EXPEDIÇÃO LITERÁRIA DA SERRA NEGRA: UM ESTUDO E PESQUISA NA NASCENTE DO RIO MEARIM.
Joaquim Filho, Dr. Raimundo Costa e Marcus Krause
A ideia de realizar uma viagem à cidade Formosa da Serra Negra com o objetivo de conhecer a nascente do Rio Mearim, a priori, surgiu depois que uma comitiva, ainda na gestão do Dr. Lenoilson Passos, formada por Darlan Pereira, Samuel Barrêto, Nilton Lopes, Dr. Edilson Branco, ex- vereador Elias Bento, José Filho e outros, todos daqui de Pedreiras, realizou uma visita técnica na referida nascente.
A self da hora da partida, na Praça do Jardim
Por esses dias, conversando com o professor Marcus Krause tocamos nesse assunto, expressamos ao mesmo o desejo de realizar esse sonho, ele concordou, combinamos, nos planejamos e realmente partimos para a prática. Então, denominados um título para esse projeto que fora batizado nas águas da cabeceira do rio como "EXPEDIÇÃO LITERÁRIA DA SERRA NEGRA: UM ESTUDO E PESQUISA NA NASCENTE DO RIO MEARIM."
Uma parada em Poção de Pedras, às 5h da madrugada, que por esses dias foi devastada pelas águas de uma forte chuva que caiu na cidade.
Combinado dia, horário e local de saída, partimos no dia 18 de fevereiro de 2022, às 4h da madrugada, do marco zero da cidade, na Praça do Jardim, no centro da cidade de Pedreiras-MA.
Uma parada para relaxar o corpo e a mente, e também fazer um registro.
A rota feita foi: Pedreiras, Trizidela do Vale, Bernardo do Mearim, Igarapé Grande, Poção de Pedras, Esperantinópolis, São Roberto, São Raimundo do Doca Bezerra, Barra do Corda, Aldeias dos índios Guajajaras na BR em Jenipapo dos Vieira, Grajaú, Formosa da Serra Negra e Fortaleza dos Nogueiras.
Aqui foi o nosso lugar de refúgio e descanso.
Nossa chegada na cidade de Formosa da Serra Negra foi às 12h, fomos direto para o centro e procuramos um restaurante para almoçar. Em seguida, fomos para uma pousada por nome Pousada Serra Negra, localizada às margens da MA que segue para Fortaleza dos Nogueiras, São Pedro dos Crentes e Balsas.
Foto de Joaquim Filho
Por voltas das 16h saímos da pousada e fomos fazer contato com algumas pessoas que pudessem nos orientar como chegar até a cabeceira do rio. No centro administrativo do município, nós conhecemos algumas pessoas que deram as primeiras informações que serviram como luz e guia para a realização da nossa missão.
Joaquim Filho, Sirley, Cirineu Filho e Marcus Krause.
Tivemos a orientação e a colaboração de Cirineu Filho, filho do prefeito da cidade, assim como também tivemos informações importantes de Sirley Costa, de José Filho (via whatsapp), que nos passaram o contato do advogado, professor e historiador do local, Dr. Raimundo Costa, que foi quem nos deu todo o apoio necessário, nos acompanhou e nos levou no seu carro até o local das nascente.
Senhor Osvaldo, um morador ilustre de Formosa da Serra Negra. Segundo ele, é internacional, pois já morou na Bolívia. Um homem bem humorado e divertido.
No segundo dia, sábado, dia 19 de fevereiro de 2022, nos levantamos bem cedo e às 6h o nosso cicerone Raimundo Costa já estava batendo na porta do quarto para partirmos para a grande missão. Até aquele momento ainda não conhecíamos Dr. Raimundo Costa, somente por contato telefônico. Segundo ele, é amigo do poeta Filemon Krause, que já esteve em Pedreiras fazendo visita ao amigo poeta e escritor.
(Foto de Joaquim Filho)
Antes, passamos no centro da cidade para tomar um café e depois seguimos viagem rumo à cidade Fortaleza dos Nogueiras, pois, embora a Serra Negra, geograficamente, fique em Formosa, a via de acesso é por Fortaleza dos Nogueiras. No trajeto o nosso guia Dr. Raimundo Costa ia nos passando informações sobre a sua cidade e toda a região, afinal, ele é um exímio estudioso e pesquisador, tem vários livros publicados, sabe muito do lugar onde nasceu e mora ainda hoje nesses 54 anos de vida. Dr. Raimundo Costa representa culturalmente para Formosa da Serra Negra o que Filemon Krause é para Pedreiras: um intelectual que ama e vive para a sua cidade e seu povo. Tem outra visão de mundo em uma terra em que os valores são outros.
Passando por algumas localidades rurais por onde o rio passa.
Antes de chegarmos propriamente na cabeceira do rio, Dr. Raimundo Costa nos levou em vários lugares, todos eles relacionados com a passagem do Rio Mearim, como balneários, povoados, pontes, córregos, riachos, enfim.
Dr. Raimundo Costa, Marcus Krause e Joaquim Filho
Mesmo tendo como guia uma pessoa da região, não foi fácil chegar ate a nascente do rio. E, aqui fica o nosso conselho: que ninguém ou grupo de pessoas ousem a fazer essa aventura sem a companhia de quem já conhece o local, pois não é tão fácil assim a chegar até o local.
No caminho da nascente/Foto de Marcus Krause
Para chegar até a nascente tivemos que passar por dentro de várias fazendas, sítios, povoados, todos eles de difícil acesso, com cercas de arame, porteiras, colchetes, pontes, pinguelas, enfim.
Aqui é a nascente/Foto de Raimundo Costa
Por volta das 11h30 minutos do sábado do dia 19 de janeiro de 2022, finalmente, chegamos a uma propriedade de um senhor de nome Edimar, e ao perguntar se ele sabia onde ficava a cabeceira do Rio Mearim, ele disse que sim, permitiu a nossa entrada na sua propriedade rural e nos levou até o local.
Edimar, dono da propriedade onde está localizada a nascente do Rio Mearim.
Chegar até a nascente do Rio Mearim é algo indescritível, é muita emoção, pois existe uma energia muito forte no local. É como visitar um santuário, um local sagrado.
Nascente do Rio Mearim
As impressões ou conclusões que fazemos desse trabalho de estudo e pesquisa acerca da nascente do Rio Mearim, é que o Estado do Maranhão através dos seus governantes, o município onde ele nasce e os demais por onde esse majestoso rio percorre, é a falta de consciência e conhecimento e até mesmo de valorização que o mesmo representa para a população, para a vida e para a nossa sobrevivência.
Fazenda de gado localizada a poucos metros da nascente
Constatamos a falta de políticas públicas e a conscientização no sentido da preservação da nascente. Por se tratar de uma região na qual a economia mais forte é a criação de gado, constatamos nos arredores da nascente a cultura da criação de bovinos e também as plantações de soja que estão chegando na região, não tão distante da cabeceira do rio. Acreditamos que com o desmatamento próximo à cabeceira do rio, isso pode comprometer e trazer sérios prejuízos como a destruição da nascente.
Fotos da Expedição
Vídeos da Exedição
Saída do marco zero da cidade de Pedreiras, a Praça do Jardim, às 4 horas da madrugada do dia 18 de janeiro de 2022 na companhia do professor e escritor Marcus Krause, da Academia Pedreirense de Letras (APL).
Uma parada no centro da cidade de Poção de Pedras, às 5h da madrugada, para um registro da triste situação que a chuva fez nesses últimos dias. Muito comércio e casas alagados, causando um grande prejuízo para o povo e a cidade.
Um desabafo, um vídeo de repúdio, veja a situação precária e de calamidade está nesse momento e nessa data, 18 de fevereiro de 2022, a rodovia que liga Grajaú a Formosa da Serra Negra-MA.
Há mais de 20 anos nós tínhamos passado por aqui realizando um trabalho de supervisão para a empresa Imperial Motos, do saudoso Valdeci Silva. Nessa tarde de sexta-feira (18), ao passarmos a pé, por essa avenida, lembramos quando viemos aqui a primeira vez.
Vejam a paz e a tranquilidade dessa cidade. Nesse momento eram 19h30, e como se vê, ninguém circulando pela cidade, com trânsito zero. Como eu gostaria de trazer esse sossego para Pedreiras!
Raimundo Costa, advogado, historiador, professor, escritor, assessor do Estado, morador da cidade. Um homem de vasto conhecimento e cultura. Foi a pessoa que nos deu todo o apoio para que pudéssemos chegar até a nascente do Rio Mearim. Ele conhece o caminho das pedras e das águas.
Durante o percurso da Formosa da Serra Negra, até a nascente do Rio Mearim, Raimundo Costa dava aula de conhecimento histórico, geográfico e cultural não só da sua cidade, mas da região.
Uma parada bem no meio da Serra da Crueira
Pegando carona no caminhão do senhor Chico Sá até a entrada do caminho da nascente, um ex-vereador de quatro mandatos e fazendeiro da cidade de Fortaleza dos Nogueiras.
Rumo à nascente do Rio Mearim.
Eis aqui a nascente do Rio Mearim
Bebendo na fonte, literalmente.
Barra do Corda, a cidade da minha paixão!
Conhece aquela frase que diz "quando tocam os sinos" ou ainda, "por quem dobram os sinos"? Melodia poética do som do sino da Igreja Matriz de Barra do Corda-MA.
Visita ao grande amigo e irmão Jeferson, na cidade de Barra do Corda, uma cidade que temos muito apreço e bastante amizade, principalmente com algumas pessoas dos povos indígenas Guajajaras, com quem mantemos relacionamento há 26 anos.
Retornando para Pedreiras pela Perimetral Joselândia, nossa última parada para um registro na Barragem do Rio Flores, um afluente do Rio Mearim.
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