sábado, 16 de janeiro de 2021

ESPAÇO ACADÊMICO: Coluna do Professor Evaldo Monteiro.

 O USO DE MULTIMÍDIA DIGITAL NO ENSINO.

Prof. Evaldo Augusto Sousa Monteiro Geografo e Pedagogo

A inserção da tecnologia na educação merece um exame atento dos educadores, na esperança de entender a natureza dessa mudança e de analisar como o processo de aprendizagem é afetado pelas ferramentas tecnológicas na atualidade. Por meio da Internet, os alunos podem desfrutar do acesso a uma maior variedade de oportunidades de aprendizagem formais e informais, qualquer que seja a geografia ou a circunstância socioeconômica.

Essa conectividade alterou a forma das pessoas se relacionarem e é papel da nova forma de ensinar investigar esses fenômenos modernos. Entre os campos afetados pela tecnologia, está a Educação, salas de aulas tradicionais com o professor sendo o centro do conhecimento, estão sendo questionadas por especialistas, porque os novos modelos em que o professor se torna o mediador do conhecimento e utilizar as TICs (ferramentas de Tecnologia da Informação e Comunicação), começam a ser colocados em prática.

Com os avanços tecnológicos, atualmente contamos com uma educação transformada e transformadora, uma vez que as plataformas ou Apps, oferecem cada vez mais recursos com o intuito de atrair seus alunos, não apenas pela estética, mas pelas ferramentas que visam facilitar o dia a dia dos envolvidos. Além disso, tais tecnologias também evoluíram em relação à estrutura didático-pedagógica, buscando cada vez mais promover uma educação de qualidade, onde o aluno é coautor nesse processo, tem autonomia para tanto e, com o auxílio dos professores, o processo de ensino-aprendizagem acontece naturalmente. (SAMPAIO, 1999).

As multimídias digitais no ensino são um meio para o desenvolvimento das ações nesse novo ensino, ou seja, são um conjunto de ferramentas pensadas e organizadas para transformar o espaço online em espaço de interação, aprendizagem e construção coletiva de conhecimento. No entanto, esses conhecimentos não precisam ser utilizados exclusivamente para cursos online, podem ser utilizadas como apoio ao presencial de forma híbrida, em turmas da educação básica ou superior. (PALLOFF, 2002)

Por exemplo, uma professora de biologia que atua na rede pública da cidade de Fortaleza/CE, no ano de 2016 fez parte da equipe da Educopédia, plataforma livre de aulas digitais. No ano de 2013, ao perceber que os alunos estavam cada vez mais desinteressados em suas aulas, surgiu a ideia de adotar práticas inovadoras, uma vez que quando o assunto era Internet, o interesse era de todos. O professor já tinha um blog chamado “Dicas de Ciências”, mesmo assim, percebia que o recurso não era suficiente para despertar o interesse coletivo. (MARTINS 2001)

Desta forma podemos perceber as mudanças e o quanto a educação está se transformando no contexto atual. Conforme o Censo da Educação Superior de 2014, o Brasil possui mais de 1,2 mil cursos a distância, que equivalem a uma participação superior a 15% nas matrículas de graduação. 

Segundo Machado (2017), em 2003, havia 52 cursos. No entanto, nos últimos anos, as universidades tornaram-se responsáveis por 90% da oferta, o que representa 71% das matrículas nesta modalidade. Pode-se dizer, que os brasileiros têm buscado, cada vez mais, estas ferramentas de ensino. 

Portanto, esse desenvolvimento tecnológico (na comunicação e na informação) provocou mudanças na evolução e a sua divisão em gerações. Esta evolução tecnológica, da qual faz parte, também pode ser dividida em três fases cronológicas: geração textual, geração analógica e geração digital, além de também ser classificada quanto ao tipo de tecnologia utilizada.

REFERÊNCIAS

MARTINS, A. R. da et al. O suporte em educação a distância. In: VIII Congresso internacional de ead, Brasília, 2001. Em: http://www.abed.org.br/congrsso2001. Acesso em: 8/2001.

SAMPAIO, M. N.; LEITE, L. S. Alfabetização tecnológica do professor. Petrópolis: Vozes, 1999

PALLOFF, R. M.; PRATT, K. Construindo comunidades de aprendizagem do ciberespaço. Porto Alegre: Artmed, 2002.

MACHADO, K. G. W.; SANTOS, P. K. Os cursos online massivos abertos na educação superior: uma possibilidade para inovação. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL PESSOA ADULTA, SAÚDE E EDUCAÇÃO, 4., 2017, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: EdiPUCRS, 2017. 
























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