quinta-feira, 14 de março de 2019

São tantas explicações para se entender uma tragédia como essa...

Coluna do Marcus Krause
(Servidor do Ministério Público, Graduado em Letras pela FAESF, Professor, Músico, Ator Comediante, Fundador e Presidente da ONG Toda Criança Feliz, Mestrando em Ciências da Educação)


Quando ouvimos relatos de tragédias e massacres envolvendo adolescentes, como no caso da Escola em Suzano, São Paulo, refletimos muito, na tentativa de encontrar explicações para o fato. 

Nossas escolas precisam oferecer um projeto de vida aos adolescentes, ofertar oportunidades de socializações extra classe, através de esportes, música, atividade cultural, projetos que incentivem a profissionalização, etc.

Não se pode falar em educação simplesmente “aglomerando” 40 crianças em uma sala de aula, apenas com a visão conteudista, e começar a depositar informações e mais informações como se estes adolescentes fossem máquinas, capazes de captar e processar todas elas, agradando o Sistema Educacional, com dados e estatísticas, pois em muitos casos, dados estatísticos parecem mais importantes que vidas.

Sem contar nas estruturas escolares no Brasil que não animam os adolescentes a nela permanecerem, se não por obrigação ou para fazer uso das refeições que nela são distribuídas.

Neste mesmo diapasão, as famílias, que deveriam ser parte integrante deste processo de formação educacional dos filhos, acompanhando o seu desenvolvimento, fogem, deixando os educadores de “mãos amarradas”, sem condições, físicas, psicológicas e emocionais, colocando tais educadores numa verdadeira gangorra, tendo que fazer o papel que seria da família e ao mesmo tempo corre para o outro lado da gangorra para cumprir seu papel de educador.

A falta de afetividade no seio familiar tem sido outra causa de tantos problemas que refletem no desenvolvimento dos filhos. 

É uma triste realidade do nosso país que tem se agravado e motivado inúmeros casos de violência no ambiente escolar e agora tragédias, sem querer ser pessimista, já anunciadas. 






















4 comentários:

  1. Gostei. Isso é a verdade o esporte. Cultura. Musica isso ajuda as criancas e jovens

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  2. Parabéns pra este homem que escreveu estas verdades

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  3. Honestamente, precisamos acabar com a banalização da violência,com a apologia armas de fogos...

    Psicopata sempre existiu e sempre existirá, mas o Brasil dos dias atuais esta banalizando a morte.

    Nos dias de hoje ser psicopata, adorar violência, fazer apologia a armas, debochar de mortes violentas como de MARIELLE e de mortes de crianças, como o Neto do Lula, virou a coisa mais natural do mundo.

    Naturalmente as pessoas expõem seus ódios nas redes sociais sem qualquer pudor, e grande maiorias dessas pessoas, amantes do mal, se escondem na fachada da FAMÍLIA TRADICIONAL. "os homens de bem", os religiosos puritanos donos da verdade e do poder de julgar e condenar o seu próximo.

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  4. No Brasil atual, a violência e o ódio estão sendo banalizados>
    Fazem apologia a armas de fogo dentro das igrejas e nos poderes públicos.
    Pessoas formadoras de opinião debocham de execução de humanos, como o caso do assassinato de Marielle feito pelas milícias carioca. Debocham da morte de crianças, como o caso do Neto do Lula.
    Incentivam a homofobia, racismo, misoginia e todo tipo preconceito social.
    Tudo isso está destruído a nossa paz e estamos apenas no começo.
    Em nome da FAMÍLIA TRADICIONAL os "homens de bem" e os "religiosos" estão julgando, condenando e executando o próximo.
    Nossa democracia está sendo destruída, e ao mesmo tempo se implanta no país a cultura de banalização do ódio.

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