Essa semana foi marcada por datas e ações afirmativas na luta contra violência à mulher.
No último dia 7 de agosto a Lei 11.340/06, conhecida como Maria da Penha, completou 13 anos, essa lei tipifica assassinato ou agressões de mulheres ocorrido no ambiente doméstica e familiar.
Ainda hoje muitos não entendem a necessidade de fazer essa diferenciação de um assassinato e o assassinato de uma mulher pela condição de gênero.
Primeira motivação foi o sentimento de impunidade dessas agressões, foi para que a justiça fosse feita. Antes da Lei, esses casos eram punidos com penas alternativas como pagamento de cestas básicas, por exemplo, o que não coibia a reincidência das agressões físicas chegando ao dano irreparável que era a morte dessa mulher.
A violência de gênero contra mulher é reconhecida como problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS), violência essa que ocorre em toda sociedade em números maiores ou menores em cada uma e pelos números preocupantes se conclui que a sociedade está doente.
No Brasil, com os números alarmantes, muito se questiona o "tratamento" dado a essa epidemia. Como qualquer doença após diagnóstico devesse enfrentar as causas e não os efeitos. Não adianta retórica ou frases de efeito, estes "antitérmicos" só tratam a "febre", não o que causa a "febre".
O que causa a doença da violência a mulher é a cultura do patriarcado, machismo, entendimento tosco que a mulher pertence ao companheiro, posse e como "dono" tem o direito sobre seus quereres e vontade e em último caso sobre seu direito a vida.
Enquanto não houver o entendimento que se deve combater o machismo e exaltar a convivência respeitosa entre os gêneros não haverá "antitérmico" que dê jeito.
Como "tratamento" efetivo, as ações educativas ou ações afirmativas são importantíssimas na desconstrução desses entendimentos e estigmas. Só há avanço na organização e massificação dessas iniciativas.
Um exemplo exitoso na nossa região é a Ação Mulher é pra ser respeitada, de iniciativa do judiciário o projeto é da Juíza Larissa Rodrigues Tupinambá Castro – Juíza titular da 3ª Vara da Comarca de Pedreiras e coordenadora da Ação. Nesses dias de atenção à mulher colhe-se resultados concretos como neste último em que houve o compromisso da Polícia Militar na pessoa da Coronela Augusta Andrade e do Comando na região, Major Ricardo, da instalação da Patrulha Maria da Penha na regional. São avanços concretos na luta a violência a mulher e devem ser aplaudidos.
Precisamos entender que essa tarefa é sim das autoridades constituídas mas é também de cada um de nós, mães, pais, avós, professores e todos que ficam indignados a cada notícia de mais uma morte de uma mulher.
Eduquemos nossas crianças para o respeito às diferenças de gênero. Assim veremos mais Anas, Patrícias, Joanas, Marias no lugar que elas quiserem estar. Em pleno exercício da equidade de direitos.
*Ana Cláudia Viegas Silva. Graduada em Educação Artística UFMA.
Dona Claudia escreve divinamente bem. É outro nível. Texto bem elaborado e inteligente. O blog só vai ter a ganhar se continuar dando espaço para essa mulher.
ResponderExcluiressa tem a sabedoria para administrar a prefeitura de trizidela do vale
ResponderExcluirnossa futura prefeita de Trizidela do vale Ana
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