempre me fascinou, na verdade, as artes em geral.

E, olhando cada peça, sem pressa, fui descobrindo criações lindas, retratações de animais, natureza, enfim, lindas criações da nossa flora e fauna brasileira. Então, três lindas araras me chamaram a atenção, pela beleza, colorido, da retratação fiel ao real que o artista pode colocar na sua obra. Resolvi comprá-las!

Na minha casa, coloquei-as na sala, mas depois com certo tempo resolvi colocá-las no jardim de inverno, ao lado de outras tantas.  Todas as vezes que eu acordava pela manhã, que passava pelas araras, eu as dava bom dia e conversava com elas. Perguntava-lhes como tinham passado a noite! Minha esposa Deusa Helena ficava sorrindo e perguntava se eu estava ficando doido. Coisas de poeta, esse negócio de falar com seres inanimados.

(Foto: Joaquim Filho)

Mas certo dia, para a minha tristeza, uma das peças se depreendeu do prego que a sustentava e caiu no chão e se quebrou em vários pedaços, pois já que era de um material frágil chamado argila ou gesso, eu não lembro mais.

Depois desse episódio lamentável da perda de uma das peças, só restaram duas, que na minha imaginação, penso que o pai se foi, ficando a mãe e a filha, uma cuidando e fazendo companhia para a outra, carregando nos olhos e no coração a eterna saudade do pai e companheiro que se foi.


Pedreiras (MA), 9 de junho de 2019.






















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