PRATELEIRA DOS GRANDES
Muitas coisas impressionam a gente neste mundo, mas, há momentos que se tornam únicos, pois independentemente de onde estejamos, temos certeza que algo ali nos pertence, e que, do meio de nós, de nossa origem, nasceu alguém de tamanho valor e talento, como é o caso de João do Vale.
Lembro que na minha adolescência, quando ouvia a música “Morena do Grotão”, eu pensava, “como pode alguém dançando chegar ao Japão?” Pois, bem!
Hoje sei que a arte é um condutor para além do que possamos imaginar. João, que de trem ou de tropel viajou pelo mundo, levou sua marca musical para além-mar.
Todo esse prólogo é para falar de uma cena inusitada, vivida esta semana em passagem por Portugal. Estava descendo a Avenida da Liberdade, sentido Praça do Mercado, em Lisboa, quando me deparei com um grupo dançando ao som de “Pisa na Fulô”, não tinha como não registrar. Depois da filmagem, fiquei parado e pensando o quanto Pedreiras é privilegiada por ter João do Vale como rebento.
Carregado de poesia e musicalidade, João do Vale alçou sua arte a um patamar mundial e figura como um dos grandes na prateleira dos destaques do nosso país.
Salve, João do Vale!
Salve, Lago da Onça!
Salve, Pedreiras!
Itamar Lima
Da Academia Pedreirense de Letras - APL.
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