segunda-feira, 11 de maio de 2020

O PANDEMÔNIO DA PANDEMIA NO BRASIL

Coluna do Pastor Walberto Magalhães Sales
(Foto: Joaquim Filho)

O pandemônio da pandemia é um caos provocado, e é ele, que nesta segunda-feira, vamos  abordar. E, por favor, este texto não é de direita, nem de esquerda, não é contra prefeitos, governadores ou presidente. Mas sim contra a alienação e monopolização das pessoas, que já as impede de ler, ouvir e fazer juízos de valor. São tantas notícias falsas, que as pessoas desconfiam das verdadeiras; são tantos os jogos de retóricas que iludem os mais simples, como: “ação técnica e não política”, “agir pela emoção e não pela razão”, “verdade científica” e outros, porém, a verdade é a verdade e não ciência, não existe razão destituída de emoção e não existe ação que não seja política, até a omissão é uma decisão política e das piores. Em tempo, este não é um texto com respostas prontas e acabadas, mas de muitas perguntas que não podem deixar de ser feitas.

Para começar, Indaga-se: O Green Peace está combatendo o vírus? Não. Seria porque o vírus só mata míseros humanos, sem abater baleias, golfinhos, cães e gatos? O aquecimento global que ameaçava o planeta parou, ou esqueceram porque ele nunca existiu? Ou ainda, encontraram no vírus uma assombração mais próxima de cada indivíduo para perturbá-los? Cadê os salvadores internacionais da Amazônia? Estão fazendo o quê para evitar que os índios morram de Covid? Por que tanta insistência com o “Fique em Casa” se não há registro de morte por Covid em moradores de rua? Por que o Supremo Tribunal Federal definiu tão rapidamente que a administração da crise sanitária seria arbitrada por governadores e prefeitos e não pelo presidente da nação? Por que pela primeira vez na história da humanidade, alguns países preferiram isolar os saudáveis em vez de, exclusivamente, os doentes, no controle da propagação de vírus?

O vírus chinês é uma peste para o povo, mas, também, uma preciosidade para muitos políticos brasileiros, e, você pode identificá-los pelo bonito discurso de que estão querendo salvar vidas. A pandemia foi transformada em uma piada de mal gosto, pois se ela é uma tragédia para muitos é uma farra para poucos.

Não confie em nenhum boletim de secretarias de saúde, municipal, estadual, ou mesmo federal, pois são todos matematicamente falsos. Na maioria dos casos são assim: oficialmente notificados; aguardando resultado; descartados por exame; confirmados; recuperados; ativos e óbitos. O problema é que, os infectados não sintomáticos não aparecem, os infectados que não estão quase morrendo, mesmo procurando o hospital, também não são testados e por aí vai. No maranhão (data de 07/05), oficialmente, o vírus tem letalidade de 5,58%. Vamos compreender isso, tomando o município de Pedreiras como exemplo. Na mesma data o município tinha 78 casos e uma morte, portanto em Pedreiras o vírus tem letalidade de 1,28%. Que diferença de Pedreiras para o Estado inteiro! Seria isso verdade? Não. Não seria. Considerando os infectados e não testados, que na suposição deste autor, 50% da população de Pedreiras já contraiu o vírus, e se isso for certo, temos que, a letalidade do vírus em Pedreiras é de 0,005%. Tudo bem, o leitor pode achar que houve exagero na suposição. Então, tome-se outro caminho: considerando as comorbidades da pessoa que veio a óbito, entre elas o câncer, temos que em Pedreiras uma pessoa morreu com Covid, mas nenhuma pessoa morreu de Covid, pois para que a Covid seja a causa morte de alguém é necessário que ele esteja doente somente de Covid, e em função da Covid venha a falecer, destarte, a letalidade do vírus em Pedreiras cai para zero porcento (0%). Isso mesmo.

Outra evidência da politização politiqueira da pandemia pode ser vista nos seguintes dados (com data de 30/04, disponível no Google). Considerando cinco Estados governados por opositores do Presidente da República: São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Amazonas, juntos estes têm uma população de 86.017.737 pessoas, com 4.400 mortos por ou com Covid. Agora, considerando cinco Estados governados por aliados do Presidente: Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Distrito Federal, juntos estes têm uma população de 81.160.043 pessoas, com 284 mortos por ou com Covid. Em terras de oposição o vírus mata 15 vezes mais que em terras de situação. Será que o vírus é de direita e quer matar o povo da esquerda? Ou será que os governadores da esquerda querem arrebentar com presidente da direita, mesmo que isso custe a vida de muitas pessoas?

Calma! Não existe nenhum governador matando pessoas por aí, mesmo que haja o desejo pela morte de muitos, o que acontece é manipulação de números e de causa morte das pessoas. Pelos os dados oficiais de registros de óbitos no Brasil de 08/03 a 08/05 de 2019 comparando-os com os dados do mesmo período de 2020, descobre-se que em 2019 morreu mais pessoas de pneumonia, insuficiência respiratória e septicemia do que em 2020 dos mesmos problemas somado com Covid-19 e Síndrome Respiratória Aguda Grave. Em outras palavras, o Covid com suas implicações não foi capaz de aumentar o número de brasileiros mortos anualmente por doenças respiratórias e infecciosas por micro-organismos patogênicos. Quando se leva em consideração todas as mortes, o Covid, com as restrições de circulação, demonstra certo tipo de benefício, pois com a diminuição dos acidentes de trânsitos e outros, até agora, deixaram de morrer 22000 brasileiros em relação a 2019. Calma de novo! Não fique muito alegre, pois cresce de forma alarmante o número de morte por desnutrição e suicídio e as consequências destes e de outros males associados a pandemia só poderão ser mensurados no futuro, é a tal, segunda onda.
 
Quanto a letalidade, ou seja, o poder de matar do vírus, é mesmo muito pequena, pois tem um alto poder de contágio, o que certamente põe os infectados em número muito superior aos dos boletins das secretarias e, consequentemente, do Ministério da Saúde. Quando se faz os cálculos tomando por base a população, fica tudo muito diferente. São Paulo, o Estado mais afetado do Brasil, considerando todas as fraudes de óbitos como verdadeiras, ainda se tem uma morte para cada 20500 paulistas; considerando o de menor número de caso, o Estado de Roraima, se tem uma morte para cada 38500 roraimenses.

O Brasil é o pior caso entre os países da América do Sul, tem o maior índice de contágio e o maior número de morte por casos confirmados. Discute-se os casos de subnotificação nos demais países, mas o Brasil também os têm. Na nossa América houve país que fez isolamento só de doentes, teve quem praticasse isolamento social como no Brasil, houve paralisação como uma espécie de Lockdown reduzido, como foi o caso da Argentina. A única diferença no caso brasileiro para todos os demais países, foi a administração retirada do governo central, e confiada aos governadores e prefeitos. Teria sido esta a causa?

Isolamento social e lockdown servem para alguma coisa? Serviriam se fossem praticados de verdade e conseguiriam dois resultados: o primeiro, o tal achatamento da curva de contágio para não colapsar o já sucateado sistema de saúde, sucateamento que não é culpa dos brasileiros comuns; o segundo, prolongar a pandemia, ou para se esperar por uma vacina, ou para manter a curva achatada. Nos dois casos os brasileiros, não gestores públicos, estão pagando pela má administração dos gestores por eles escolhidos, os quais, ainda estão deixando uma dívida altíssima com juros exorbitantes para ser paga no futuro próximo, a segunda onda, colapso da economia.

É interessante comparar São Luís, que cedo regulamentou o isolamento social e é a primeira capital a praticar o lockdown, com Curitiba, que demorou a praticar o isolamento social, no ápice, pelo menos até agora, teve o máximo de 44% de adesão ao isolamento e maior flexibilização com o funcionamento do comércio. Contudo, São Luís conta uma morte para cada 7380 moradores, enquanto Curitiba, tem uma morte para cada 250000 moradores. Todavia estes números mais justificam os métodos adotados do que lhes atribui fracassos. Este comparativo também demonstra a situação de vantagem econômica e desenvolvimento social entre as duas cidades comparadas. O fato é que só existe duas soluções plenas: Contágios de todos os brasileiros e consequente imunização natural, ou vacina em 100% da população. No último caso, ainda não temos a solução, no primeiro contaríamos dramaticamente nossos mortos,  pois muitos não resistiriam, ou resistirão, a infecção. Além disso, é válido lembrar, que, todas as experiências bem-sucedidas em outras nações incluem testagem em massa e isolamento de doentes, no Brasil isso não aconteceu em tempo hábil, e duvido que ainda venha acontecer.

No Maranhão, São Luís é a cidade mais atingida pelo Covid, e mesmo que tenha uma leve variação, não foge à regra geral do país. Pelos dados oficiais de registros de óbitos no período de 01/01 a 09/05 de 2019 comparado ao mesmo período de 2020, verifica-se que em 2019 morreram, somente na capital, de pneumonia, insuficiência respiratória e septicemia 563 pessoas, somadas a todas as outras causas teve-se um total de 1278 mortes no período. Já no mesmo período de 2020 morreram de pneumonia, insuficiência respiratória e septicemia, mais Covid-19 e Síndrome Respiratória Aguda Grave 613 pessoas, 50 a mais que 2019; somado este número com todas as outras causas teve-se um total de 1063 mortes, 215 menos que 2019.

Diga não ao pânico! Tenha muito cuidado com isolamento social! Os dois fazem mal à saúde e juntos são muito perigosos. Na pandemia não se morre apenas de infecção. No dia 18 de abril já se tinha 2917 mortes com ou de Covid; mas já se tinha também: 14030 por suicídio; 7360 por desnutrição; 7820 por diarreia 14950 de AIDS; 5520 de tuberculose; 2990 por meningite; 50340 por diabetes... O vírus é real, o pânico é politicagem; a possibilidade da morte é real e natural como sempre foi. É politicamente correto desejar que ninguém morra, mas é antinatural esperar que isto aconteça.

A politicagem associada a muitos meios de comunicação igualmente irresponsáveis vão produzir mais morte e miséria no Brasil do que o vírus chinês. Subestimaram os malefícios da pandemia e maximizaram os alardes, pensando que usariam o vírus como aliado político e dariam shows de salvamentos, além claro, de pagar algumas dívidas com desvios de dinheiro em função do estado de calamidade pública,  mas agora descobriram que nem tudo está sob controle. A pandemia no Brasil foi transformada em um pandemônio cuja verificação de suas danosas consequências é impossível.

Walberto Magalhães Sales
Pastor Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pedreiras; Bacharel em Teologia, Mestrando em Ministério Cristão; Licenciado em Letras, Especialista em Tecnologias Aplicadas a Educação e Educação à Distância; Pós-graduando em Administração Pública e Gestão Estratégica.















18 comentários:

  1. Tenho lido os textos de opinião desse pastor da assembleia de deus e me pergunto por que ele não já vem escrevendo há um bom tempo aqui no blog, o cara é muto bom, tem uma visão além de nois pobres ignorantes e mortais, parabens eu nunca tinha analisa do por essa lado essa doença, tem muito politico se aproveitando.

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    1. Concordo com o texto. Essa politicagem perversa com apoio de boa parte da mídia é terrivel.
      A pandemia tem um extremo agravante, que é a "Pancorrupção".

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  2. nossa poeta que texto rico, parabens pra esse pastor. tem que ter coragem e muito conhecimento, é um estudioso.

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  3. Texto com muita coerência e sabedoria. Da gosto de lê.
    Ah! É um pastor né!!

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  4. Excelente o texto do Pr. Valberto. O pânico trazido pela midia e o uso político tem causado grandes estragos nas finanças públicas. Ainda vamos ver muitos escândalos decorrentes desse período. No Amazonas, por exemplo, o governador comprou respiradores superfaturados em uma adega de vinhos. Lamentável.

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  5. Muito bonito e real esse depoimento nunca tinha lido nada igual.

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  6. Parabéns pastor,tud t isso que o senhor falou é verdade. Que deuD tenha misericórdia de nós e haja em nosso favor.

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  7. Muito interessante, seu raciocínio, mas existem outras verdades, que não foram observadas como: a situação real que estamos presenciando aqui em São Luis, hospitais lotados, pessoas morrendo nos corredores por falta de oxigenação, meu sogro está fazendo tratamento oncológico no Aldenora Bello, e dos 7 passacientes que com ele iniciou o tratamento, já morreu 3 de covid, os outros foram imediatamente pra casa e está fazendo o tratamento via oral,o problema é real aqui na congregação que eu dirijo há vários casos,e em nossa igreja morre pessoas de covid, quase todos os dias; os números estatísticos que o Sr citou aconteceram gradualmente durante o ano, não todos com uma rapidez tão grande, é notório a todos que nosso sistema de saúde não suporta 10,20,30 ... pessoas ao mesmo tempo precisando do mesmo tratamento o mundo está falando a mesma linguagem a isso não é só coisa de politicagem não há muita seriedade e realidade no coronavirus . CONVIDO o Sr. A vir a São Luis ver de perto a realidade da covid 19.

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    1. Muito bem, muitas pessoas so olham os seus interesses (economico)

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  8. Parabéns pastor Walberto, muito profundo e esclarecedor realmente a nossa nação está entrando em colapso. Mas o maior vírus infeccioso chama-se políticos corruptos,num sistema corrompido.

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  9. Pastor Walberto foi meu professor do CIM: Curso Intensivo de Missões... Muito sábio... Gostei muito do artigo publicado no blog... Pense numa referência de homem de Deus honrado!?... Pois é, quando eu crescer quero ser como ele rsrsrsrs... Que Deus continue o abençoando grandemente... #orgulhodealuno... @Elvis Santos...

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  10. Parabéns Pr.que Deus continue lhe abençoando,e lhe usando como instrumento...Verdade sempre prevalece...!!!

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  11. Esse texto deveria percorrer o mundo, bom mesmo, o pastor tem conhecmento

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  12. Meu nobre pastor e amigo Walberto Magalhães, parabéns pela texto, muito coerente com a realidade, nunca houve um tratamento tão danoso para uma praga como esse adotado pelos governantes.
    Que Deus tenha misericórdia de nós e use mentes privilegiadas como a sua pra clamar nesse deserto.

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  13. O Pastor começa o texto, ressaltando a imparcialidade do mesmo, porém, no próximo parágrafo, já emenda: "a verdade é a verdade e não ciência..." Como certeza absoluta.
    Segue sua análise desacreditando as entidades e organismos que tentam proteger a natureza, direitos humanos, etc. Continua afirmando que toda bondade é política... O que diria Cristo?
    Vai em frente e ataca governadores de oposição, com uma explanação de dados que não condiz com a realidade. Chega ao extremismo partidário ao dizer que querem derrubar o presidente... Não sei mais o que diz o texto. Não deu para ir até o final.
    Mas tenham certeza, que num ponto, concordo plenamente com o Pastor. É quando ele diz que as pessoas estão alienadas. Basta ver a concordância ao texto, ninguém questiona nada. Acrescento que as pessoas, alèm de alienadas, não sabem interpretar, patavinas.

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  14. Essa é a Verdade...Sem mais nem menos

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  15. O que o Pastor falou é a mais pura verdade

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