sábado, 16 de setembro de 2023

IMAGEM DA VIDA REAL

 RENIDE MORALEGA CENTENO: Um venezuelano indiano em São Luís-MA!


Manhã de sábado do dia 16 de setembro de 2023, por volta das 10h30, círculando - a pé - pela Avenida Litorânea, na praia do Calhau, subo pela Avenida Copacabana, cruzo a Rua Flamengos e no cruzamento com a Avenida dos Holandeses, em frente ao Barramar, em uma calçada, sento-me para descansar um pouco da caminhada. 

Observando o movimento dos automóveis que vem e vão, na cidade que não para, eis que de repente vejo um homem no meio da avenida, sob o semáforo, portando uma tampa de caixa de isopô, com a seguinte frase que a transcreverei da forma como estava escrita: 

"Oi bom dias. Sou indígena venezoelano preciso trabalha para comprar comida alimento leite. Por favor me ajuda. Deus abençoes você". 

No momento que o trânsito ficou menos intenso, ele veio e sentou-se ao meu lado. Dei-lhe bom dia. Ele respondeu-me e em seguida ficou em silêncio, desconfiado e me olhando constantemente. Comportamento natural dos povos indígenas. Arrisquei um diálogo e deu certo. Então, ele me contou um pouco a sua história. 

"Meu amigo, meu nome é Renide Moralega Centeno, sou da cidade de São Félix na Venuzuela. Minha mãe Eira já é falecida desde os meus 2 (dois) anos de idade, e meu pai se chama Irineu. Eu tenho 21 anos, sou indiano venezuelano, nasci no dia 2 de fevereiro de 2002. Eu já estou com minha família no Brasil há 5 anos, mas em lugares diferentes. Aqui no Maranhão eu passei 7 (sete) meses e depois fui para Goiânia-GO, voltei e agora estou há 3 (meses). Atualmente estou morando no Parque Vitória e estou precisando de emprego para pagar aluguel e comprar comida para mim e minha família, só que eu não encontro", disse Renide. 

O aventureiro e andarilho venezuelano disse ainda que estudou até a terceira série. Disse ainda que na Venezuela está difícil viver. É impossível comprar alimentos, pois tudo é caro e o povo não tem emprego, que a grande maioria da população se sustenta de macaxeira e sardinha de lata. 

Ao final da nossa conversa perguntei-lhe se poderíamos fazer um vídeo e umas fotos. Ele aceitou e autorizou a divulgação das imagens e da sua história da vida real.

 

Um comentário:

  1. Este é muitos outros venezuelanos vítimas do regime fo Maduro, o chavismo/bolivarianismo. Centenas deles, homens, mulheres, crianças, idosos, chegam ao Brasil através de Pacaraima-RR todos os os dias, fugindo do tal regime que sónpriduz fome e miséria onde se instala. Em Teresina tb vemos alguns deles ali na Av. DOM Severino, mulheres com crianças de colo, pedindo ajuda.

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