domingo, 28 de fevereiro de 2021

Pedreirenses Pelo Mundo: Coluna do Allan Roberth

 CASTELOS...

(Foto perfil do Facebook)

As fortes chuvas que caíram sobre Pedreiras nos últimos dias surpreenderam a todos com a caída da torre do castelo de Leicam, construção particular dos anos 90 que virou atração turística da nossa cidade. 

(Foto ilustrativa, retirada do Google imagem em 27.02.2021, às 21h29)

Além da bela igreja de São Benedito, da ponte Francisco Sá que liga nosso município ao de Trizidela do Vale e o Palácio Municipal, acredito ser essa construção a que mais chamava atenção aos pedreirenses e aos visitantes. Particularmente, todas as pessoas que digo ser filho de Pedreiras, a maioria, diz logo: "Ah! Aquela cidade que tem um castelo????"

Concomitantemente, à esse fato, um outro recente me veio à memória. Estive em janeiro visitando as belas praias da cidade de Parnaíba no nosso vizinho estado do Piaui. E, por lá, num domingo de sol forte, na praia da Pedra do Sal, minha sobrinha/afilhada estava brincando na areia e insistindo para eu brincar com ela. Sentei-me na areia e começamos a fazer um castelo. Colocamos bandeira no topo, adornamos o mesmo com algumas peças de plásticos em forma de peixe, estrelas, e minha afilhada derrubava todos e pedia pra fazer outro.

(Foto ilustrativa, retirada do Google Imagem, em 27.02.2021, às 21h33)

Vendo nas redes sociais a foto da torre do castelo de Leicam, ao chão, e lembrando-me dos castelos de areia feitos para minha afilhada, me pus a pensar em quantos castelos construímos e derrubamos ao longo da vida!  Castelos de sonhos não realizados, de amores não vividos, de projetos não concluídos. 

Quando criança, nos imaginamos príncipes e princesas sonhando com o seu par nos salões reais, dançando a valsa ensaiada tantas vezes no pensamento. Como na canção "Meu primeiro amor”, gravada por José Augusto, nos anos 70 e que diz: “Namoradinha de infância, sonhos da beira do mar...” 

Outras vezes nos imaginamos em um cavalo branco, com uma princesa na garupa, nos campos do castelo. A princesa sonhada não veio, em algum lugar do caminho ela encontrou o seu príncipe e desfez nossos sonhos, que cederam lugar a outros sonhos, outra princesa...

(Foto ilustrativa, retirada do Google Imagem, em 27.02.2021, às 21h47)

Em algum momento da vida somos personagens de castelos, nos sentimos reis, rainhas, príncipes, princesas, em outros momentos também somos os serviçais, administradores, colaboradores e tudo vai se definindo de acordo com nossas vivências, nossa realidade... 

Os castelos por mais fortes que sejam, ruem com o tempo. Toda edificação por mais forte que seja vai caindo, se abalando, e aí, caímos na real de que castelos existem mas, também acabam, são desfeitos. Personagens se alternam conforme o momento. O glamour dá lugar à simplicidade. O forte em algum momento se abate. 

(Foto ilustrativa, retirada do Google Imagem, em 27.02.2021, às 21h52)

O livro máximo dos cristãos diz que o homem sensato deve fincar a sua fé sobre a rocha onde os ventos e a tempestade não sucumbem. Pois a vida real cede espaço ao imaginário e, nós, como disse Chico Buarque, vamos vivendo assim: “Agora eu era o rei, era o bedel e era também juiz. E pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz. E você era a princesa que eu fiz coroar, e era tão linda de se admirar, que andava nua pelo meu pais.”

Por: Allan Roberth Vieira Alves






























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