Avança pedido de Registro das Matrizes Tradicionais do Forró como
Patrimônio Cultural do Brasil.
(Foto: Reprodução)
É de origem maranhense, do município
de Pedreiras, o autor de Pisa na Fulô, conhecida em todo o Brasil. Quando
escreveu a canção ainda na década de 50 em parceria com Silveira Junior e
Ernesto Pires, João do Vale, de voz forte e vida humilde não poderia imaginar
que a canção se tornaria um dos hinos do forró tradicional.
(Vídeo retirado do YouTube)
Se estivesse vivo, um dos
compositores mais representativos da cultura nordestina poderia contribuir para
a pesquisa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
que investigará a complexidade das Matrizes Tradicionais do Forró na sua terra
natal, o Maranhão. É que o Estado estará contemplado nesse estudo, sendo uma
das etapas do processo de Registro para avaliação do bem como Patrimônio
Cultural do Brasil.
O início dessa fase terá como marco o
Seminário Forró e Patrimônio Cultural a ser realizado entre os dias 08 a 10 de
maio, em Recife (PE). O evento gratuito e aberto ao público reunirá
forrozeiros, artistas, músicos, artesãos, e dançarinos, além de gestores
públicos e culturais, produtores e pesquisadores de todo o Nordeste e de
Estados com forte presença nordestina, que há décadas acolhem e ajudam a
fortalecer as Matrizes Tradicionais do Forró, como São Paulo, Rio de Janeiro,
Distrito Federal e Espírito Santo. E para que o dossiê resultante da pesquisa
contemple a história, os atuais desafios e as perspectivas de continuidade das
práticas sociais que formam as Matrizes Tradicionais do Forró, o Departamento
de Patrimônio Imaterial (DPI/Iphan) buscará a participação ativa das
comunidades e atores sociais que mantém viva a tradição no país. As inscrições
já estão abertas.
O espaço promoverá trocas de
experiências sobre o que consideram importante para o reconhecimento e a
continuidade dessa forma de expressão tão representativa da cultura brasileira.
“Esse Seminário é de extrema importância para o forró como forma de expressão
por falar de maneira tão profunda da cultura nordestina e que vem se renovando
no tempo, mantendo-se como força viva da disseminação pelo Brasil e pelo
mundo”, destaca Kátia Bogéa, presidente do Iphan.
Na pauta estão debates importantes
para a compreensão do forró como um Patrimônio Cultural a exemplo da
valorização e sustentabilidade da manifestação; das ações de preservação; de
políticas públicas, dentre outros.
A pesquisa se estenderá até meados de
2020 e resultará no dossiê de Registro a ser analisado pelo Conselho Consultivo
do Patrimônio Cultural que deliberará se o bem receberá o reconhecimento como
Patrimônio Cultural do Brasil.
Forró no Maranhão
(Foto: Reprodução)
Na capital São Luís, o forró é
pulsante em diversas épocas do ano e principalmente nas festividades de São
João. Já no interior, acontece anualmente a festa do Forró em Pedreiras, em
homenagem a João do Vale. Em Lucindo, povoado do município de Porção de Pedras,
a Festa é dos Sanfoneiros, onde reúne tocadores de todo o Estado. É o explica a
coordenadora do Fórum de Forró de Raiz no Maranhão, a cantora Alexandra
Nicolas. “O forró tradicional no Maranhão tem sido observado com um olhar mais
atencioso e a novidade é que seremos a sede de um Encontro do Fórum Nacional do
Forró que acontecerá em outubro, quando também faremos o Festival Pisa na Fulô,
nosso primeiro festival de forró”.
Só cita fonte jornalista, escritor e pesquisador que têm compromisso com a verdade e a ética. Isso é muito raro na comunicação.
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